Pesquisar neste blogue

domingo, 30 de abril de 2023

Que abandono é este!

No espaço de uma semana, são encontradas mortas em casa , na zona de Lisboa, três pessoas. Duas, em Linda-a-Velha, onde uma senhora viveu com o cadáver do pai, mumificado, durante quinze anos. Só agora depois da sua morte, quando o cheiro se tornou insuportável, apareceram as denúncias dos vizinhos e chegaram as autoridades. Uma, em Mem-Martins, onde um homem vivia sozinho, depois da morte dos pais. Morre-se, assim, sem família, com doença física e mental, sem capacidade, sequer, de pedir ajuda, na maior solidão! Por que é que os serviços sociais, em primeiro lugar, os da Junta de Freguesia, não têm sinalizados estes casos? A GNR, nas zonas rurais, faz regularmente censos aos idosos, para saber quem são, onde vivem, o que precisam e lhes dar o apoio e o encaminhamento devidos. Então, a polícia, nos centros urbanos, não sabe de nada? Não podia haver um censo também sobre os idosos e outras pessoas em igual situação que vivem em prédios cheios de gente, mas é como se não houvesse lá ninguém?

terça-feira, 25 de abril de 2023

25 de Abril – a revolução dos cravos

Hoje, haverá cravos, nos arranjos da sessão solene da Assembleia da República, na lapela e nas mãos de governantes, ministros, deputados, convidados e povo em geral. A história dos cravos: os donos de um restaurante, na rua Braancamp, para festejar um ano de negócio bem sucedido, mandaram comprar cravos. Quando os empregados chegam para trabalhar, é lhes dito que não vão abrir, mas que, para os cravos não murcharem, passem pelo armazém e cada um leve um ramo de cravos. Celeste Caeiro, uma das empregadas, ao regressar a casa, no Chiado, deparasse com a revolução. Um soldado pede-lhe um cigarro; ela diz-lhe que não tem, mas que lhe pode dar um cravo; ele aceitou e colocou-o no cano da espingarda; depois, distribuiu todos os cravos que tinha pelos soldados. Passado pouco tempo, apareceram outras pessoas a distribuir cravos, muitos cravos! Foi assim, por acaso. Mas foi bonito. É bonito! O cravo da revolução (Foto: Vogue)

quinta-feira, 13 de abril de 2023

As dificuldades do sistema global dos direitos humanos

Esperávamos que a Organização das Nações Unidas (ONU) e as suas 15 Agências Especializadas (a que se juntam outras entidades e programas) não falhassem na exigência e capacidade efetiva de garantirem os direitos humanos. Esperávamos que não existissem os impasses e bloqueios que membros permanentes, com direito a veto, fazem no Conselho de Segurança, impedindo a aprovação de importantes resoluções, na prevenção e resolução de conflitos. Esperávamos que em 2023 não existissem guerras de agressão; não existissem crimes de guerra, contra a humanidade…, como os que estão a acontecer na Ucrânia.
A sede das Nações Unidas (foto: Getty Images)

sábado, 8 de abril de 2023

Feliz Páscoa

Desejo a todos uma boa Páscoa.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Livres e iguais

Há valores intrínsecos ao humano, próprios da sua natureza racional, que não dependem de nenhuma cultura, ideologia, religião, governo… - por serem anteriores e independentes de qualquer contexto. Estão consagrados, logo, no 1º princípio da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns com os outros em espírito de fraternidade”.