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quarta-feira, 14 de março de 2012

Contingência, demasiada

Acabámos de ouvir que, num grave desastre, na Suiça, morreram 28 belgas, entre eles,  22 crianças, que vinham de umas férias na neve.  Perturba. Aflige, a contingencia  humana. Há uma insutentável precariedade.  Morre-se no  primeiro mundo, como se morre nas montanhas do Afeganistão, como se morre nos bairros da Siria e por todo o lado. É o instante da vida ou da morte, não sei bem. Não percebemos nada, confundem-nos com o poder, o dinheiro, a fama...,  e, depois, a  vida é isto.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Homs, sangrando

O cerco das últimas semanas, por parte das tropas governamentais, a um bairro de Homs, onde os rebeldes sírios se refugiaram, parece  ter tocado todos os limites. Bombas, mortes, fome... Impressiona ver imagens de pessoas a apanhar a neve que cai, em bacias e baldes, para terem água para beber. Entretanto, a comunidade internacional assiste. Houve reuniões, em Tunes, designou-se um enviado especial da ONU,  o antigo secretário geral, conseguiu-se, a custo, visitar a cidade, evacuar os feridos, entre eles jornalistas, e agora espera-se por condições para a ajuda humanitária poder actuar com segurança, para se poder chegar a Damasco e, finalmente, se houver sorte, se poder conversar com o ditador. Triste  sina, a de um povo  que apenas  quer  liberdade e direitos básicos. Triste sina a de organizações como a ONU que, perante ditadores deste género, ficam sem saída, ou quase.