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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Ainda sobre o reconhecimento cultural (1)


Recordo um jovem de origem cabo-verdiana que, há algum tempo, me disse: - “Chamam-me luso-africano, mas isso é o quê? Significa o quê? Já não sou o que os meus pais e os meus avós foram e são, mas também não sei o que sou. Afinal, sou quem? Pertenço a onde?”

Não são só jovens de origem africana que têm dificuldades de identidade, se questionam e se sentem, por vezes, marginalizados, são todos aqueles que, tendo raízes em culturas minoritárias, se sentem desconfortáveis na sua própria pele, tanto em casa, como na escola ou no meio onde vivem.  
E assim se iniciam processos de desadaptação e de reacção contra o que encontram e não lhes dá as respostas que precisam, de modo a sentirem-se incluídos e valorizados.



sábado, 22 de julho de 2017

Os ciganos de Loures, todos os ciganos

Sempre a forma e o tom importam ao conteúdo, mas este é o mais importante. Sou contra a discriminação de qualquer minoria; sei que os ciganos são, em Portugal, muito estigmatizados, a todos os níveis e também na escola. Já, há uns anos atrás, juntamente com outras pessoas, fiz um trabalho e um encontro para tentarmos perceber a realidade dos alunos ciganos e o resultado não foi animador.
Os ciganos  têm, como todos os outros cidadãos portugueses, direitos e deveres, isto a mim parece-me claro,  a questão é conjugar isto com aspetos culturais próprios que, em grande medida, definem a sua identidade.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Os beduínos, um povo sem cidadania

Não sei como hei-de dizer: se Beduínos de Israel, da Palestina ou do deserto da Judeia, sem mais. Como não quiseram servir no exército israelita, quando se formou o estado judaico, nunca tiveram a cidadania israelita, mas também não têm o apoio devido da autoridade palestiniana. Abandonados a si próprios, vivem sem direitos, sem direito à terra que sempre foi sua e sem direito ao modo de vida ancestral, a criação de rebanhos de cabras.
Os colonatos israelitas são feitos nas zonas de nascente, deixam sem água os acampamentos beduínos (24 acampamentos, 450 famílias, 4000 pessoas, segundo dados da ONU, referidos na revista Além-Mar de Abril) e sem qualquer subsistência possível. Têm, há 65 anos, o estatuto de refugiados, com direito a uma ajuda da ONU, de três em três meses – farinha, latas de azeite, açúcar, lentilhas…. Sobrevivem, absolutamente encurralados, como se nenhuma outra solução fosse possível e tem de ser.




quarta-feira, 19 de março de 2014

Ainda, os ciganos e a educação

Algumas certezas todos temos: a educação é nas sociedades modernas o melhor meio para assegurar a inserção social das minorias, no seu acesso a direitos e a oportunidades iguais; a situação específica dos ciganos traz-lhes desvantagens tanto no acesso como na frequência escolar, por discriminação, insegurança, preconceito, não reconhecimento da língua, falta de assiduidade, níveis elevados de abandono, insucesso  e pouca valorização familiar da escola..
No entanto, já se fez muito caminho, já se deram passos concretos de apoio e de diferenciação positiva a estas comunidades. 
Uma das últimas coisas que fiz  profissionalmente, na DGIDC, em  2007, foi a participação no projecto "Lançar pontes, falar de nós" que teve como objectivo conhecer boas práticas, partilhar e debater experiências bem sucedidas, de modo a construir respostas integradas sobre a inclusão e o sucesso escolar dos alunos pertencentes à minoria cigana.