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domingo, 25 de fevereiro de 2024

Homenagem aos mortos da guerra na Ucrânia

Também, coloco uma bandeira na praça de Kiev. Passaram dois anos da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e o balanço é trágico: - Mais de 10 mil mortos e 20 mil civis feridos; centenas de milhares de mortes e feridos militares; milhões de deslocados no país e de refugiados em outros países; cidades completamente arrasadas, estruturas colapsadas; uma frente de mais de mil quilómetros, com avanços e recuos, a falta de material militar; a fadiga da guerra é visível nos rostos…. Maldita guerra, desnecessária como todas as guerras!

sábado, 23 de dezembro de 2023

A catástrofe de Gaza (é Natal, mas temos e falar desta guerra)

O grau de destruição, na Faixa de Gaza, é avassalador. Primeiro na zona norte, a seguir na zona sul e agora em qualquer lado, não há nenhum lugar seguro. Os israelitas atacaram e destruíram hospitais, escolas, campos de refugiados, mesquitas, bairros residenciais…, e mataram mais de 20 mil civis palestinianos. É a maior tragédia humana a que assistimos, porque não há como fazer chegar ajuda humanitária capaz de minorar a fome, as doenças e a insegurança, vivendo entre entulho e escombros. Junta-se a completa ausência de futuro para aq ueles quase dois milhões de pessoas.

domingo, 10 de dezembro de 2023

10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada, em Paris, a 10 de dezembro de 1948. 75 anos depois, a humanidade, que já progrediu tanto e em tantos campos, no que se refere à violência, está sempre de regresso ao pior de si, seja da mais subtil violência psicológica (às vezes mais humilhante que a física), à mais elaborada guerra, com planos e armas cada vez mais sofisticadas para matar. Não podemos deixar de pensar na guerra entre o Hamas e Israel, na destruição completa da faixa de Gaza, onde a situação humanitária, se continuar como está, levará à morte de uma população inteira. Os israelitas de vítimas, na II Guerra Mundial, passaram a carrascos e a cometer crimes contra a humanidade. O Hamas é um grupo terrorista, não tem desculpa, mas a população inocente não pode morrer assim! Quando a vida, já não é vida, na destruição de Gaza (Foto: RFI)

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Palmas para o Secretário-Geral da ONU: António Guterres

Ontem, no Conselho de Segurança, sobre o conflito israelo-árabe, reafirmou o óbvio: o que o Hamas fez dia 7 de outubro é terrorismo, inaceitável, condenável. O direito de Israel a retaliar, tem de cumprir o direito humanitário internacional, o que não está a acontecer. Há uma catástrofe humanitária em curso, que Israel não quer ver. A vida humana tem igual valor! Guterres no Conselho de Segurança (Foto: Jornal Público)

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A questão humanitária

Israel está a cometer crimes de guerra, devidamente tipificados no direito humanitário internacional, por exemplo: - Não há proporcionalidade na resposta militar – bombardeiam com mísseis centenas de alvos por dia, com mortes de civis inocentes (mais de 3 mil, dizem), sendo mais de um terço crianças. - O cerco total à Faixa de Gaza – cortaram água, eletricidade, alimentos…: - A deslocação forçada de pessoas – pediram a saída dos civis, mais de um milhão de pessoas, do norte para o sul de Gaza, quando sabem bem que não há condições objetivas para isso poder acontecer. - A falta de corredores humanitários seguros – para que a ajuda de emergência que já está no Egito possa chegar às populações de Gaza. Não é coisa pouca, depois de 12 dias de conflito e quando a tal intervenção terrestre ainda nem sequer começou. Tem de haver um cessar-fogo imediato, entre as partes, mas a dificuldade parece grande, quando nem o Conselho de Segurança das Nações Unidas consegue fazer aprovar uma resolução sobre o assunto. Temo que uma catástrofe humanitária de grandes proporções, esteja próxima…

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

O conflito israelo-árabe

Em 1947, a ONU dividiu aquele território, onde havia judeus (30%) e árabes (70%), em duas partes, para a formação de dois estados independentes, sem Jerusalém, que ficaria sob administração internacional. Os judeus aceitam e, em 1948, formam o Estado de Israel; os palestinos, reduzidos à Cisjordânia e Faixa de Gaza, consideram que aquela divisão é uma injustiça e não aceitam. Começa um conflito, que dura até hoje. No passado dia 7, o Hamas, um grupo islâmico, terrorista, que administra a faixa de Gaza, um pequeno território, de 360 quilómetros quadrados, massacrou, matou e fez reféns centenas de pessoas no sul de Israel, algo, inaceitável. Israel declarou guerra, bombardeou, cercou Gaza e ameaça entrar com forças terrestres. O resultado vai ser devastador, não tenho dúvidas. Rua bombardeada em Gaza (Foto:SAPO 24)

segunda-feira, 20 de março de 2023

Putin - um criminoso de guerra

ia 17 de março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu dois mandados de detenção internacionais, para Vladimir Putin e a sua comissária para os direitos das crianças, Maria Lvova- Belova. São acusados da deportação ilegal de milhares de crianças que viviam nos territórios ucranianos invadidos e anexados pela Rússia. Cerca de 16 mil, foram retiradas aos pais, com a promessa de que iriam temporariamente para campos de férias, livrando-as das bombas e da guerra. Se a estas, juntarmos todas as estavam em orfanatos, instituições ou ficaram sozinhas o número pode ir até aos 300 mil. Passou mais de um ano e não voltaram às famílias. Agora, sabe-se que se trata de campos de reeducação espalhados pela Rússia, onde a propaganda os obriga a aprender e a repetir o ideário do regime.Segue-se a adoção por famílias russas. Putin instrumentalizou estas crianças. Apareceram imagens de muitas em aeroportos, em sítios onde os pais adotivos as aguardavam e até num comício, para mais de 100 mil pessoas, obrigando-as a elogiar a libertação, a vida que levam na nova pátria.

domingo, 28 de agosto de 2022

Ainda a guerra contra a Ucrânia

 Passados seis meses desta guerra, nenhuma esperança em dias melhores. Ao contrário, espera-se o pior. É já longo catálogo de horrores: cidades completamente destruídas, milhões em fuga, deslocados no país ou refugiados em países europeus, massacres sem conta, milhares de mortos, de prisioneiros, de crimes de guerra…. Agora, é a central de Zaporizhia, a ser utilizada como arma de guerra, como se fosse coisa pouca, um incidente nuclear.

Central de Zaporizhia, na Ucrânia. 

sábado, 23 de julho de 2022

Celebremos o acordo para os cereais

Durante quatro meses, os cereais ucranianos, cerca de 20 milhões de toneladas, vão poder ser exportados, através do mar Negro, com a supervisão da ONU e da Turquia.

Finalmente, milhões de seres humanos ameaçados pela fome, em muitos países do mundo, sobretudo, na África e Ásia, vão poder alimentar-se.
Negociado durante dois meses, mostra bem a complexidade do que está em causa: os interesses e o taticismo de uns e de outros, as contrapartidas (a Rússia exportará cerca de 100 milhões de toneladas de cereais e fertilizantes), as dificuldades do processo (desminagem, vigilância dos barcos, coordenação da logística…).
Apesar disto, esperemos que se realize.

Foto: Navio no mar Negro


domingo, 26 de junho de 2022

Odeio o Putin

 Sei bem que há outros ditadores (mais mascarados ou mais assumidos), sei bem do que a natureza humana é capaz. Mas, fazer uma guerra de agressão, em 2022, arrasando tudo – cidades completamente destruídas, milhares e milhares de mortes, populações em fuga, milhões de refugiados e deslocados internos…. Apesar disto, intensificam-se os combates e o monstro continua a mostrar as suas garras, porque sabe pode continuar a comprar armas, tanques, mísseis e não sei mais o quê, financiadas pelo petróleo e gás, de que é o maior fornecedor mundial.

 

   

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Os impasses do Conselho de Segurança da ONU

É formado por 15 países e destes 5 (China, Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia) são membros permanentes, com direito de veto, ou seja, se votarem contra uma resolução a mesma deixa de ter aplicação prática.

São dificuldades que se repetem, já vimos isto acontecer noutros conflitos, noutras situações. Parece impossível uma reforma capaz de tornar este Conselho Permanente eficaz e para isso não pode a parte interessada (neste caso a Rússia) votar em si própria.

domingo, 25 de abril de 2021

A guerra colonial

 Império português! Que sabiam disto, os jovens das aldeias que, de norte a sul do país, iam combater em África? Nada, não sabiam nada. Sabiam da guerra. duma guerra lá longe, mas que parecia ao pé da porta. Havia famílias, nesse tempo, muito numerosas, com vários filhos na guerra; mães que se vestiam de preto, tal a dor e o temor de perderem os filhos!

Vivia-se, por todo o lado, uma separação e sobressalto constantes. de 1961 a 1914, os rapazes ou fugiam a salto para a França, antes dos dezoito anos, ou iam à tropa. Os do exército que, a seguir à recruta, fossem para o quartel de Santa Margarida, era certo que terminavam a combater numa das colónias em guerra – guiné, angola ou moçambique.

domingo, 28 de março de 2021

Poema de Manuel Alegre sobre a guerra colonial

 As colunas partiam de madrugada

 As colunas partiam de madrugada

Para o norte partiam para a morte

Partiam de Luanda flor pisada

Levavam morte de Luanda para o norte.

 

De Luanda partiam flor pisada

Colunas que levavam.

Luanda para o norte para a morte

De Luanda partiam madrugada.

 

De Luanda madrugada para o norte

As colunas partiam

Levavam de Luanda a flor pisada

Para a morte do norte para a morte.

 

Partiam de Luanda madrugada

Colunas para o norte

Levavam morte de Luanda

Para o norte da morte flor pisada.

 

De Luanda partiam as colunas

Para o norte partiam flor pisada

De Luanda levavam para o norte

A morte de madrugada.

 

Partiam as colunas de Luanda

Levavam para a morte

A madrugada: flor pisada

Ao norte.

 

                                                                             Manuel Alegre

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Bom Ano Novo

 Desejo a  todos um bom ano de 2021, em primeiro lugar a nível pessoal e familiar, mas também a nível social e global. Espero :

- Que a epidemia COVID-19, que transtornou as nossas vidas e mostrou como nada está adquirido, possa ser debelada. 

- Que os desastres naturais - o sismo que ontem atingiu a Croácia, as tempestades..., possam ter a ajuda humanitária internacional que precisam.

 - Que as guerras que podemos evitar - Síria, Iémen..., desapareçam de vez, com acordos viáveis e  ajudas sustentadas.   

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Jerusalém, de algum modo todos pertencemos aí

Não quero que Jerusalém seja a capital do estado de Israel. Preferia que fosse uma cidade de todos, crentes e não crentes; preferia uma cidade símbolo, uma cidade aberta, tolerante e não uma cidade onde todas as ortodoxias se degladiam.
Estive em Jerusalém há mais de trinta anos e a imagem que guardo é a da mais profunda divisão entre judeus e muçulmanos. Não pudemos entrar numa das portas que dão acesso à cidade santa, porque havia confrontos; a mesma coisa em Belém, muito perto da igreja que visitámos, na gruta dos pastores havia tiros, não pudemos ir lá. Mas a guerra não vem de hoje nem é de há trinta ou setenta anos. Quando olhamos aquela porta de Damasco, toda esburacada pelas balas, algo se transforma em nós: “O que é isto? Porquê?” 


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Catástrofes mentais: o chefe da Coreia do Norte

Não sei o nome, não o fixo; recuso-me a fixá-lo. Quando o vejo, parece-me ver um demente, um perigoso demente, que pode levar o seu país à ruína total e o mundo a uma guerra, com consequências inimagináveis. Como é que isto acontece, no século XXI, depois de tanta racionalidade, ciência, filosofia, história...?
Parece impossível de compreender, como um ditador transforma o seu povo em autómatos, parecem robots, fazendo vénia ao chefe. Se isto não fosse tão grave, seria anedótico, mas  não  é, infelizmente.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A escalada da violência a que assistimos


Parece  que uma loucura qualquer invadiu o mundo; os mandantes da guerra, em vez de encontrar  soluções, aumentam a escalada, a propaganda e as acusações recíprocas. As paradas militares,  os ensaios nucleares, as bombas não sei quanto..., são um exemplo de quanto perigoso está o mundo.

Na verdade, não há nisto novidade nenhuma, é a mesma natureza humana: estranha e violenta, apesar de Declarações Universais, Tratados Internacionais  e compromissos multilaterais.

terça-feira, 14 de março de 2017

Fotografias de guerra

Sou a favor de que se editem reportagens e fotografias de guerra. Nem tudo o que é filmado ou fotografado pode ser exibido, pois, há um ponto em que se toca, profundamente, na dignidade de alguém. E isso não é possível acontecer.
Mas sou sensível ao argumento de que, sem o impacto de fotografias, como a da criança vietnamita, em chamas, nua, correndo numa estrada, fugindo de um ataque com napalm ou mais recentemente a daquela criança síria, dando à costa, numa praia, o mundo não tinha acordado, da mesma maneira, para o drama das guerras de que foram vítimas. Ao tornarem-se ícones, podem tornar-se decisivas para a tomada de consciência, para o debate e a reflexão sobre o absurdo da violência.
Ainda assim, a menina vietnamita e o menino sírio, não merecem ser exibidos, durante décadas ou sabe se lá quanto tempo, em exposições pelo mundo, se isso supuser perder essa integridade, de que falo, e que, temo, a banalização e a falta de contextualização possam destruir.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Os meninos de Aleppo

A criança síria, resgatada dos escombros de uma casa em Aleppo, após mais um bombardeamento (já nem sei de quem são as bombas, são tantos a disparar), sentada, quase irreconhecível, paralisada, no banco da ambulância que a levou ao hospital, parece estar a recuperar, enquanto o irmão não resistiu e já morreu.
A tua mudez é ensurdecedora, apela à responsabilidade do mundo. Oiço os teus gritos silenciosos e sinto-me responsável pelo que te está a acontecer, mesmo que pouco possa fazer, mesmo que tenha escrito muitas vezes contra os ditadores, os fundamentalismos, a guerra, a violência…; sinto que o que te aconteceu me diz respeito.
O pior ainda é que quase já ninguém se sente responsável; o pior é que as imagens de crianças denunciando e clamando pela consciência do mundo começam a ser tão banais que temo se tornem irrelevantes. Jantamos, conversamos, desligamos a televisão… e seguimos as nossas vidas como se os meninos de Aleppo e todos os outros meninos, vítimas de tantos abusos, fossem apenas imaginação.



terça-feira, 7 de junho de 2016

Fundamentalismo islâmico: o inferno era aí (2)

Se ficam viúvas ou são mães solteiras, renegadas pelos parentes, ficam completamente desesperadas. O abandono e a fragilidade são completos. Uma tragédia sem limites as devora por dentro, as perturba, as leva ao limite da sua capacidade de sofrimento mental. Psicologicamente afectadas, como podem continuar a pensar, a cuidar-se e a tratar dos filhos? Infinitamente sós vagueiam, pedindo esmola, prostituindo-se, sendo usadas e abusadas por homens que as tratam sem pingo de humanidade e as condenam à valeta.
O pior é que o fazem em nome de uma religião, dum fundamentalismo religioso, que não deixa qualquer espaço para a denúncia, o confronto ou a fuga. Só alguns podem. Muitas vezes me interrogava: 
- Como podemos continuar caladas? Como podemos continuar passivas? Como poderemos contar aos nossos filhos o que nos está a acontecer?
Mas a resposta às minhas perguntas era óbvia. Como podíamos resistir de estômago e mãos vazias? Como podíamos, sem nada, lutar contra homens alucinados, dependentes do cheiro a pólvora, armados e sem outra linguagem que não fosse a da violência. Aqui a vida não tem o mesmo sentido. Não pode ter, senão como explicar isso?