O trágico na ação aí está. Está no
terrorismo talibã que ontem vimos no ataque a um aeroporto de uma cidade paquistanesa,com mais de duas dezenas de mortos;
está no conflito israelo-árabe que o Papa, também ontem, procurou de uma forma não
política (ainda assim, política) colocar na ordem do dia e numa perspetiva de urgência;
está nos conflitos quotidianos que vivemos sempre que as regras chocam de frente
com as convicções. Conhecemos isto desde os gregos. No conflito que opõe
Antígona ao tio, na tragédia de Sófocles, a oposição é entre o puro respeito à lei e a convicção íntima de que enterrar os mortos é parte da dignidade
humana, e isso é anterior a qualquer legalidade. Como resolver o conflito? Continuar
a extremar posições, não leva a nenhuma solução. Isto serve para os conflitos de
hoje. Para todos os conflitos.
Sem comentários:
Enviar um comentário