Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta direitos das mulheres. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta direitos das mulheres. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

A luta das mulheres no Irão

Mahsa Amin, era uma jovem iraniana, de 22 anos, presa pela polícia da moralidade, em Teerão, e que veio a morrer, três dias depois, em 16 de setembro de 2022, quando estava sob custódia policial. Foi acusada de não estar a usar corretamente o véu islâmico, o hijab, por não lhe cobrir todo o cabelo. Vejam só, porque são assassinadas as mulheres no Irão!

Estou cada vez mais atenta ao que está a passar neste país. Talvez, ingenuamente, pois esta repressão vem de longe, desde a revolução islâmica de 1979 e o integrismo islâmico não deixa margem para qualquer abertura no respeito pelos direitos das mulheres, basta ver como têm sido reprimidas as manifestações (dezenas de mortos, centenas de presos...). 

Foto: Tirada pelos próprios manifestantes (in site da Euronews) 



segunda-feira, 9 de março de 2020

Dia Internacional da Mulher

Ontem, 8 de março, foi o dia Internacional da mulher, na luta cívica de todos por direitos iguais.  Nas sociedades modernas,  democráticas..., a luta é já mais por atitudes e ações concretas do que por direitos; mas há sociedades, lembro as islâmicas mas há mais, onde a luta é ainda ao nível dos mais elementares direitos.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Carolina Beatriz Ângelo: a primeira mulher a votar em Portugal


 Nasceu na cidade da Guarda, em 1877, numa família de ideais republicanos. Foi médica, a primeira cirurgiã mulher, e também uma ativista política e social, criando ou integrando, com outras companheiras, movimentos para a emancipação da mulher, nomeadamente o direito de votar.

Quando em 1911, a primeira lei eleitoral da república dizia que tinham direito de voto os «cidadãos portugueses com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família», sem especificar se eram homens ou mulheres, Carolina Beatriz Ângelo, viúva e com uma filha, considerou que era chefe de família e pediu o recenseamento eleitoral.

Foi-lhe negado; recorreu para o tribunal e num veredicto de um juiz sensível aos direitos das mulheres (pai de Ana de castro Osório, outra sufragista) foi-lhe concedido o direito de votar. Escusado será dizer que a próxima lei eleitoral já referia «chefes de família homens».

Morre aos 33 anos, em 3 de outubro de 1911, quatro meses depois de votar para a assembleia constituinte.  

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Nusrat Jahan Rafi – queimada e morta


Esta jovem, de 19 anos, do Bangladesh, foi morta, há dois dias, na escola que frequentava, por ter denunciado, junto das autoridades, que um dos professores a tinha assediado sexualmente, quando a levou para uma sala e a tocou de forma inapropriada.
Foi-lhe pedido que retirasse a queixa; como não o fez, sofreu as consequências. Foi atacada e regada com querosene por um grupo de homens, na escola, que vestiam burkas para não serem identificados. Regaram-lhe todo o corpo, menos a cabeça, para poderem dizer que se tinha tratado de um suicídio – malvadez e perversidade em estado puro. Morreu passado umas horas, mas, ainda, denunciou alguns dos atacantes que reconheceu pela voz e pediu justiça.
Custa a crer nesta brutalidade, nesta animalidade; custa a crer numa cultura que trata as mulheres como seres de segunda e onde os direitos e a justiça são uma miragem.


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Ronaldo e a americana violada

Li o artigo do Der Spiegel; parece já claro que houve, em Las Vegas, uma violação. Ronaldo violou aquela mulher, Kathryn Mayorga. Podem arranjar argumentos para muito do que se passou, mas não para isto. Espero que não haja acordo extrajudicial, que o caso vá a tribunal e que a verdade se saiba até ao final. A sobranceria que muitas vezes Ronaldo exibe, não é uma invenção e podemos ter sobre isso diferentes opiniões. Mas, aqui, trata-se de um crime, não há opiniões, há factos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

As desigualdades de género no trabalho


Foi ontem anunciado que no Circuito Mundial do Surf em 2019 os prémios de homens e mulheres terão o mesmo valor monetário. Ainda bem que tal vai suceder.
As desigualdades entre mulheres e homens no mundo do trabalho são vastas. Sabe-se que há mais mulheres nas universidades e, no geral, com melhores desempenhos escolares, mas, depois, não acedem, em grande número, a cargos de topo.
Têm uma taxa de emprego mais baixa, ganham muitas vezes menos que os homens, mesmo que desempenhem os mesmos trabalhos, e ficam desempregados durante mais tempo; alguns grupos de mulheres, como as imigrantes ou as portadoras de deficiência, têm, ainda, dificuldades acrescidas.

As mulheres trabalham mais em part-time que os homens, porque assumem responsabilidades familiares, como cuidar das crianças e dos idosos. São, ainda, maioritariamente, empregadas nas profissões que sempre desempenharam, ligadas ao secretariado e às áreas da educação e da saúde.

domingo, 18 de março de 2018

Violência doméstica - mais uma mulher morta


A jovem, de vinte e nove anos, do concelho do Fundão, que morreu há uma semana, com vinte facadas, às mãos do companheiro, é uma das últimas vítimas da violência doméstica. Tantas mulheres assassinadas ou marcadas para a vida, por maridos ou ex-maridos!. 
Parece uma guerra surda, às vezes, mesmo silenciosa; quase sempre, ninguém viu, ninguém sabia, ninguém imaginou ou suspeitou, sequer, que um crime destes pudesse acontecer. No entanto, homicídios tentados ou consumados são quase semanais.
É tudo maldade, descontrolo, ciúme, álcool, sentido de posse, de propriedade…? É tudo loucura, perturbação mental? 
É preciso uma outra atenção, por parte da comunidade e das autoridades, policiais e judiciais, para que não morram mais mulheres, nalguns casos, depois de terem pedido ajuda, vezes sem conta. É preciso mostrar a cara dos agressores, dizer quem são, o que os move, o historial de vida...


terça-feira, 14 de abril de 2015

Um grito pelas meninas nigerianas raptadas, um grito pela educação

Faz um ano que as 276 meninas nigerianas foram raptadas pelo Boko Haram, esse grupo extremista, que, como todos os outros da mesma natureza, entende que o Islão proíbe a educação das mulheres. Destas, menos de cem foram libertadas, as outras continuam prisioneiras e escravas. Querem as mulheres em casa, analfabetas, submissas, menores..., como se nada se tivesse passado depois de tantos séculos de pensamento humano.

terça-feira, 8 de julho de 2014

As jovens raptadas na Nigéria

Continuam prisioneiras e escravas do grupo que as raptou. Não parece aceitável que o seu cativeiro continue, depois de tanto  tempo, quando há largas semanas disseram que já as tinham localizado. Meandros politicos impedem que as jovens possam regressar a casa e abraçar os seus familiares.

sábado, 10 de maio de 2014

As jovens nigerianas raptadas

As jovens raptadas, quase trezentas, de uma escola secundária, só agora, começam, por pressão internacional, a  ser preocupação do país. É a  demência fundamentalista em estado puro, raptam-se inocentes, em nome de Deus, para serem vendidas como escravas sexuais, sabe-se lá para onde a quem, com o argumento, pasme-se, de estudarem numa escola. A educação em vez de um direito é um crime, para estas mentes terroristas.
O que mais perturba é a maldade, é a desumanidade, é o obscurantismo que, por este caminho,  tomará outras regiões do mundo, mesmo quando pensávamos que a modernidade e a tecnologia contemporanea tinham feito um progresso de não retorno. Não é assim, há muitos anos zeros para a humanidade e para civilização. A volta às cavernas é uma indecência humana.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mulheres sem rosto



Vimos, há dois ou três dias, numa reportagem televisiva, aquando da deslocação do ministro da saúde à Arábia –Saudita, procurando negócios, nomeadamente nesta área, mulheres de bata branca e um enorme véu preto sobre o rosto, ficando apenas a descoberto os olhos. Chocante, para dizer o mínimo. Inaceitável, quando o mundo de hoje é de inter-relações globais.
 Já escrevi tantas vezes sobre este assunto, mas sinto que não podemos continuar sem nada fazer, o argumento religioso e cultural não chega, não estamos mais na Idade Média, em sociedades fechadas, a abertura impõe novos critérios, desde logo o do respeito pela relação com os outros.
Sem rosto, parecem também sem identidade, como é que as vemos, como é que as recordamos? Não há relação, nos moldes em que a entendemos, da solicitude, da reciprocidade, do olhar o rosto. Não queremos impor nada mas parece razoável perguntar: não temos o direito a uma relação face a face, a uma relação  de proximidade que só o rosto, torna possível. Mulheres sem rosto, quem lhes impõe tal destino?



segunda-feira, 18 de março de 2013

waris Dirie, mutilada


Conhecia a história, já tinha visto o filme, mas ontem voltei a vê-lo e o impacto foi o mesmo. Talvez tenha passado, por se discutirem por estes dias em Nova Iorque, na ONU, os direitos das mulheres.
Waris Dirie – modelo somali - falou abertamente na mutilação genital feminina de que tinha sido vítima aos 3 anos, primeiro numa entrevista a uma revista de moda, com divulgação mundial, depois nas Nações Unidas. Contou como era feita, por quê, como duas das suas irmãs não resistiram; contou o que significa, cultural, social, mas, sobretudo, pessoalmente. As imagens são de um grande realismo, a cena da mutilação é pungente (ainda oiço os gritos da menina), fechei os olhos, não aguentei. Fico sem palavras, sem saber o que pensar é que não há qualquer justificação, para tamanha humilhação, para tamanha desumanidade.
Agora, a ex-modelo, é embaixadora da ONU para os direitos das mulheres, tem uma fundação onde luta diariamente contra esta prática absolutamente inaceitável, que muitos países condenam mas que a cultura e o fechamento social destas comunidades continuam a permitir.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Malala, um símbolo


É uma adolescente paquistanesa que, desde há algum tempo, tem enfrentado os talibãs, por fecharem escolas  e impedirem as meninas de as frequentarem. Foi baleada por um terrorista, a mando de quem a quer silenciar. Maldade ideológica, politica, religiosa, social…
Lutou contra morte num hospital do seu país e foi hoje transferida para um hospital do Reino Unido, já fora de perigo, para que a sua recuperação se faça o melhor possível.
É um símbolo para o mundo e sobretudo uma voz para os direitos das mulheres. Não irem à escola, não aprenderem a ler, significa, naquela sociedade patriarcal, ficarem dependentes e submetidas aos maridos para tudo. Não poder ler uma receita médica, o rótulo de um medicamento, os preços no mercado, os números do autocarro... significa, uma anulação e uma limitação nos direitos individuais inconcebível.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Queimadas com ácido, mulheres paquistanesas

No Paquistão rural, onde as “questões de honra” são mais marcadas, mulheres são regadas e queimadas com ácido, pelos maridos, pais, irmãos mais velhos ou prometidos (o casamento por amor é uma miragem) por ousarem dizer não. São mulheres, algumas ainda crianças, que vivem num círculo fechado e em circunstâncias de total submissão. Desfiguradas, feridas, sem discurso, sem direitos, escondem-se para fugir de mais humilhações. Mas, ninguém foge de si próprio, mesmo que encerre todas as portas e feche todas as janelas, até, porque um dia alguém vem bater-lhes à porta. Há sempre redenção, aí, está o trabalho da ONG “Volver a Sonreir” e de outras ONG’S que lutam diariamente para devolver a dignidade a estas mulheres que um dia se viram no fundo do poço.