Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 15 de maio de 2023

A favor de uma atitude filosófica

Vou aqui defender a filosofia (o que em mim não é raro, diga-se). Noto, às vezes, em certas áreas ou contextos, quer das ciências da educação, quer da educação em geral, aquilo a que vou chamar de um certo “preconceito filosófico”, um certo desconfiar, que nunca é explicitado, por quem o exibe, como se a filosofia fosse uma coisa à parte e o questionar fosse algo que incomoda, em vez de ajudar a esclarecer. Parece, até, nalguns casos, que a opinião mais subjetiva vale mais do que um argumento elaborado que todos possam discutir. Tal é injustificado, pois, a filosofia não é nada de transcendente, ao contrário, é algo que todos podemos exercer, usando simplesmente a razão. Se formos curiosos, interrogativos, reflexivos e críticos, todos podemos ter uma atitude filosófica. É disto que se trata, tão só. Não se trata de ser filósofos, que só muito poucos são, nem sequer estudiosos da filosofia, que só alguns (também, poucos) querem ser. Trata-se de pensar, levantar questões, seguir e contrapor argumentos, fazer análises, críticas e comentários…, ser capaz de compreender, de concordar ou de discordar do que se expõe e discute do ponto de vista racional. As ideias, os conceitos, os raciocínios…, não são menos “reais” que os factos que observamos e descrevemos. O que aqui está em causa,, é a capacidade de compreensão, para lá da descrição ou da explicação simples.

Sem comentários: