Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta nazismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta nazismo. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

 

Adicionar à tua publicação

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Nazismo - a invisibilidade do mal

  Não era só um mal banal, era também um mal invisível. 

Por um qualquer mecanismo, talvez, por instinto de sobrevivência, era como se aquela maldade se tornasse invisível. Forma de cada um suportar o quotidiano e poder continuar, continuar…; agindo como se estivessem anestesiados, sem compaixão, sem humanidade, sem responsabilidade...

Uma invisibilidade do mal, como se tudo se passasse num tempo enevoado, numa penumbra, onde ninguém via ou pensava em nada, mesmo que fossem horrores de uma dimensão absurda. 

domingo, 25 de outubro de 2020

No nazismo, todos são culpados - líderes, funcionários ...

 - A culpa coletiva (não individual): como pode, nesta engrenagem, haver responsabilidade individual?

Eichmann, apenas, assegurava o transporte dos judeus europeus, para os campos de concentração, Auschwitz e outros, não era responsável pela seleção, pelo fuzilamento, pelo gaseamento, pelos fornos, pelas valas comuns... 

 - A (não) voz da consciência: Eichmann nunca se refere à consciência dos atos praticados. Deixaram estes funcionários do regime nazi de ter consciência do que se passava e da sua responsabilidade nos atos que cometiam? 

Em relação à ausência de culpa individual e à ausência da voz da consciência, o mesmo argumento: a humanidade tem liberdade de agir e deve responsabilizar- se pelas consequências dos seus atos. 


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Como é que o nazismo pode acontecer, no século XX, na Europa?

As teorias que tendem a explicar o nazismo, expressas no tribunal de Jerusalém, são três: a peça na engrenagem, a culpa coletiva e a voz da consciência.

- A peça na engrenagem: Eichmann, como outros, era um zeloso funcionário, cumpridor eficiente de ordens superiores. Obedecia a ordens, nunca agiu por iniciativa própria, ora, a obediência é uma virtude.

 Não sendo um líder nazi, este homem normal, podia ter sido substituído por outro qualquer cidadão alemão, igualmente zeloso e cumpridor, e aquela máquina de morte continuaria exatamente a funcionar da mesma maneira, com departamentos, hierarquias, cadeias de comando, do partido e do governo….

Peças desumanizadas, como se não vissem, não pensassem e não sentissem. cada um, a querer agradar ao superior, esperando uma eventual promoção profissional.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O nazismo - a banalidade do mal



 Hannah Arendt fala da banalidade do mal, como algo inédito, que os nazis trazem à humanidade; uma maldade que não se questiona, que não leva a reações que nos pareceriam óbvias. Mesmo os que se opõem a Hitler, fazem-no por razões politicas e militares – a derrota da Alemanha é uma humilhação que não querem – e não por razões morais; não se opõem, porque se matam inocentemente milhões de pessoas, em frentes de guerra, em campos de concentração…


sexta-feira, 9 de junho de 2017

Os falsificadores, o filme

É um filme sobre a falsificação da libra esterlina pelos nazis que se preparavam, também, para falsificar o dólar americano, já, no final da II Guerra Mundial.

Um grupo de judeus é deportado para um campo alemão, onde se dedicam à falsificação de moeda. O falsificador foi preso em Berlim pelas SS e levado para esse campo para se aproveitarem das suas habilidades; o mesmo aconteceu com todos os outros, uns percebiam de tipografia, outros de grafismo, outros de dinheiro e de bancos…. Era assim, sempre que os prisioneiros tinham capacidades de trabalho que interessavam à estratégia nazi, eram poupados à morte.

Este falsificador é tratado com alguma deferência, os alemães sabem bem que precisam dele e por isso dão-lhe condições de trabalho, materiais, ajudantes… para que se torne num falsificador perfeito. No grupo, há diferentes sentimentos: uns querem conspirar contra os alemães e negarem-se a colaborar; outros fazem tudo para sobreviver, quando pensam no fuzilamento imediato, se ousassem fugir e fossem apanhados. Uns deixam a sua parte psicológica arruinar-lhes os dias, outros continuam cerebrais e manipuladores, fazendo o jogo do inimigo, não deixando que lhes aprisionem o pensamento – é o caso do falsificador. Tem consciência do seu valor para os alemães e permite-se esticar a corda, até um dia.

Durante muito tempo, vai enredando, para evitar colaborar na falsificação do dólar, dá desculpas: é a gelatina, é o papel, é a máquina tal...; enfim, o comandante do campo percebe, mas não pode fazer muito mais, pressiona-o, porque também é pressionado. Ameaça-o: “há quem o substitua, não é o único a falsificar notas”!
O falsificador resiste. Tem um olhar de dureza que, às vezes, perturba; mas, mesmo sem quebrar, pressente-se que vive um tormento interior, por exemplo, quando um dos jovens do grupo adoece, gravemente. É visto pelo médico do campo, pensa-se que é tuberculose, mas não há medicamentos; o falsificador vai fazer tudo para os conseguir. Vai a casa do SS, o comandante do campo, com a receita, e pede-lhe: “arranje-me estes remédios e em troca falsificarei o dólar. Se encontrar os medicamentos, arranjarei maneira de falsificar o dólar”. E o comandante arranjou-os.
Entretanto, os russos tomam Berlim, os nazis destroem o campo e as máquinas de falsificar moeda, para que não se soubesse o que ali se fazia.
Na realidade, os judeus desse campo fogem, no fim da guerra, numa carruagem, são intercetados e presos, mas libertos, algum tempo, depois; alguns ainda vivem.
O filme começa com o falsificador numa praia, no Mónaco, depois de perder uma grande quantia de dinheiro no casino e termina, no mesmo sítio, agora, já com uma jovem bailarina que lhe diz: “foi muito o dinheiro que perdeu”! “O dinheiro não é problema – responde-lhe”.

Talvez, o mais forte do filme tenha sido ver o falsificador disposto a tudo, para salvar o jovem russo; a força duma amizade e o sentido profundo de uma identidade (cultural, religiosa…) são inexplicáveis.