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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Bom Ano Novo

A paz´não é um dado, precisa ser desejada e construída 

Ontem, alguém, que me falou para me desejar votos de Ano Novo, fez-me  lembrar a importância da paz, seja a que nível for: pessoal, familiar, social, mundial...; sem paz podemos ter saúde, amor, trabalho..., mas não estamos bem nem felizes.   

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O Centenário do Armistício


Sábado e domingo, decorreram, em Paris, com pompa e circunstância, as comemorações do final da Primeira Grande Guerra. Nove milhões de soldados mortos, uma tragédia incalculável. Muita gente não tinha a noção exata ou sequer aproximada do que aconteceu.
Houve simbolismo e cerimónias tocantes. Foi bonito ver a chanceler alemã emocionar-se, e Macron, também (vencidos e vencedores, agora juntos). Foi bonito perceber que os discursos tinham um compromisso claro com a paz, entre os povos e os países. Uma paz que não acontece por acaso, tem de se querer, tem de se construir.
Há uma maldade humana sempre à espreita; é muito ténue o que separa a civilização da barbárie.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

O dizer do Papa

Interessam-me particularmente os sinais do Papa, sendo que o meu plano de análise é sempre o do indivíduo e o da sociedade. O que ele tem vindo a dizer é que assistimos a limiares de exclusão, de violência, que ou  nos empenhamos todos, começando por olhar e por tratar com humanidade aquele que nos bate à porta, seja muçulmano, judeu, cristão, ateu…, ou a desumanidade está a uma curta distância. Todas as instituições, a começar pela ONU, têm de se empenhar a fundo, para que a demência de alguns não ponha em causa a vida de tanta e tanta gente.



quarta-feira, 4 de abril de 2018

O Grande Ditador, o filme (3)

«No capítulo 17, do Evangelho segundo São Lucas, lê-se: “O reino de Deus está no próprio homem”. Num único homem, não num único grupo de homens, mas em todos os homens,  e vós sois o povo, tendes o poder para criar máquinas, o poder para criar a felicidade. Vós, o povo, tendes o poder para criar a vida livre e esplêndida ... para fazer dessa vida uma radiante aventura.

Então, em nome da democracia, utilizemos esse poder... Unamo-nos todos, lutemos por um mundo novo, um mundo limpo que ofereça a todos a possibilidade de trabalhar, que dê à juventude um futuro e proteja os velhos da miséria.
Com estas mesmas promessas, gente ambiciosa exerceu o poder, mas mentiram, não mantiveram as suas promessas, nem as manterão nunca! Os ditadores liberaram-se, mas domesticaram o povo.
Combatamos agora para que se cumpra esta promessa. Combatamos por um mundo equilibrado ... Um mundo de ciência, no qual o progresso leve a todos a felicidade. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos»!
  


sábado, 20 de dezembro de 2014

Prémio Nobel da Paz

Malala recebeu, juntamente com um médico indiano activista contra o trabalho infantil, o prémio Nobel da Paz. Obviamente que Malala é mais do que uma menina vítima do extremismo talibã e da negação dos direitos das mulheres, nomeadamente o direito à educação. É também um símbolo pelo que representa, pelo que sinaliza, cada vez que intervém nos média. Malala somos todos nós, de algum modo; todos os que lutam diariamente pelos direitos humanos. 

                                                                                                  

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O trágico da guerra, do terrorismo, do conflito

O trágico na ação aí está. Está no terrorismo talibã que ontem vimos no ataque a um aeroporto de uma cidade paquistanesa,com mais de duas dezenas de mortos; está no conflito israelo-árabe que o Papa, também ontem, procurou de uma forma não política (ainda assim, política) colocar na ordem do dia e numa perspetiva de urgência; está nos conflitos quotidianos que vivemos sempre que as regras chocam de frente com as convicções. Conhecemos isto desde os gregos. No conflito que opõe Antígona ao tio, na tragédia de Sófocles, a oposição é entre o puro respeito à lei e a convicção íntima de que enterrar os mortos é parte da dignidade humana, e isso é anterior a qualquer legalidade. Como resolver o conflito? Continuar a extremar posições, não leva a nenhuma solução. Isto serve para os conflitos de hoje. Para todos os conflitos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Faixa de Gaza


Perguntava-me um jovem: “Que conflito é este”?
É um conflito tão complexo que não se pode explicar em poucas palavras ou tomando o partido de uma das partes: israelitas ou palestinianos. Não é possível dizer que uns são bons e que os outros são maus, que uns têm razão os que os outros não. A realidade nunca é a preto e branco, são muitos os matizes. 
Na essência, o conflito é político: há a formação do Estado de Israel, depois da II Guerra Mundial, quando o sionismo (o regresso dos judeus à Terra Santa) ganha proporções. Encurralam-se os árabes, os palestinos, que sempre tinham vivido nessas terras, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Estes territórios embora, hoje, sejam autónomos e com autoridade própria, não constituem ainda um estado (é isso que os palestinos reivindicam, a criação do Estado da Palestina). O conflito dura há décadas, já se sucederam várias guerras e a tensão está sempre iminente, como se viu nesta última semana.
Mas, o conflito é também religioso, e num enfoque fundamentalista, com a religião a justificar tudo o resto. Difícil de compreender, judeus e árabes condenados a viver juntos, mas separados, mesmo quando quase se tocam, como acontece nas ruas estreitas da cidade santa, em Jerusalém ou em outras cidades. As divisões são palpáveis, sabe-se bem quando estamos no bairro judeu ou quando estamos no bairro árabe; são costumes, vidas e entendimentos distintos.
A questão cultural é, portanto, outro ponto de divisão, a que se junta a questão económica e social. Tudo parece dividi-los, por mais negociações e caminhos para a paz que se retomem ou iniciem (vem de muito longe e com muitos protagonistas de ambos ao lados, os Estados Unidos do lado de Israel e países árabes do lado de Palestina). Desta vez, parece ganhar relevo o papel mediador do presidente Morsi, do Egito, desanuviando o ambiente com a retirada do Irão da linha da frente. Parece já um bom sinal para que se sentem à mesa, não os próprios, como devia ser, mas os negociadores, de modo a procurarem uma solução que, a meu ver, só será definitiva com o estabelecimento do Estado da Palestina (mesmo que a sua viabilidade económica e social seja muito precária ou quase impossível). 

sábado, 10 de outubro de 2009

Nobel da Paz

Fiquei contente com a atribuição do prémio, como não podia deixar de ser. Tem sido assinalado, no prémio, uma vertente, uma intencionalidade, notória, de condicionamento de Obama, ou seja, do mundo e dos valores que ele defende e representa. Parece-me verdade, e isso é mal? Julgo que não, precisamos todos, a América e o mundo, que Obama não falhe.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Terror e morte em Bombaim

Os ataques da última quarta-feira na cidade indiana de Bombaim a alvos seleccionados, relacionados com interesses ou a presença de ocidentais - grandes hotéis - fazem pensar no dedo da rede terrorista Al-qaeda . Afinal, pouco ou nada se avançou no cambate ao terrorismo. Estamos no mesmo ponto.
Muitos discutem se isto é ou não um choque de civilizações? Talvez não seja, mas é de certo um choque entre a liberdade e o fanatismo, entre a razão e a crença, entre valores culturais muito distintos. Seja como for, há já rupturas visíveis, basta visitar países árabes, mesmo os ocidentalizados, como Marrocos, Tunísia e Egipto, para se perceber que há dois mundos de costas voltadas. A questão é esta: ou continuamos assim e, então, a tendência é para agudizar o problema, ou procuramos a proximidade do face a face, deixando que o sentir e o existir humanos tornem possível o encontro. Como Lévinas podia ajudar, a uns e a outros, a perceber a questão da violência! (Que livros lerão estes senhores que planeam e executam estes ataques? Que referências terão? Quem deixarão esperando em casa?)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Meninos palestinianos

Há poucos dias ouvimos a notícia de que um raid israelita tinha estilhaçado uma casa palestiniana. Quatro crianças mortas, uma família destruída. Um ódio infinito, que assim não pode acabar nunca. Não sei se há justificações, haverá, mas que me importam quando acabam por morrer crianças inocentes. Maldita política, malditas bombas, maldita retaliação! Não existirão outras soluções? Para que serve a diplomacia, para que servem as Organizações Internacionais? Às vezes custa a acreditar, como é possível.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Campo minado, perigo de morte

O dia 4 de Abril é o Dia Internacional de Sensibilização para as Minas e Ajuda em Acções Relativas a Minas. Bem é preciso que pensemos sobre este grave problema, que continua muito para além dos conflitos. São extensões imensas de campos minados, antes, bons para o cultivo e, depois, reduzidos a um cobarde campo de batalha, onde o inimigo não se vê, embora continue lá, pronto a matar, a estropiar e a aterrorizar. E assim se abandonam as terras, se impedem as pessoas de cultivar, de ganhar o seu sustento e de manter a esperança. Desminar estes campos é uma necessidade e um direito, há uma Convenção Internacional de Proibição de Minas Anti-Pessoais, em vigor desde 1999, mas muito falta ainda fazer. É que nestas questões, das armas e da guerra, sempre a política e a economia degladiam os seus interesses, esquecendo ou deixando para segundo plano a dignidade e os direitos da pessoa humana. Basta pensar, ironia das ironias, que são os mesmos que fizeram esses milhões de bombas os que agora produzem o material para a desminagem. Que círculo vicioso este!