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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Um poema de Mahatma Gandhi

(Tudo o que importa na vida, está neste poema).

À DESCOBERTA DO AMOR

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem nunca teve nenhum.

Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.

Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.

Toma uma lágrima
e pousa-a a quem nunca chorou.

Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.

Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.

Enche-te de esperança
e vive à sua luz.

Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.

Vive com amor
e fá-lo conhecer ao mundo.

                                                     Poema de Mahatma Gandhi




terça-feira, 30 de julho de 2019

As alterações climáticas - uma causa que move os jovens

Por toda a parte, em mais de cem cidades, jovens  manifestam-se a favor do clima  e pela salvação do planeta. Juntam as suas vozes à da jovem sueca que, há mais de um ano, todas as sextas-feiras, não vai à escola para se manifestar junto ao parlamento do seu país. A urgência é tal, e o impacto tem sido tanto, que ela já discursou nas mais altas instâncias internacionais - ONU, Conselho da Europa... - levando a tomar consciência do que está em jogo e da necessidade de todos participarmos.

domingo, 21 de julho de 2019

Ilhan Omar – a congressista que enfrenta Trump


É uma das quatro congressistas pertencentes a minorias étnicas, eleitas para o congresso americano, pelo Partido Democrata, alvo de críticas e comentários racistas por parte do presidente Trump
Esta mulher, a mais nova de sete irmãos, nasceu na Somália, perdeu a mãe aos dois anos, a família fugiu da guerra civil do seu país e esteve quatro anos num campo de refugiados no Quénia, antes de obter asilo nos Estados Unidos, no Estado do Minnesota. Tem a cidadania americana desde os 17, há vinte anos. Estudou ciência política e relações internacionais e envolveu-se na política do seu estado; este ano foi eleita para o congresso federal.
Trump não a amedronta, pelo contrário, dá-lhe força para falar dos migrantes detidos em centros com condições degradantes e de muitos outros temas. Já avisou que não foi eleita para ficar calada.   

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Contra a xenofobia e a indiferença

Ontem, mesmo,  Salvini, o ministro italiano do Interior, quer que se faça um exaustivo recenseamento de todos os ciganos para, a seguir, serem expulsos de Itália.  A xenofobia cresce a olhos vistos por toda a Europa: ou, de uma vez por todas,  nos empenhamos a fazer tudo o que pudermos, ou um dia qualquer a indiferença bate à nossa porta.  Não escapa ninguém. Deixo um poema (que já divulguei outras vezes) de um poeta alemão que sabia bem do que falava.

A Indiferença

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
de alguns padres, mas como não sou religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde

(Bertolt Brecht)



quinta-feira, 11 de julho de 2019

Ainda sobre o reconhecimento cultural (2)

Na etnia cigana, a cultura determina quase tudo. Sem se perceber o papel das tradições – o menino que vai ao cemitério pôr flores frescas todos os dias, na campa do pai, pelo menos nos primeiros tempos, da menina que deixa a escola, porque vai casar dai a nada com um rapaz a quem está prometida desde criança; os conflitos entre famílias; a hierarquia do mais velho… - nenhuma política pública será bem sucedida.

O desconhecimento da realidade cultural dos ciganos, tem dificultado o sucesso de inúmeros programas de integração, por toda a Europa e também em Portugal. Continuam, em relação aos ciganos, os estereótipos, as intolerâncias, as dificuldades de integração social que vê fechadas as oportunidades, tanto no mundo do trabalho, como no acesso à habitação…

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Ainda sobre o reconhecimento cultural (1)


Recordo um jovem de origem cabo-verdiana que, há algum tempo, me disse: - “Chamam-me luso-africano, mas isso é o quê? Significa o quê? Já não sou o que os meus pais e os meus avós foram e são, mas também não sei o que sou. Afinal, sou quem? Pertenço a onde?”

Não são só jovens de origem africana que têm dificuldades de identidade, se questionam e se sentem, por vezes, marginalizados, são todos aqueles que, tendo raízes em culturas minoritárias, se sentem desconfortáveis na sua própria pele, tanto em casa, como na escola ou no meio onde vivem.  
E assim se iniciam processos de desadaptação e de reacção contra o que encontram e não lhes dá as respostas que precisam, de modo a sentirem-se incluídos e valorizados.



terça-feira, 2 de julho de 2019

O reconhecimento cultural: para sociedades mais inclusivas

Um dos temas que mais tenho trabalhado, nos últimos tempos, tem a ver com o reconhecimento cultural. Acaba de sair um artigo que escrevi sobre isso.  Deixo a referência para o caso de alguém  ter interesse em ler.

http://www.revistasisifo.com/2019/06/o-reconhecimento-cultural-para.html