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terça-feira, 24 de junho de 2014

Daniel, o menino da Madeira,

O que podemos dizer daquela mãe? Há uma quase impossibilidade de dizer seja o que for, porque não podemos ou não queremos imaginar que uma mãe tente vender o seu próprio filho a um casal estrangeiro.  Sai fora de tudo, Precisamos de saber quem a ajudou, a sua avaliação psicológica, etc.etc.  Tudo parece mal contado, mas talvez seja necessário atar pontas ainda soltas.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Mariam Yahya Ibrahim, a intolerância religiosa

A mulher sudanesa, com uma criança de menos de dois anos e grávida de oito meses é condenada à morte, por um tribunal de Cartum, supostamente por renegar o islão. Casada com um norte-americano, cristão, converteu-se ao cristianismo, porventura, muito longe de pensar até onde chegaria a intolerância religiosa do seu país, onde a lei da sharia se impõe a tudo.
Embaixadas dos Estados Unidos, Canadá… procuram uma saída para o caso, mas, até agora, apenas, a morte por enforcamento foi adiada por dois anos, por causa dos filhos. Ontem deu à luz a sua filha; certamente, nenhuma lei lhe tira a alegria de ser mãe, mesmo que isso lhe custe o inimaginável. Podemos nós pensar sequer nas condições em que está mulher presa com os dois filhos? Não podemos.
Mas, podemos denunciar a intolerância religiosa, pedir a quem pode fazer pressão, como a Amnistia Internacional e outras organizações de defesa dos direitos humanos, que não desistam, por Mariam e pelos filhos; não desistam pela liberdade de cada um ter a religião que entender, direito humano inalienável.



quarta-feira, 11 de junho de 2014

Onde estão as jovens raptadas, na Nigéria?

Parece que o mundo, que se escandalizou com o vídeo do sujeito que prometia vendê-las como escravas sexuais, por cerca de 10 euros cada uma, se voltou a esquecer das jovens. Por que continuam sem ser libertadas e entregues às suas famílias? O argumento de que sabem onde estão, mas não podem  dizê-lo por estratégia, para não por em perigo a vida das meninas, mas que estão a trabalhar no caso, começa  a não colher. Algo se passa no subterrâneo dos meandros da política e do terrorismo naquele país (a troca das jovens por terroristas, etc, etc.),  que nos escapa.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O trágico da guerra, do terrorismo, do conflito

O trágico na ação aí está. Está no terrorismo talibã que ontem vimos no ataque a um aeroporto de uma cidade paquistanesa,com mais de duas dezenas de mortos; está no conflito israelo-árabe que o Papa, também ontem, procurou de uma forma não política (ainda assim, política) colocar na ordem do dia e numa perspetiva de urgência; está nos conflitos quotidianos que vivemos sempre que as regras chocam de frente com as convicções. Conhecemos isto desde os gregos. No conflito que opõe Antígona ao tio, na tragédia de Sófocles, a oposição é entre o puro respeito à lei e a convicção íntima de que enterrar os mortos é parte da dignidade humana, e isso é anterior a qualquer legalidade. Como resolver o conflito? Continuar a extremar posições, não leva a nenhuma solução. Isto serve para os conflitos de hoje. Para todos os conflitos.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A propósito da nova coroação real, em Espanha

Por que é que há reis e rainhas – é a pergunta que faço?
Por que é que se nasce rei, rainha, príncipe, princesa, etc, etc? Nenhuma razão. Nascemos indivíduos livres e iguais – é o primeiro princípio consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Ponham os príncipes e os reis a pensar sobre o que são, a ver se se descobrem outra coisa. A monarquia não tem nenhuma justificação racional, pode ter todas as outras: tradição, cultura, estabilidade política, identidade nacional…, o que seja, mas nenhuma que os coloque num patamar à parte. Sou absolutamente republicana.