Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta personalidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta personalidades. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

A morte de Sara Tavares

Estamos tristes, pela morte da grande cantora que era. Agradecemos a sua humanidade que transparecia em tudo, nos gestos, nas palavras, nas músicas… Esta tarde, ouvirei músicas, de Sara Tavares, em silêncio, e no final baterei palmas. Sara Tavares (Foto da Internet)

terça-feira, 8 de agosto de 2023

A humanidade do Papa (JMJ, 2023, Lisboa)

Está lá, inteira. Está na proximidade, nas palavras, nos olhos que fixam, no sorriso, nos gestos que abençoam crianças, tocam e cumprimentam muitas pessoas. Está, quando abraça e é abraçado. Recordo aquela peregrina da Guatemala que, depois de ser confessada pelo Papa, lhe pede: «somos ambos latino-americanos, posso dar-lhe um abraço? E o Papa deu, como não ia dar! Todos querem tocar o Papa!

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Morreu Jorge Sampaio

Com pessoas, como Jorge Sampaio, aprendemos a exigência dos princípios, a integridade de caráter,   o rigor e a humanidade em todos os gestos, em todos os cargos, em todas as situações. 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Zeca Afonso

 Ontem, celebrou-se mais um aniversário do nascimento de José Afonso (1929 - 1987). Assisti a um documentário na televisão (que já vi outras vezes), e pude de novo perceber a força daquela consciência. Zeca é um caminho, uma luz, um acreditar em sociedades justas, mesmo que todos os sonhos de justiça esbarrem com a dura realidade

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Por que quebram os atletas olímpicos?

 Simone Biles, a ginasta norte americana, de 24 anos, cinco vezes medalhada (quatro medalhas de ouro e uma de bronze), nos últimos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, está vulnerável, frágil, doente, diria eu. Desistiu na final por equipas, desistiu numa final individual e foi dito que continuará com avaliações diárias, no que respeita à sua saúde mental, a ver se, numa ou outra prova, ela poderá competir. Parece-me demasiado.

Sempre existiu pressão, ansiedade, depressão, sofrimento, pelas altas expectativas, dos próprios, dos treinadores, de organismos e comités nacionais…; sempre houve quem não aguentasse, conhecem-se os nomes de outros atletas que ficaram doentes.

Mas, agora, o problema tomou uma dimensão global. Alguma coisa precisa ser revista na competição, nesta permanente superação do atleta, para chegar ao pódio e ganhar uma medalha. O pior é que entre a euforia da vitória e as lágrimas da derrota, vão segundos, centímetros…, não é necessário, nem razoável, está ideia de mais e mais, que em rigor não significa nada e atormenta a capacidade física e emocional dos atletas. A perfeição a que aspiram não existe.

 

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

António Guterres – recandidato a Secretário Geral da ONU

Foi há poucos dias formalizada, pelo primeiro ministro português, a recandidatura de António Guterres ao mais alto cargo das Nações Unidas. Impressiona o percurso deste homem: natural de Donas, uma aldeia do Fundão, chegou onde chegou, como se nada fosse; sempre com o mesmo sentido de serviço, humanidade, gratidão, firmeza nos princípios....

É assim Guterres. Parece nunca querer o primeiro plano, mas tem-no, evidentemente.

 


domingo, 21 de fevereiro de 2021

O bispo de Pemba deixou Moçambique, a mando do Papa

 Era uma das poucas vozes que denunciava os massacres das populações, por grupos armados pertencentes a fações do estado islâmico. Vivia no meio do povo, chamando a atenção para aquela catástrofe humanitária. Foi mandado para uma região do interior do Brasil, país de onde é natural. Por que é que o Papa fez isto? Por que razão isto aconteceu? Se houve pressões políticas, é inadmissível!

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Ana Moura, a minha preferida

Ana Moura Hamburg Billets, Laeiszhalle Hamburg, Großer Saal, 09 ...
Ana Moura 


Estive a ver o concerto que Ana Moura deu, o ano passado, nas Festas do Mar, de Cascais e mais uma vez fiquei rendida. 

 Ana Moura é a voz, o corpo, o movimento, a dança, os vestidos (brilhantes, quase sempre escuros, com decotes ou transparências…), os brincos, o cabelo, a maquilhagem…. Nada nela é excessivo. Tudo é comedido, com uma simplicidade e uma alegria desconcertantes. Puxa pelos músicos, deixa-os brilhar.

Ana Moura é sempre mais do que estamos à espera. Parece que se supera!

https://www.youtube.com/watch?v=MOKx48vtn_o

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Amália, o centenário

Amália Rodrigues
Amália nasceu há cem anos, em 23 de julho de 1920 e morreu a 6 de outubro de 1999. Começaram ontem as homenagens que vão estender-se por todo o ano.
Ninguém canta como Amália. É a voz. Mas é muito mais do que isso; algo que não sei explicar. Quantas vezes me emocionei ao ouvi-la.  
Um dia, há muito tempo, enquanto esperava numa fila, para comprar um bilhete para o musical «Amália», do Filipe la Féria, no teatro Politeama, em Lisboa, ao som de uma das canções de Amália, percebi a força e a eternidade daquela voz e daquela vida.  Amália é e será presente.


Deixo a ligação, um convite a escutá-la.
https://www.youtube.com/watch?v=fIn9ccVbBzI

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Excerto do discurso de Nelson Mandela, em Oslo (2)

Esse triunfo encerrará, finalmente, cinco séculos de colonização africana, que começou com o estabelecimento do império português. Constituirá um grande passo na história e servirá como caução para os povos do mundo que lutam contra o racismo, seja qual for a forma que tenha e o lugar onde ocorra.

No extremo sul do continente africano, está em preparação uma recompensa, um incalculável presente, para aqueles que, em nome da humanidade, sacrificaram tudo pela liberdade e pela dignidade humana».



terça-feira, 21 de julho de 2020

Excerto do discurso de Nelson Mandela, em Oslo (1)



Nelson Mandela 
Foi m 1993, quando recebeu o Prémio Nobel da Paz.

“Estou aqui em representação de milhões de pessoas do meu povo que ousaram levantar-se contra um sistema social injusto, cuja verdadeira essência é a guerra, a violência, o racismo, a repressão e a pobreza.

Também, estou aqui em representação do movimento anti-apartheid, governos e organizações, que se juntaram a nós para lutarem, não contra a África do Sul ou algum dos seus povos, mas contra um sistema inumano, contribuindo para o rápido fim do apartheid, um crime contra a humanidade.

Esse incontável número de seres humanos, dentro e fora do nosso país, teve a nobreza de espírito de se colocar no caminho da tirania e da injustiça, sem procurar ganhos próprios. Consideraram que a injúria de um era a injúria de todos e sobretudo agiram em defesa da justiça e da decência humana.

 Devido à sua coragem e persistência, de muitos anos, podemos hoje esperar que, em breve, a humanidade possa celebrar uma das vitórias mais proeminentes do nosso século: o fim do apartheid e da lei da minoria branca.


domingo, 19 de julho de 2020

Morreu John Lewis

Aqui, nesta ponte, a polícia carregou sobre os manifestantes. John Lewis foi ferido.


Morreu a 17 de julho de 2020, com oitenta anos. Nasceu a 21 de Fevereiro de 1940, no Alabama. Era o último sobrevivente do movimento, marchas pacíficas, pelos direitos cívicos dos negros, encabeçado por Martin Luther King, iniciado na célebre ponte, em Selma, Alabama, que viria a obrigar o Congresso a aprovar uma lei que reconheceu aos negros o direito de voto. Foi em 1965.

Membro do Congresso desde 1986, John Lewis era uma consciência, uma voz, uma atitude…, na defesa dos direitos dos negros. Há poucas semanas, já muito doente, participou nas manifestações: «As vidas dos negros contam»,  contra o racismo, na sequência da morte de negros, por polícias.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Palmas para Maria Lúcia Amaral – Provedora de Justiça


A Provedoria de Justiça é um órgão do Estado, nomeado pela Assembleia da República, mas com autonomia no desempenho das suas funções, centradas na garantia dos direitos, liberdades e interesses legítimos dos cidadãos, através de recomendações.

Deu uma entrevista que mostra bem o conhecimento e a preocupação com o país em tempos de pandemia, nomeadamente, a atenção aos mais velhos, os desequilíbrios territoriais e as falhas de muitos serviços públicos.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Greta Thunberg (2)


Estive a ouvir com atenção o discurso de Greta Thunberg na sua chegada a Lisboa; interessa-me sobretudo perceber a questão da instrumentalização de que possa ser vítima.

Dois pontos me parecem relevantes: primeiro, o discurso é muito articulado, fala sem qualquer tipo de dificuldades sobre os temas das alterações climáticas, colocando ênfase no que dizem os cientistas e na ação dos políticos; segundo, não parece aceitável que uma jovem de dezasseis anos não frequente a escola e não tenha a estabilidade familiar, social…, de que precisa para a sua vida.

Também, há nela radicalismos que não levam a lado nenhum, porque, embora a realidade nos esmague, não temos outra. Precisávamos voltar a uma vida simples, sem aviões, plásticos, emissões de carbono…, mas isso só será possível, encontrando pontos de equilíbrio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Greta Thunberg (1)

Foto: TVI24

 É recebida em Lisboa com se fosse uma estrela. É uma estrela, pelo que já fez e continua a fazer a favor duma  consciência global dos perigos que atingem o planeta.
É recebida pelo presidente da câmara de Lisboa, pelo presidente da comissão do ambiente da Assembleia da República, por associações ambientais e por jovens portugueses ativistas que foram para a receber e também para afirmar envolvimento e compromissos que operem mudanças, para os problemas já conhecidos. Há muito que se sabe que não chegam discursos e belas intenções.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

José Mário Branco (1942-2019)

José Mário Branco (Foto: Diário de Notícias)
Morreu ontem um homem  de luta pela liberdade, obrigado a exilar-se, porque foi objetor de consciência, um revolucionário de Abril, um ativista político, cívico, poeta, músico, cantor..., que incarnava como poucos  uma ideia de sociedade que, pouco a pouco, se foi esboroando. Viu-o, não há muito tempo, num concerto do fadista Camané e fiquei a pensar na força de uma consciência.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Carolina Beatriz Ângelo: a primeira mulher a votar em Portugal


 Nasceu na cidade da Guarda, em 1877, numa família de ideais republicanos. Foi médica, a primeira cirurgiã mulher, e também uma ativista política e social, criando ou integrando, com outras companheiras, movimentos para a emancipação da mulher, nomeadamente o direito de votar.

Quando em 1911, a primeira lei eleitoral da república dizia que tinham direito de voto os «cidadãos portugueses com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família», sem especificar se eram homens ou mulheres, Carolina Beatriz Ângelo, viúva e com uma filha, considerou que era chefe de família e pediu o recenseamento eleitoral.

Foi-lhe negado; recorreu para o tribunal e num veredicto de um juiz sensível aos direitos das mulheres (pai de Ana de castro Osório, outra sufragista) foi-lhe concedido o direito de votar. Escusado será dizer que a próxima lei eleitoral já referia «chefes de família homens».

Morre aos 33 anos, em 3 de outubro de 1911, quatro meses depois de votar para a assembleia constituinte.  

sábado, 7 de setembro de 2019

A morte de Roberto Mugabe


Morreu o ditador que governou durante 37 anos o Zimbabué, deposto em 2017 por um golpe do seu próprio partido. Lutou contra os ingleses, os colonizadores do seu país, mas foi incapaz de criar um país justo, próspero e respeitador dos direitos humanos. Ao contrário, houve repressão, tirania, corrupção, colapso do sistema financeiro e económico…, uma tragédia que transformou aquele país num dos mais pobres do mundo.

Portou-se como um vilão, de resto como muitos outros chefes de estado africanos que, a seguir às independências, foram incapazes de ser pessoas decentes: enquanto cresciam os seus palácios e as suas contas no estrangeiro o povo vivia na mais extrema miséria.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Um poema de Mahatma Gandhi

(Tudo o que importa na vida, está neste poema).

À DESCOBERTA DO AMOR

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem nunca teve nenhum.

Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.

Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.

Toma uma lágrima
e pousa-a a quem nunca chorou.

Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.

Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.

Enche-te de esperança
e vive à sua luz.

Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.

Vive com amor
e fá-lo conhecer ao mundo.

                                                     Poema de Mahatma Gandhi




sábado, 29 de junho de 2019

Milton Nascimento


Fui ver, ao Coliseu dos Recreios, Milton Nascimento. Tem 76 anos, quase não se pode movimentar, canta sempre sentado e precisa ajuda para se levantar, sair do palco e agradecer no final. Mas a voz está como sempre: límpida, segura, única, transcendente... Foi Elis Regina que um dia disse: «Se Deus quisesse cantar, escolheria a voz do Milton». Está tudo dito.
Os temas são os de sempre: a vida, os sentimentos, a liberdade, os direitos, a discriminação, a exploração… (por isso, parece estranho que este espetáculo passe por Telavive).
Houve duas convidadas especiais:  Carminho, a fadista, cantou duas canções, muito tocantes - Milton  abraçou-a, numa cumplicidade invulgar; Fáfa de Belém, artista brasileira, falou da amizade com Milton e da importância incomparável da sua música. Foi muito bonito. 
Fiquei a pensar no valor e no poder da música. Fiquei a pensar na «eternidade» do Milton.