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terça-feira, 26 de dezembro de 2023
sábado, 23 de dezembro de 2023
A catástrofe de Gaza (é Natal, mas temos e falar desta guerra)
quinta-feira, 14 de dezembro de 2023
COP28 CImeira sobre a Ação Climática, no Dubai
domingo, 10 de dezembro de 2023
10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
A morte de Sara Tavares
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
A operação Influencer e o Ministério Público
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
Crise política em Portugal
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
Palmas para o Secretário-Geral da ONU: António Guterres
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
A questão humanitária
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
O conflito israelo-árabe
terça-feira, 3 de outubro de 2023
Contra todas as indiferenças - um poema do Brecht
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
O inferno da Líbia
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
“Esta tarde vou trançar”, disse-me
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
Não há determinismo
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
Mais dezenas de mortes ...
quarta-feira, 16 de agosto de 2023
Povos sem Estado
terça-feira, 8 de agosto de 2023
A humanidade do Papa (JMJ, 2023, Lisboa)
quarta-feira, 2 de agosto de 2023
Jornada Mundial da Juventude 2023, Lisboa
segunda-feira, 31 de julho de 2023
Povos sem Estado
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Conflito israelo-árabe: mais uma cidade bombardeada
segunda-feira, 3 de julho de 2023
O cantor de ópera
terça-feira, 20 de junho de 2023
20 de junho dia internacional dos refugiados
sábado, 17 de junho de 2023
Tráfico de seres humanos no futebol
quinta-feira, 1 de junho de 2023
1 de Junho – Dia Internacional da criança
quinta-feira, 25 de maio de 2023
sábado, 20 de maio de 2023
Quando as instituições desmoronam...
segunda-feira, 15 de maio de 2023
A favor de uma atitude filosófica
quinta-feira, 11 de maio de 2023
António Guterres: recebe Prémio Europeu Carlos V
sexta-feira, 5 de maio de 2023
O desnorte de António Costa
domingo, 30 de abril de 2023
Que abandono é este!
terça-feira, 25 de abril de 2023
25 de Abril – a revolução dos cravos
quinta-feira, 13 de abril de 2023
As dificuldades do sistema global dos direitos humanos
sábado, 8 de abril de 2023
quarta-feira, 5 de abril de 2023
Livres e iguais
segunda-feira, 20 de março de 2023
Putin - um criminoso de guerra
segunda-feira, 13 de março de 2023
Contra todas as discriminações - 2º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Os direitos humanos são de (e para) toda a humanidade:
«…sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação». (2ºartigo, DUDH).
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todos iguais e diferentes |
quinta-feira, 2 de março de 2023
A guerra da Rússia contra a Ucrânia: crimes de guerra a contra a humanidade
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023
Escravatura: seres humanos escravizados
Claro que as palavras magoam, discriminam, ofendem, humilham….
Ouvir dizer: «É descendente de escravos» ou: «Tem sangue negro», como se houvesse uma essência humana negra, como se a natureza dos negros não fosse igual à dos outros seres humanos.
Não há uma essência negra! Há, simplesmente, seres humanos!Ninguém é descendente de escravos; ninguém tem sangue escravo.
Os negros descendem de seres humanos escravizados, de pessoas que alguém escravizou.
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Escravatura, séc. XV e séc. XVI (Foto: Ensina, RTP) |
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
A favor de um rendimento mínimo garantido
Quando os discursos de extrema-direita ganham espaço; quando muita gente está contra determinados apoios sociais, nomeadamente o RSI (rendimento social de inserção), é preciso dizer o óbvio: sem esse mínimo de subsistência garantido não podemos falar de direitos humanos.
Claro que esse apoio deve ser dado a quem não tenha, por razões comprovadas (e que devem ser verificadas e fiscalizadas), outros rendimentos para sobreviver.
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Uma rua de uma cidade |
domingo, 12 de fevereiro de 2023
A justa luta dos professores
A minha total solidariedade para com os professores e as suas reivindicações. É uma profissão tão exigente, tão absorvente (trabalhar com pessoas em formação, seja qual for o nível de escolaridade, não é como trabalhar num gabinete frente a um computador), que devia ser valorizada e respeitada, pela sociedade em geral e pela tutela e o poder político em particular!
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Manifestação de professores, ontem em Lisboa (Foto: Sapo 24) |
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023
A desumanidade em que vivem tantos imigrantes em Portugal!
Há poucos dias, um incêndio, num prédio da Mouraria, em Lisboa, fez dois mortos e vinte desalojados. Num espaço, que a proprietária diz ter sido alugado como loja, viviam em condições miseráveis mais de dez pessoas vindas de países do sul da Ásia. O habitual: alguém aluga um espaço que vai subalugando, clandestinamente, aos que couberem em beliches ou em colchões mínimos que, cada manhã, se levantam e encostam à parede.
A situação destes imigrantes é tão precária que não têm outra opção, a não ser a de se sujeitarem ao que as redes mafiosas de tráfico humano lhes exigem. Redes que atuam aqui e nos países de origem, compostas por portugueses e asiáticos, certamente.
Portugal tem de ter instituições (não chega existirem leis) capazes de lidar eficazmente com o problema.
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O incêndio em prédio na Mouraria, Lisboa (foto: Sapo 24) |
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
O pianista, o filme
É o relato de um sobrevivente, de alguém que perdeu toda a família, passou o inimaginável para sobreviver, mas nunca vendeu a alma. É sobre uma pessoa real, Szpliman, que, na altura do filme, em 2000, ainda vivia em Varsóvia.
Talvez, o que mais perturbe sejam as cenas de humilhação, quando se perde completamente a capacidade de autonomia (ainda que, em rigor possamos dizer que tudo era humilhante), como a cena da dança, à saída do gueto, os judeus dançavam para os guardas, que troçavam, riam, voltavam a rir…; ou as cenas de sobrevivência, como quando um grupo de pessoas tenta roubar uma panela de sopa das mãos de uma senhora; ela foge, a sopa entorna-se, e aquelas pessoas lambem do chão, tudo, até ao mínimo resto de alimentos. Também a cena da criança que grita desesperadamente em casa, a certa altura, sai por um buraco para a rua, mas é tal seu estado que morre, ali, à nossa frente.
Foi o mesmo desespero por comida que levou o pianista, quando estava refugiado numa casa e a pessoa que devia levar-lhe alimentos não pode fazê-lo, tal a dimensão do tiroteio em Varsóvia, a procurar alimentos por todo o lado, a abrir portas de armários, a fechar portas, procurando alguma coisa que pudesse comer. Quando finalmente encontra uma lata, agarra-a com tanta força que a lata cai no chão, espalha-se a farinha e o barulho é tal que os vizinhos chamam a polícia e o pianista é preso.
Também, há no filme encontros humanos muito bonitos: os polacos não judeus que resolvem ajudar os judeus a sobreviver, a organizar a resistência no gueto, etc. Há um encontro particularmente improvável de um soldado alemão que encontra o pianista, fugindo e escondendo-se. Olha-o e pergunta-lhe:
- Quem é você?
- Sou pianista, eu era pianista.
Há um clic qualquer no SS que resolve ajudá-lo. Depois do cerco a Varsóvia, este soldado, tal como todos os outros, é preso e lavado pelos russos para um campo de prisioneiros. Um dia viu, ao longe, um rapaz que gritava: “eu era violinista, tiraram-me tudo".
Lembrou-se do pianista, levantou-se, afastou-se do grupo e disse ao violinista:
- Conhece Szpliman?
- Sim.
- Diga-lhe que estou aqui.
Mas, quando Szpilman o procurou, no campo de prisioneiros, depois de ter tido conhecimento do sucedido, percebeu que o campo tinha sido desmantelado e que esse soldado já não estava vivo.
O filme é em sua memória e em memória dos judeus mortos.
https://www.youtube.com/watch?v=6NXjPxA_z0Q&ab_channel=MillieLamonier