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domingo, 22 de maio de 2011

Líbia, mortes no mar

Fala-se de um naufrágio, entre trezentas a seiscentas pessoas, mortas no Mar Mediterrâneo, quando tentavam alcançar a ilha italiana de Lampedusa. Não há certezas, mas parece certo que o barco saiu de Tripoli. Outro caso é o relato de uma embarcação com quase duas dezenas de pessoas, que terá andado à deriva semanas, tendo regressado de novo ao porto de Tripoli, apenas com dois ou três sobreviventes. Isto já é demasiado trágico, inumano, mas parece que há informações (propaganda ou não, não se sabe) de que terão sido avistados por barcos das Nações Unidas que ignoraram os pedidos de socorro. Não acredito que isto possa ter acontecido, talvez se trate apenas de desinformação, de propaganda, de maldade em estado puro do regime de Kadafi, infelizmente, ainda, não suficientemente encurralado.

Ainda sobre o terrorismo

O terror é um sentimento de medo e de impotência levado ao limite. O cidadão comum não tem qualquer capacidade de poder fazer ou controlar seja o que, nem mesmo os estados podem fazer muito. O inimigo é invisível, actua pela calada, em ataques planeados ao milímetro. O perigo está aí, pode estar na rua onde passamos, no comboio que utilizamos, na cidade que visitamos…, hoje, daqui a dias, a meses, a anos ou nunca. É esta imprevisibilidade que aterroriza, que limita as liberdades individuais e a vida dos cidadãos,

Bin Laden, abatido

O símbolo do extremismo islâmico, e pelos vistos ainda operacional, apesar das limitações, foi morto. Quando todos pensavam que seria capturado numa daquelas grutas inóspitas do Afeganistão, surpresa das surpresas, é vizinho de um campo militar no Paquistão a umas dezenas de quilómetros da capital Islamabad. O desfecho parece-me previsível, era quase certo que, uma vez apanhado, seria abatido e o corpo atirado em alto mar, aqui não há surpresa, tudo estava preparado ao detalhe, há muito tempo. Compreende-se que assim tenha acontecido, dada a figura que era e o que ele representava, embora, em conformidade com as leis internacionais e contra pena de morte, devesse ter sido capturado, preso e julgado.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Verdade, mentira ou o mais

A propósito de certas personagens, figuras e figurinhas...

"O pardal, ao ver o pavão com uma cauda tão pesada, tem pena dele"  (Tagore)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sociedades plurais

Ouvimos muitas vezes dizer: “estamos numa grande crise de valores”, “há uma tal diversidade de valores, que tudo parece valer, e isso assusta”. Bem, mas temos de escolher: ou fugimos assustados, entramos em casa e fechamos portas e janelas; ou abrimos a porta e convidamos a entrar. A alternativa não é criar caminhos separados, é, com toda a certeza, ouvirmo-nos uns e outros, partilhar ideias e  estabelecer consensos.

A questão não é a diversidade de valores; a questão  é a dificuldade em encontrar um conjunto de valores comuns que todos estejam dispostos a aceitar – a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aceite por praticamente todos os países, seria um bom ponto de partida   para podermos construir compromissos .

segunda-feira, 2 de maio de 2011

1º de Maio

No  1º de Maio, há coisas que sempre me emocionam, sobretudo,  ver aquelas pessoas, já de idade, muitas delas, que ali estão por convicção profunda em ideologias já velhas e gastas que nunca chegaram a ser "manhãs que cantam" .  Mas, as crenças, ideologias incluídas, dão  sentido, razões, apontam caminhos, preenchem... e isso não é pouco. Vivam  as ideologias, desde que não alienem as consciências.