Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Por que quebram os atletas olímpicos?

 Simone Biles, a ginasta norte americana, de 24 anos, cinco vezes medalhada (quatro medalhas de ouro e uma de bronze), nos últimos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, está vulnerável, frágil, doente, diria eu. Desistiu na final por equipas, desistiu numa final individual e foi dito que continuará com avaliações diárias, no que respeita à sua saúde mental, a ver se, numa ou outra prova, ela poderá competir. Parece-me demasiado.

Sempre existiu pressão, ansiedade, depressão, sofrimento, pelas altas expectativas, dos próprios, dos treinadores, de organismos e comités nacionais…; sempre houve quem não aguentasse, conhecem-se os nomes de outros atletas que ficaram doentes.

Mas, agora, o problema tomou uma dimensão global. Alguma coisa precisa ser revista na competição, nesta permanente superação do atleta, para chegar ao pódio e ganhar uma medalha. O pior é que entre a euforia da vitória e as lágrimas da derrota, vão segundos, centímetros…, não é necessário, nem razoável, está ideia de mais e mais, que em rigor não significa nada e atormenta a capacidade física e emocional dos atletas. A perfeição a que aspiram não existe.

 

 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Estamos assim...

 Sucedem-se as manifestações contra ditadores, corruptos, analfabetos políticos, leis injustas, instituições muito aquém do que esperamos delas..., mostrando, à evidência, que, apesar do caminho percorrido, a igualdade e o reconhecimento recíproco, entre todos os seres humanos, estão longe de acontecer.

Continuamos a olharmo-nos, mas sem nos reconhecermos, mesmo que nos cruzemos, diariamente, e quase nos toquemos nas ruas, nos transportes públicos, nos centros comerciais….
Já devia ter chegado o dia, dada a realidade das sociedades atuais, em que a diversidade fosse um valor "universal".





sexta-feira, 23 de julho de 2021

Direitos humanos

 São os direitos que as pessoas têm, por serem seres humanos, independentemente da sua cidadania, nacionalidade, raça, etnia, língua, sexo, orientação sexual ou capacidades; os direitos humanos tornam-se exequíveis quando são codificados, como convenções, pactos ou tratados ou quando são reconhecidos como Lei Consuetudinária  Internacional. 

domingo, 18 de julho de 2021

18 de Julho – o dia de Nelson Mandela

 

Nelson Mandela foi (continua a ser) uma personalidade de enorme importância para os direitos humanos, por isso as Nações Unidas criaram um dia de celebração, em seu nome: o dia do seu nascimento, 18 de julho de 1918.

Lutou, desde novo, contra a opressão e a segregação branca na África do Sul. A partir dos anos 40, através do movimento político: Congresso Nacional Africano (CNA,) que queria, por meios pacíficos, acabar com o apartheid, reivindicando direitos para os negros. Não foi possível, aumentou a repressão policial e as prisões, contra os membros do CNA que foi ilegalizado.

O apartheid, é a segregação do regime político branco, apoiado em leis; uma opressão racial institucionalizada, como se os negros fossem pessoas de segunda classe, obrigados a viver em guetos e sem qualquer tipo de condições de vida. Em espaço público, só podiam movimentar-se com uma credencial, que dizia de e para onde podiam ir ou estar.

Em 1961, o CNA cria um grupo armado e aumenta a repressão branca. Em 1964, Mandela é preso e condenado a prisão perpétua, passa 27 anos nas ilhas Robben. É libertado a 11 de fevereiro de 1990.

Em 1993, ganha o prémio Nobel da Paz Em 1994, torna-se o primeiro presidente negro da África do Sul, com a ideia precisa de lutar pela dignidade de todos, de unir brancos e negros; está um mandato, não concorre a novas eleições, que ganharia de forma esmagadora; cria uma fundação, abraçando causas sociais e políticas, como sempre fez. Morre a 5 de dezembro 2013.

Mandela é um símbolo, uma luz, um caminho para os direitos humanos!

sexta-feira, 16 de julho de 2021

A lei húngara

 A lei aprovada, recentemente, na Hungria, contra a comunidade LGBT, viola os direitos humanos.  

Sou contra essa lei, porque sou contra qualquer tipo de discriminação que não respeite o que é a liberdade individual. É esta liberdade que funda todos os direitos; se aceitamos pôr em causa este princípio, qualquer arbitrariedade é possível. É uma questão de dignidade humana.

sábado, 10 de julho de 2021

Por que falharam as revoluções?

 Diz-me, uma senhora com setenta e muitos anos:

- Ninguém me falhou mais que os revolucionários e a revoluções em que acreditei, na minha juventude, e julguei possíveis. Falharam todas. E as que resistem, já não são revoluções, são ditaduras que levaram o povo à miséria e à despersonalização (Correia do Norte, Cuba, Venezuela, China…). 

Criaram-se ideários revolucionários de liberdade, igualdade, justiça, mas os protagonistas continuaram com os mesmos sentimentos de prepotência, domínio, controlo, mesquinhez, egoísmo, exploração… não mudou a natureza dos indivíduos.

Triste realidade - penso eu - que também acreditei, e quero continuar a acreditar,  num mundo e em sociedades melhores.

domingo, 4 de julho de 2021

Amor (em vez de Alzheimer)

 Tinha reduzido a sua vida ao marido, e parecia não precisar de mais. Agora que ele ia perdendo progressivamente a memória, sentia que não suportava a dor daquela ausência, sobretudo, quando deixou de reconhecer pessoas próximas… Chegará um dia que não a reconhecerá mais. A doença é muito cruel, sente que vai perdendo as forças, mas não quer deixá-lo ir: “para o lar, ainda não” – diz, muitas vezes. Mas chegará um dia, já não muito distante, em que terá de o deixar ir. Como irá continuar a dizer: “Eu e o meu marido, eu e ele”! Como vai sobreviver a tudo, ao que eram e já não são, a tudo o que ainda têm para viver nesta penosa situação? Não sabe, pressente que o seu quotidiano, mesmo muito difícil, está desmoronar-se. Só o amor é que não. Permanece, intacto. Tornou-se até mais forte. “Amo-o tanto” – confidenciou-me. Eu sei que sim. 

(escrevi este texto, em 2016. Infelizmente, é cada vez mais atual)  

sexta-feira, 2 de julho de 2021

São muitas as ditaduras!

Parece existir uma maldade, no «subterrâneo» dos indivíduos e das sociedades que, por mais séculos de civilização e progresso científico e técnico, teima em não desaparecer. 

Aí estão os ditadores desta vida (Bielorússia, Rússia, Hungria,  Venezuela, Coreia do Norte, Filipinas, China...), uns de mansinho, outros com grande alarid; todos a mostrarem do que são capazes. 

Atualmente, segundo o relatório da Freedom House, há no mundo 49 ditaduras, assim distribuídas:

-18 na África Subsaariana,

- 12 no Oriente Médio e Norte da África

- 8 na Ásia-Pacífico,

- 7 na Europa-Ásia,

- 3 nas Américas

-1 na Europa. 

 

Como pode ser visto no gráfico abaixo (países a vermelho):