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segunda-feira, 3 de julho de 2023
O cantor de ópera
Encontrei-o, dias seguidos, num jardim de Lisboa, manhã cedo. No primeiro dia, eu subia e ele descia uma espécie de ladeira que dá para uma das saídas. Surgiu-me de repente, quase a correr e a cantar ópera em espanhol. Como viu que me assustei, pa-rou e disse-me: - Bom dia. - Bom dia – respondi.
No dia seguinte, estava sentado num banco e continuava a cantar.
- É espanhol – pergunto-lhe?
- Não, sou da América Latina.
- Canta muito bem!
- Eu era cantor de ópera.
Estranho que me diga que era cantor de ópera, como se já não fosse.
Penso no que teria acontecido na vida deste jovem, visivelmente, em situação de sem abrigo, tão longe de casa. Que escolhas, infortúnios ou derrotas o levaram ali? Quantos «cantores de ópera» vaguearão pelas ruas e jardins de Lisboa, em desintegração pes-soal e social?
Não sabemos. Certamente, muitos e por muitas razões.
Jardim da Praça de Espanha, onde encontrei o jovem
domingo, 26 de janeiro de 2014
As praxes académicas, uma indignidade
Espero que a comunicação social continue a destapar o véu, todos os véus. O que se passa com as praxes é inaceitável e ponto, nem precisaríamos argumentar, dada a desconsideração, o desrespeito, que vai até à humilhação - em que há uma completa anulação do eu, a vítima é colocada numa posição em que nada pode fazer, senão sujeitar-se - e à morte como pode te acontecido no Meco com os jovens da Lusófona. Ora, isto é inumano, simplesmente.
Etiquetas:
condição humana,
dignidade,
integridade
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