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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Povos sem Estado

Há por todo o mundo, povos com identidade territorial, cultural, linguística…, mas que, em algum momento da história, foram dominados, divididos ou anexados por po-vos invasores, perdendo a sua independência. Alguns têm milhões de pessoas: Curdos: 32 milhões, vivem no Curdistão, uma vasta área, a maior parte fica na Tur-quia, mas também no Iraque e no Irão. Palestinos: 7 milhões, vivem Palestina, parte das suas terras são hoje do Estado que continua a construir colonatos. Tibetanos: 6,2 milhões, vivem nas montanhas mais altas do mundo, anexados pela China Bascos: 2,2 milhões, reivindicam as terras onde sempre viveram entre a Espanha e a França, países que os anexaram. Chechenos: são 1,2 milhões, vivem na Chechénia, nas montanhas do Cáucaso e são dominados pela Rússia.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Conflito israelo-árabe: mais uma cidade bombardeada

Este conflito vem de muito longe, há décadas que ouvimos falar dele, e parece de re-solução impossível. Há duas semanas, um raide israelita sobre a Cisjordânia devastou a cidade de Jenin, matou, segundo a Autoridade Palestiniana, 13 pessoas e deixou feridas mais de 140. Com este governo de extrema direita em Israel, a situação degrada-se. Esquecidos, encurralados, os palestinianos lutam por uma terra, que é deles, mas Israel vai anexan-do, construindo mais e novos colonatos. A cidade arrasada de Jenin (Foto: New York Timmes)

segunda-feira, 3 de julho de 2023

O cantor de ópera

Encontrei-o, dias seguidos, num jardim de Lisboa, manhã cedo. No primeiro dia, eu subia e ele descia uma espécie de ladeira que dá para uma das saídas. Surgiu-me de repente, quase a correr e a cantar ópera em espanhol. Como viu que me assustei, pa-rou e disse-me: - Bom dia. - Bom dia – respondi. No dia seguinte, estava sentado num banco e continuava a cantar. - É espanhol – pergunto-lhe? - Não, sou da América Latina. - Canta muito bem! - Eu era cantor de ópera. Estranho que me diga que era cantor de ópera, como se já não fosse. Penso no que teria acontecido na vida deste jovem, visivelmente, em situação de sem abrigo, tão longe de casa. Que escolhas, infortúnios ou derrotas o levaram ali? Quantos «cantores de ópera» vaguearão pelas ruas e jardins de Lisboa, em desintegração pes-soal e social? Não sabemos. Certamente, são muitas as razões. Jardim da Praça de Espanha, onde encontrei o jovem