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segunda-feira, 18 de março de 2013

waris Dirie, mutilada


Conhecia a história, já tinha visto o filme, mas ontem voltei a vê-lo e o impacto foi o mesmo. Talvez tenha passado, por se discutirem por estes dias em Nova Iorque, na ONU, os direitos das mulheres.
Waris Dirie – modelo somali - falou abertamente na mutilação genital feminina de que tinha sido vítima aos 3 anos, primeiro numa entrevista a uma revista de moda, com divulgação mundial, depois nas Nações Unidas. Contou como era feita, por quê, como duas das suas irmãs não resistiram; contou o que significa, cultural, social, mas, sobretudo, pessoalmente. As imagens são de um grande realismo, a cena da mutilação é pungente (ainda oiço os gritos da menina), fechei os olhos, não aguentei. Fico sem palavras, sem saber o que pensar é que não há qualquer justificação, para tamanha humilhação, para tamanha desumanidade.
Agora, a ex-modelo, é embaixadora da ONU para os direitos das mulheres, tem uma fundação onde luta diariamente contra esta prática absolutamente inaceitável, que muitos países condenam mas que a cultura e o fechamento social destas comunidades continuam a permitir.


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