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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Jerusalém, de algum modo todos pertencemos aí

Não quero que Jerusalém seja a capital do estado de Israel. Preferia que fosse uma cidade de todos, crentes e não crentes; preferia uma cidade símbolo, uma cidade aberta, tolerante e não uma cidade onde todas as ortodoxias se degladiam.
Estive em Jerusalém há mais de trinta anos e a imagem que guardo é a da mais profunda divisão entre judeus e muçulmanos. Não pudemos entrar numa das portas que dão acesso à cidade santa, porque havia confrontos; a mesma coisa em Belém, muito perto da igreja que visitámos, na gruta dos pastores havia tiros, não pudemos ir lá. Mas a guerra não vem de hoje nem é de há trinta ou setenta anos. Quando olhamos aquela porta de Damasco, toda esburacada pelas balas, algo se transforma em nós: “O que é isto? Porquê?” 


segunda-feira, 9 de junho de 2014

O trágico da guerra, do terrorismo, do conflito

O trágico na ação aí está. Está no terrorismo talibã que ontem vimos no ataque a um aeroporto de uma cidade paquistanesa,com mais de duas dezenas de mortos; está no conflito israelo-árabe que o Papa, também ontem, procurou de uma forma não política (ainda assim, política) colocar na ordem do dia e numa perspetiva de urgência; está nos conflitos quotidianos que vivemos sempre que as regras chocam de frente com as convicções. Conhecemos isto desde os gregos. No conflito que opõe Antígona ao tio, na tragédia de Sófocles, a oposição é entre o puro respeito à lei e a convicção íntima de que enterrar os mortos é parte da dignidade humana, e isso é anterior a qualquer legalidade. Como resolver o conflito? Continuar a extremar posições, não leva a nenhuma solução. Isto serve para os conflitos de hoje. Para todos os conflitos.