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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

 

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Lá longe, a casa


Passados mais de quarenta anos, voltou a Maxixe (Moçambique). Fala com alguém:

- Vivi nessa casa, até aos 19 anos. Era a minha casa. Sabe de quem é agora?

- Desde a independência, este é terceiro dono. Primeiro, foi dada a gente de fora, que veio do norte, depois, comprada e voltada a vender a outras pessoas. Mas, se a quiser ver, talvez possa?

- Não sei se quero…. Vou sentar-me, no muro do pátio, a olhar as acácias, a ver se ganho coragem para bater à porta e dizer ao atual dono, sem mágoa: esta casa faz parte de mim, da minha família, muitos a recordam, ainda.

Não teve coragem. Despede-se da senhora, entra no carro, rumo a Maputo e ao hotel. Sente um certo alívio, por não ter quebrado o encanto da casa que guarda na memória: gente a entrar e a sair (os irmãos, os primos, os tios, os amigos…), os móveis, os quadros, a mesa grande na sala…

Maxixe (Foto in Facebook: Moçambique a Pérola do Índico). 2/12/2021)



sábado, 14 de janeiro de 2023

O novo Ministério dos Povos Indígenas no Brasil

Sónia Guajajara, pertence a uma comunidade indígena do Maranhão. Foi eleita deputada federal, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e convidada pelo Presidente Lula da Silva para o novo Ministério dos Povos Indígenas. Tomou posse no passado dia 11

.Gostei de ver o seu ar diferente: a pintura, a roupa, as penas na cabeça, o abraço do Presidente; mas sobretudo importa salientar os seus compromissos na defesa e proteção das comunidades indígenas, tão pouco representadas nas instâncias do poder.

No discurso, falou de uma realidade que conhece e sente (e isto tem de ser um ganho na política futura): a crise humanitária em que vivem; a impunidade dos assassinatos; os conflitos por visões opostos sobre a posse das terras, a exploração dos recursos, o desenvolvimento, o ambiente…




 Imagem da tomada de posse

 

sábado, 7 de janeiro de 2023

Males (alguns) da política partidária


Vivem em circuito fechado, onde todos se amam e detestam ao mesmo tempo. São amigos, se convergem nos interesses, e enfrentam-se, quando há lugares e cargos a conquistar ou a distribuir. Nessas alturas, dispõem-se a tudo: a bajular, a esconder, a mentir…, ou, quando preteridos, a denunciar, a rasteirar, a espetar facas.…
A par disto, e pior do que isto, são os que se servem do serviço público para negócios de toda a ordem, numa teia que pode ir da mais recôndita concelhia à sede nacional. Eu, talvez, ingenuamente, penso que estes são uma minoria e que há soluções para maior transparência e escrutínio público.