Cautelosa, quase pedindo licença
para passar, chegou onde ninguém tinha chegado, porque, manifestamente, quis
chegar, quis afrontar poderes, quis mostrar como a lei é igual para todos.
A promiscuidade entre política e
negócios, entre empresas e banqueiros, teceu uma teia de interesses e de
impunidades, que nunca passou pela cabeça desses senhores (Salgado, Sócrates e outros noutros processos)
a possibilidade de serem investigados.
Não é só trabalho da Procuradora Geral,
como é evidente. Mas ela merece, particularmente, pelo entendimento, levado à
séria, de que todos devem ser investigados, logo que surja o menor indício de
corrupção.