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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Crise política em Portugal

De algum modo, era um desfecho anunciado, com tudo o que já se tinha passado, com a impunidade e a promiscuidade entre a política e os negócios. Podemos dizer que é a natureza humana no seu pior: ganância, mentiras, jeitinhos, passar por cima, abuso de poder, tráfico de influências, corrupção... Contudo, a mesma natureza humana é capaz do melhor: decência, dignidade, responsabilidade, honestidade, sentido do bem comum….

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

A lição da ministra: sem perguntas, revogue-se a lei!

  Eu acho que a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, não tem nada a ver com os negócios do marido; por isso, nada pode ter a ver com o champô para animais que a empresa que recebeu os 133.000 euros de subsídio vai produzir. Mas, o problema é político; agora, quando vemos a ministra, mais depressa vemos os subsídios do Estado, que uns conseguem e outros não, a voar para as empresas do marido.

Há dois dias, novamente por escrito (não quer responder a perguntas), já o tinha feito numa nota do ministério, num artigo no jornal Público, acrescentou que não se deve mudar a lei, que o parecer da Procuradoria Geral da República considera pouco clara e um deputado do PS já veio admitir possíveis mudanças. Então, a ministra, para defender a sua argumentação até ao fim, tem de dizer que a lei deve ser revogada, que não deve haver nenhuma limitação aos contratos públicos em Portugal por familiares de governantes.




quinta-feira, 30 de setembro de 2021

João Rendeiro, um foragido à justiça

 João Rendeiro, um antigo banqueiro que se revelou um burlão, falsificador…, fugiu para o Belize para não cumprir, em Portugal, uma das penas (tem três para cumprir) já transitada em julgado, depois de todos os recursos possíveis.

Fugir, é uma cobardia. Os cobardes concentram em si os piores instintos – maldade, imoralidade, incapacidade de assumir erros…

Também os órgãos de justiça que não fizeram o suficiente para impedir a sua fuga, deviam explicar bem aos cidadãos o que é que se passou para isto acontecer?

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

A corrupção: José Sócrates e os outros

 O pior de tudo, é acharem que somos tontos! Que o povo não percebe nada de nada Sabe-se ao pormenor os fluxos do dinheiro, dos que corromperam e dos que se deixaram corromper (são tantos os nomes) e não se sabe se houve corrupção!

Houve, com certeza. Bem pode, juridicamente, haver absolvições, por não existirem leis, por diferentes interpretações, por prescrições ou o que seja. Mas, dizer-se que o que está descrito, e aconteceu, não é censurável, não me parece possível. 

Ouvi, a um dos advogados, que o que ali se julga não é o que está «no catecismo do Procurador Teixeira». E isso é verdade. Não se trata aqui de julgar a partir de nenhuma moral religiosa; trata-se de ética (pensar sobre o bem e o mal), sem a qual nenhuma democracia, nenhum sistema de justiça, nenhuma sociedade sobrevive de forma decente.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A força de uma consciência, todos os que resistem

Não há dúvida de que existem poderes políticos, económicos e sociais que ignoram e defraudam as justas expectativas das pessoas e dos povos, naquilo que é o seu ser fundamental: a dignidade, o respeito, a liberdade, a democracia...
É certo que se pode dizer que sempre houve corrupção, interesses obscuros, ditadores, tiranias ..., mas igualmente se pode dizer que sempre houve resistentes,  consciências que se rebelam, que se enfrentam, que estão aí, como a Procuradora Geral da  Venezuela e toda aquela gente conhecida ou anónima que resiste.

domingo, 6 de agosto de 2017

Apupos para Maduro, a Venezuela

Olho as ruas da Venezuela, as manifestações em Caracas e noutros sítios; olho as pessoas, cada uma delas, única, desigual e irrepetível, se alguém morre de algum modo todos morrem...

Não olho a massa indiferenciada, não olho o pensamento comum, não olho a deriva, as palmas ao chefe, a unanimidade imposta...

Denuncio, como muitos, o atropelo da ordem constitucional, aos direitos humanos, à democracia,  à Procuradora Geral da Republica... 


terça-feira, 18 de março de 2014

Ucrânia, mais do que uma crise

Ucrânia, mais do que uma crise

Ainda não consegui escrever nada sobre a Ucrânia e aquela praça da independência, onde muitos morreram às ordens do ditador (mais de cem pessoas), outros ficaram feridos e outros vagueiam perdidos de si mesmos, incrédulos com o que se passou e se avizinha. Praça, onde, ainda assim, há qualquer coisa de profundamente humano: a proximidade com o outro. O médico que chega para tratar quem precisa, a psicóloga que montou um lugar de consulta para ouvir quem já não aguenta o desespero, enfim, um sem número de pessoas solidárias, disponíveis, para tornar menos dura uma realidade de situações extremas.
Mas, depois, vêm falar-nos de política e, logo, parece que a tal humanidade falha num qualquer ponto, agora, o atender o outro, o dar a mão, o abrir a porta, o dividir o abrigo… parecem uma quase impossibilidade; interesses particulares se impõem, há diferentes grupos e diferentes agendas, que vão da extrema-direita, a partidos democráticos, a grupos mais desorganizados. Um caldo político que não augura saídas fáceis, ainda que as instituições continuem aparentemente a funcionar, sem quebras institucionais nem legais (há quem diga que houve quebras); há um governo de transição que fará o que puder para que a eleições, já marcadas para maio, tragam uma nova luz e uma nova esperança.
Enquanto isto, que já era muito, a Rússia, que não reconhece as novas autoridades de Kiev, avança para a Crimeia, com um desplante e uma força, que o mundo pasma. Mas desta vez, parece que todos estavam acordados, Estados Unidos, União Europeia, ONU…, e a Rússia saberá que vai pagar pela violação do direito internacional e pelos desmandos desnecessários e incompreensíveis.
Uma vez mais se prova que nunca estamos a salvo, quando pensávamos que crises desta natureza se resolveriam sentados a uma mesa, o que primeiro se exibe são os tanques militares.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Corrupção e ganância, triste natureza humana

A notícia de ontem de que uma parte dos deputados e governantes chineses são corruptos, acumulando  uma riqueza incomensurável, em paraísos fiscais, é mais do mesmo. Quantas vezes já ouvimos e soubemos disto (em muitos países africanos mas mão só). É a corrupção mais desenvergonhada. É a triste natureza humana!
somos assim. Mas nem todos somos. Não haverá maneira de sair disto? Obviamente que há, com democracia, Estados de direito, respeito absoluto pela igualdade de todos os seres humanos.