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quinta-feira, 30 de junho de 2022

Apresentação do livro: Ética para os mais novos e os outros... em conversas com a Ana


O livro aborda as três componentes da ética: liberdade (eu); respeito (eu-tu); e justiça (nós e os outros), num discurso argumentativo, claro e consistente. Com uma importante intenção formativa, embora centrado no público juvenil, julgo de interesse para professores, educadores e pessoas em geral.  
Maria  Rosa Afonso

terça-feira, 14 de setembro de 2021

A propósito de todos os totalitarismos...

 O sujeito racional e livre não precisa do Estado, nem de nenhuma crença religiosa, ideológica ou outra,  para saber o que é o bem e o mal.  São noções inatas; estão connosco, desde sempre, mesmo antes da nossa capacidade  do exercício do livre-arbítrio.  Portanto,  quando a razão e a liberdade são instrumentalizadas, é a humanidade em nós que fica em causa. São os direitos humanos que são  negados.

 

sábado, 8 de maio de 2021

Harmonia interior...

 Diz-me, um jovem:

- Sinto que não pertenço a parte nenhuma, tenho um desassossego interior que é também um mal estar físico. Nunca se desiludiu com nada?

- Meu caro jovem, quantas pessoas me falharam, quantos ideais sociais e políticos me falharam…. Perdi a conta, e sei que vão acontecer mais, não podemos evitá-lo. O que podemos, é fazer tudo para que esse desassossego não se transforme em desarmonia contigo mesmo. Isso depende de ti, o resto não. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

A sabedoria prática, em Paul Ricoeur

 Muitas pessoas que me leem sabem que faço investigação na área da Ética, Direitos Humanos, Cidadania.... Deixo um artigo que acabou de sair.

http://fajopa.com/contemplacao/index.php/contemplacao/article/view/267


sábado, 28 de novembro de 2020

A escola, a ética e a cidadania

 A escola não pode, apenas, instruir, tem de educar. Educar para a autonomia, a responsabilidade e a cidadania, preparando as crianças e jovens para assumirem, na sociedade, de forma participada e consciente, o exercício dos seus direitos e deveres.

Isto só acontecerá, se a escola desenvolver nos alunos a consciência moral e cívica, ou seja, a capacidade de se questionarem sobre o bem e o mal do que fazem, em relação a si e aos outros.  

A abordagem pedagógica não pode deixar de ser transversal, mas também sistemática, com implicações nos currículos, nas práticas, na formação de professores e no quotidiano escolar.

 

terça-feira, 28 de julho de 2020

O assassínio de Bruno Candé Marques

Bruno Candé Marques 

Tinha 39 anos, era ator, pai, amigo, irmão…, foi morto com quatro tiros por um homem de 80 anos. Dizem tratar-se de um crime racial. 

O racismo não é apenas imoral, ignóbil…, é irracional. Tem o homem assassinado responsabilidade por ser negro? Tem o homem que o matou responsabilidade por ser branco? Não têm. Responsabilidade temos, cada um de nós, pelos atos que escolhemos praticar.

Não há nenhuma justificação para o racismo, nem a cultural. Foram os brancos que escravizaram, colonizaram, maltrataram…A história mostra bem de que lado está a responsabilidade, não por ser negro ou branco, mas por ser boa ou má pessoa. É o mal, a prepotência, a sobranceria..., parece que estamos sempre no ano zero da humanidade, prontos para voltar às cavernas.


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Cidadania ética

questão hoje é a de saber como lidar com o pluralismo moral. Adela Cortina, filósofa espanhola, fundamenta uma resposta interessante: articular o bem e o justo. Ou seja, para que as sociedades se possam organizar e dar as respostas sociais que esperamos, há uns mínimos de justiça que todos têm de aceitar – liberdade, igualdade, diálogo e respeito –  algo da ordem do normativo, exigido a todos, no espaço público.  

A partir daqui, todos podem viver, privadamente, com a sua ideia de bem, prosseguindo os fins bons que entenderem, conforme os  seus valores pessoais, familiares, culturais, ideológicos.... 


Ao incluir o diálogo e ao exigir atitudes de abertura e de disponibilidade, a intenção é criar a possibilidade de conhecermos valores diferentes dos nossos que possamos reconhecer e  estimar

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Regra de ouro


É interessante constatar como a universalidade moral está presente em expressões de senso comum, como esta: "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti" – Regra de Ouro do viver humano.
O cumprimento desta regra  preserva todo o campo da ação ética: a liberdade individual; o respeito pelo outro; e a justiça para todos. 
É como se todos tivéssemos um sentimento do que é ser ético e o bom senso nos encaminhasse para ver no outro um igual.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A violência que não desaparece


Por mais leis e quadros jurídicos que possam existir, não será possível, acabar com o mal e a violência que nos rodeia, a não ser por escolha ética. O mal é da natureza humana. Somos todos capazes de ser bons e maus, santos e demónios, vítimas e carrascos, explorados e exploradores..., como se existisse uma falha originária que nos impedisse de reconhecer o outro, seja quem for, como um individuo único e irrepetível a quem devemos respeito. A atitude é sempre de alerta e a ação é sempre a da responsabilidade individual: o que escolho fazer perante aquele a quem acolho e a quem devo respostas? 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A corrupção

A corrupção existe quando alguém em funções públicas tira proveito para fins particulares, lesando a comunidade; é a corrupção que leva ao branqueamento, à fuga de capitais ao não pagamento dos impostos devidos. Hoje, parece algo banal, porventura sempre foi, mas o mundo virtual e global em que vivemos dá-lhe outra visibilidade.
Aceito que muitas vezes pode começar por um favor e chegar a patamares de ilegalidade de grande gravidade, mas sei também que pode passar,desde o inicio, por uma estratégia premeditada e bem urdida para que ninguém chegue lá.
Perguntamos-nos: por que acontecem atos corruptos com esta frequência? Ser corrupto é da condição humana ou da natureza humana?
 Penso que é da natureza humana, situada no plano do que genericamente poderíamos designar pelo mal. Portanto, todos podemos ser corruptos, assassinos, violadores, agressores …, está no plano dos actos censuráveis, moral e legalmente, de que ninguém está a salvo, mas de que todos podemos sair ilesos, porque todos sabemos igualmente o que é o bem. É a escolha, é a decisão, que nos distingue de ser uma coisa ou outra.

sábado, 21 de setembro de 2013

Ética cívica

questão hoje é a de saber como lidar com o pluralismo moral. Cortina fundamenta uma resposta interessante: articular o bem e o justo. Ou seja, para que as sociedades se possam organizar e dar as respostas sociais que esperamos, há uns mínimos de justiça que todos têm de aceitar – liberdade, igualdade, diálogo, respeito –  algo da ordem do normativo, exigido a todos, no espaço público..  A partir daqui todos podem viver privadamente com a sua ideia de bem, prosseguindo os fins bons que entenderem, conforme os  seus valores pessoais, familiares, culturais, ideológicos.... 
Ao incluir o diálogo, a exigir atitudes de abertura e de disponibilidade, a intenção é a de criar a possibilidade de conhecermos valores diferentes que possamos estimar mesmo que não os partilhemos.