Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O êxodo da minoria rohingya da Birmânia

Estou tão decepcionada com a presidente da Birmânia - Aung San Suu Kyi -  prémio nobel da paz, que não sei o que dizer. Obviamente que há perseguições, limpeza étnica..., mas porque fecha ela os olhos? Porque se deixa dominar pelos militares? Mais valia resistir exemplarmente, do que deixar-se enredar nos meandros de um poder e de uns interesses de que não consegue sair. 
Pobre natureza humana, quando pensamos que há heróis e heroínas, é isto!

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Por que morrem os meninos, desprotegidos, na Guarda?

Há muito pouco tempo uma mãe, em estado grave de depressão, tenta suicidar-se a ela e ao filho, de nove anos, dizendo que não quer que o filho vá para o 5º ano numa escola da cidade e continue a sofrer de bullying (o que parece não ser verdade); o menino morre e ela é levada para o hospital.

Há dias atrás um menino de dois anos é colhido por um comboio sem que a mãe, à guarda de quem estava, estivesse por perto.

Agora, um menino de sete anos, sozinho, em casa da namorada do irmão,  cai de um terceiro andar e morre. A mãe, que tinha ficado de o ir buscar e não foi, é encontrada alcoolizada...

Porque é que falham estas mães? E as famílias? E as instituições?


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Retomo o blog - Moçambique: rostos do Índico

Vou publicar no blog:  mocambiquerostosdoindico.blogspot.com
uma série de textos que escrevi, em princípios de 2011, e que por pudor não coloquei no blog, tem a ver sobretudo sobre a legitimidade ou não de escrever sobre pessoas, invadindo a sua privacidade. Terei esta preocupação bem em conta,  mesmo que as pessoas de quem falo estejam lá longe, muito longe, a milhares de quilómetros.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Catástrofes mentais: o chefe da Coreia do Norte

Não sei o nome, não o fixo; recuso-me a fixá-lo. Quando o vejo, parece-me ver um demente, um perigoso demente, que pode levar o seu país à ruína total e o mundo a uma guerra, com consequências inimagináveis. Como é que isto acontece, no século XXI, depois de tanta racionalidade, ciência, filosofia, história...?
Parece impossível de compreender, como um ditador transforma o seu povo em autómatos, parecem robots, fazendo vénia ao chefe. Se isto não fosse tão grave, seria anedótico, mas  não  é, infelizmente.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Catástrofes naturais

As catástrofes naturais sucedem-se, cada uma pior que a outra; são os furacões, as inundações, os tremores de terra..., e lá vêm as explicações científicas:  o aquecimento global, as mudanças climáticas, o desgoverno mundial em relação à natureza....
Tudo isto é verdade, é é preciso tomar medidas, contudo, não podem ser contra a natureza; as pessoas vêem as suas casas levadas pelo vento ou inundadas pela água e continuam a reconstruir nos mesmos sítios e da mesma maneira, sujeitas, inevitavelmente, às mesmas contingências.  Não podemos habitar a terra em conflito com os elementos naturais.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Os emigrantes paquistaneses, nepaleses... ou de outros países asiáticos

Começou a chover, ainda, coisa pouca;  continuam a pintar. Pintam grandes prédios em Lisboa, em andaimes suspensos, presos por cabos, aparentemente, em segurança. Vieram de tão longe e correm tantos perigos! Fazem-no devagar, com precisão, bem, mesmo que nunca o tenham feito antes.
A chuva continua, é já intensa; e cada vez mais. Os pintores desceram do andaime, pararam de pintar, não por causa deles, mas porque a tinta não pega com tamanha chuva.
Será que no final do dia recebem o seu dinheiro ou alguém, instruído na exploração de nepaleses, paquistaneses...lhes diz: - hoje não trabalharam o tempo todo, tenho de lhes descontar as horas que estiveram debaixo do toldo (improvisado), sem fazer nada. 
A chuva parou. Os trabalhadores estão de volta ao andaime; estão de volta ao trabalho e às ordens de um patrão que lhes devia assegurar todos os direitos, mas nem sempre é o que acontece.


sábado, 2 de setembro de 2017

O racismo na América e por muitos lados

Na cidade de Charlottesville, estado da Virginia, e em outros lugares houve manifestações neonazis, numa linguagem e em termos que julgávamos ultrapassados: a supremacia branca, o ultra nacionalismo... O ódio é o mesmo, contra quem é diferente, sejam judeus, negros, ciganos...; o presidente assiste, não toma, a tempo, a reação devida, e o problema agrava-se.
Pensamos: como podem sociedades tão diversas viver tão desintegradas! Como podem sociedades tão múltiplas viver como se as minorias não existissem e não tivessem direitos!
Começamos a achar que o andar para trás, em valores e em princípios, é uma realidade. Começamos a achar que se instalou uma loucura qualquer que não nos deixa ver claro e, entretanto, muitos dos que estão a salvo cuidam das suas vidinhas, fecham as janelas e as portas, têm medo.
Mas o mesmo não pode acontecer quando há organizações internacionais (ONU e suas Agências, Conselhos mundiais...), com força normativa e por isso têm o dever de agir, de mostrar ações contra quem for e esteja onde estiver: na América, na Europa, no Médio Oriente, na Ásia, onde for.


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Gracias à la vida, o CD de Joan Baez

Por acaso, vi na RTP2 o espetáculo de Joan Baez comemorativo dos seus 75 anos, com muitos convidados, quase sempre cantando em dueto e pensei na importância que ela tinha tido para mim num certo período de tempo, nos anos oitenta, sobretudo.
Fui à estante dos  CD'S e encontrei este que ouvi repetidas vezes. Ainda bem que existem pessoas como Joan Baez: sensível,  comprometida, límpida, caminhante..., como se a vida dela fosse sempre futuro. Um futuro que nos convoca a todos, presente naquelas canções de raiz latino-americana.