A par disto, e pior do que isto, são os que se servem do serviço público para negócios de toda a ordem, numa teia que pode ir da mais recôndita concelhia à sede nacional. Eu, talvez, ingenuamente, penso que estes são uma minoria e que há soluções para maior transparência e escrutínio público.
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sábado, 7 de janeiro de 2023
Males (alguns) da política partidária
A par disto, e pior do que isto, são os que se servem do serviço público para negócios de toda a ordem, numa teia que pode ir da mais recôndita concelhia à sede nacional. Eu, talvez, ingenuamente, penso que estes são uma minoria e que há soluções para maior transparência e escrutínio público.
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sexta-feira, 14 de setembro de 2018
O que se está a passar em Pedrógão Grande?
Como é que pôde acontecer o que tem vindo a ser apresentado,
primeiro pela revista Visão, em 19 de julho, e agora pela TVI: mentiras, irregularidades, contorno da lei...?
Parece que o raciocínio foi simples: no meio da confusão e da desgraça, quem é que vai dar conta ou importar-se se aquela casa foi destruída pelo incêndio ou estava há muito desabitada e em ruínas! Quem é que se vai chatear em saber se aquela casa é de primeira, segunda ou terceira habitação! Ninguém vai querer saber!
Parece que o raciocínio foi simples: no meio da confusão e da desgraça, quem é que vai dar conta ou importar-se se aquela casa foi destruída pelo incêndio ou estava há muito desabitada e em ruínas! Quem é que se vai chatear em saber se aquela casa é de primeira, segunda ou terceira habitação! Ninguém vai querer saber!
Mas com tantos organismos no terreno, com tanta gente a olhar para o que se passa, parece uma completa ingenuidade. Ora, aqueles
senhores não são ingénuos!
E é esta ingenuidade que me surpreende. Não podia imaginar
uma orquestração desta ordem.
quarta-feira, 9 de maio de 2018
Elogio para Joana Marques Vidal – Procuradora Geral da República
Cautelosa, quase pedindo licença
para passar, chegou onde ninguém tinha chegado, porque, manifestamente, quis
chegar, quis afrontar poderes, quis mostrar como a lei é igual para todos.
A promiscuidade entre política e
negócios, entre empresas e banqueiros, teceu uma teia de interesses e de
impunidades, que nunca passou pela cabeça desses senhores (Salgado, Sócrates e outros noutros processos)
a possibilidade de serem investigados.
Não é só trabalho da Procuradora Geral,
como é evidente. Mas ela merece, particularmente, pelo entendimento, levado à
séria, de que todos devem ser investigados, logo que surja o menor indício de
corrupção.
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terça-feira, 1 de maio de 2018
O polvo continua, a corrupção
O caso Sócrates é tão triste! É a corrupção ao mais alto nível:
passiva, ativa, pequena, maior, grande, muito grande, milhões, muitos milhões,
contas offshore, lavagem de dinheiro, fuga ao fisco… e o povo atónito, ou nem
tanto, assiste, muitos ainda incrédulos do que está a acontecer.
Mas o polvo vai continuar a estender os braços e outras
personagens vão continuar a tremer. Há quem ache que a divulgação dos
interrogatórios foi demais, porque atentam contra a dignidade dos visados; é verdade
eu também acho, mas, não há outra maneira de sabermos do que estes senhores foram
capazes de fazer. São uns a tramarem-se aos outros (Battaglia trama Salgado que
trama Sócrates que trama Pinho que trama…), pelo meio andam outros (Santos
Silva, Vara, Bava, Granadeiro…). Quem é que julgava isto possível! Não me
continuem a dizer: «ainda não foram condenados, não podemos dizer nem isto nem
aquilo». E então nós somos todos ignorantes!
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sábado, 7 de abril de 2018
A prisão de Lula da Silva: pobre natureza humana
Tudo indica que Lula vai hoje ser preso. É tempo para, sem
histerismos, todos pensarmos no que se passou e passa com quem exerce o poder,
quase parece uma inevitabilidade deixarem-se corromper. Mas não é,
evidentemente.
Eu tenho pena que pessoas como Lula se tenham deixado cair nas
malhas dessa generalizada corrupção. Milhões de pessoas acreditavam nele (acreditam
nele ainda muitas), mas é inaceitável, negar, até ao absurdo, as evidências. Muitos
acusam a justiça de politização, e isso é mau. A justiça tem de ser independente,
é preciso que não haja vários pesos e várias medidas.
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domingo, 28 de fevereiro de 2016
Os precários coletes salva vidas
A tragédia dos refugiados tem
uma dimensão que assusta, não apenas pelos números, mas pela ganância e pela
insensibilidade de tantos que fazem toda a espécie de negócio. Por aqueles que, aproveitando-se da fragilidade de quem não tem nada a perder, troca a fome, a
doença e a morte debaixo dos intermináveis bombardeamentos, para se lançar ao
mar, na mão de traficantes sem escrúpulos, enriquecendo com a miséria humana.
Mas, todos os dias descobrimos um
pouco mais, agora é a falta de segurança dos coletes salva vidas, fabricados em
fábricas turcas (sempre que há mercado, aparece o negócio); são de tal modo mal
feios que passado uma hora no mar se desfazem e as pessoas afundam; levar um
salva vidas daqueles, em caso de naufrágio,é quase o mesmo que nada.
É uma jornalista habitante da
ilha de Lesbos que faz a denúncia, é uma jornalista que todos os dias, talvez
por força do seu trabalho, vai até ao local dos desembarques, a mesma que ainda
não se habituou ao que acontece com estes refugiados e continua a narrar o que
vê com sentimentos. Enquanto isso, outros dos habitantes como que se anestesiaram para
poderem sobreviver, é como se não vissem o que vêem, é como se não assistissem
ao que assistem. Já não olham, já não querem ou não podem ver (faz
lembrar os campos de concentração nazis, pessoas que habitavam a poucos
quilómetros declaravam, “não sabia que se passava isto, nunca vi, não tinha
ideia…”Que mecanismo mental é este?” Não sei dizer.).
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
A corrupção
A corrupção existe quando alguém
em funções públicas tira proveito para fins particulares, lesando a comunidade;
é a corrupção que leva ao branqueamento, à fuga de capitais ao não pagamento
dos impostos devidos. Hoje, parece algo banal, porventura sempre foi, mas o
mundo virtual e global em que vivemos dá-lhe outra visibilidade.
Aceito que muitas vezes pode começar
por um favor e chegar a patamares de ilegalidade de grande gravidade, mas sei
também que pode passar,desde o inicio, por uma estratégia premeditada e bem
urdida para que ninguém chegue lá.
Perguntamos-nos: por que acontecem
atos corruptos com esta frequência? Ser corrupto é da condição humana ou da
natureza humana?
Penso que é da natureza humana,
situada no plano do que genericamente poderíamos designar pelo mal. Portanto, todos podemos
ser corruptos, assassinos, violadores, agressores …, está no plano dos actos
censuráveis, moral e legalmente, de que ninguém está a salvo, mas de que
todos podemos sair ilesos, porque todos sabemos igualmente o que é o bem. É a escolha, é a decisão, que nos distingue de ser uma coisa ou outra.
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