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sábado, 17 de agosto de 2019

Sentido humano

Independentemente de raças, etnias, crenças, culturas…, só há uma humanidade e, portanto, seja qual for a situação política, social, económica, religiosa…, em que nos encontremos mergulhados, o compromisso é com todos os seres humanos, sem exceção.
De algum modo, todos caímos ao mar mediterrâneo, todos estamos detidos em campos de detenção para migrantes, todos resistimos em campos de refugiados, todos somos apátridas, todos somos sem abrigo, vagueando pelas cidades, todos somos sem terra …

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Contra atitudes racistas, deixo um poema


Num programa televisivo, pergunta Herman José à escritora Margarida Rebelo Pinto se já teve um namorado "colorido" ,  ela responde: "Não, não sou dada a etnias"). Dos presentes, só a artista Sara Tavares não achou piada. Eu também não achei.


A cor que se tem 


Quando for crescida
Hei-de inventar
Um perfume de encantar.


Quem o cheirar
há-de ficar
com a cor da pele
que mais gostar.


Branco ou amarelo
Se preferir
Preto ou vermelho
É só decidir.


 Para alegrar
até vou pensar
Outras cores acrescentar.


 Cor de rosa
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.


 E assim,
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor de alguém
Não se pode avaliar
Pela cor que se tem.


 E então,
Tudo estará bem.
                                 (Poesia de Maria Cândida Mendonça)
  


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A jovem cigana de Avis que deixou a escola

Acabou de ser noticiado que uma jovem de quinze anos, no 7º ano de escolaridade, deixou a escola com o argumento da tradição cigana. Foi-lhe instaurado um processo, uma vez que a escola é obrigatória até aos dezoito anos. Mas, uma juíza do Juízo de Competência Genérica de Fronteira, da Comarca de Portalegre, acha que a tradição cigana justifica o abandono escolar. 
Eu acho que não. Há muito a fazer pela integração dos ciganos e, nesse longo processo, a educação é decisiva,  porque pode mudar mentalidades e dar ferramentas que de outro modo as comunidades ciganas não terão,


quinta-feira, 26 de março de 2015

Equidade

Não há organização social, leis e instituições, sem um princípio de justiça. O principio liberal - todos  os indivíduos são livres e iguais - defendendo a indiscutível igualdade perante a lei,  não considera as diferenças sociais e naturais dos indivíduos e, por isso, esta igualdade simples pode, em relação a determinados casos particulares, ser muito injusta.
Para tornar a igualdade perante a lei uma realidade, é necessário criar igualdade de oportunidades, diferenciando conforme as necessidades específicas de cada pessoa. Portanto, a equidade não põe em causa a universalidade das normas (a igualdade perante a lei), considera apenas que, para que essa igualdade seja possível, é preciso diferenciar positivamente.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A propósito da nova coroação real, em Espanha

Por que é que há reis e rainhas – é a pergunta que faço?
Por que é que se nasce rei, rainha, príncipe, princesa, etc, etc? Nenhuma razão. Nascemos indivíduos livres e iguais – é o primeiro princípio consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Ponham os príncipes e os reis a pensar sobre o que são, a ver se se descobrem outra coisa. A monarquia não tem nenhuma justificação racional, pode ter todas as outras: tradição, cultura, estabilidade política, identidade nacional…, o que seja, mas nenhuma que os coloque num patamar à parte. Sou absolutamente republicana.