Discutiu-se também a
necessidade de reformar a própria organização, com particular atenção ao Conselho
de Segurança que se tem mostrado incapaz de aprovar, em tempo útil, resoluções,
tanto na prevenção de conflitos, como na ajuda humanitária de emergência ou na manutenção
da paz. Há sempre algum dos cinco países membros permanentes a vetar, por
interesses nacionais ou regionais, a pronta e eficaz intervenção da ONU.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2018
A assembleia Geral das Nações Unidas
Decorreu, em Nova Iorque, a 73ª Assembleia Geral das Nações
Unidas, composta por 193 Estados-membros. Aí se apresentaram e discutiram
aspetos importantes para a vida dos povos, desde logo, as questões da paz, do
desenvolvimento, dos direitos humanos, dos pactos internacionais, das
alterações climáticas, dos perigos do ciberespaço….
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Assembleia Geral das Nações Unidas,
ONU
domingo, 23 de setembro de 2018
Palmas para Joana Marques Vidal
Já aqui elogiei, por mais de uma vez, o trabalho da Procuradora Geral da República que vai cessar funções. Julgo que o trabalho dela é inquestionável, mesmo para leigos; os poderosos que ela e o ministério público investigaram não tem qualquer paralelo com o que se passava antes. Esta Procuradora Geral foi capaz de fazer o que nenhum Procurador Geral tinha feito antes, porque mostrou competência, isenção e sentido do dever (prefiro à palavra coragem).
Por tudo isto, Joana Marques Vidal devia ter sido convidada para um segundo mandato na Procuradoria.
Não foi, e muito estranho o comportamento do Presidente da República: então o interesse do país não justificava que pusesse em causa aquele argumento do mandato único e longo que diz ter há mais de vinte anos? Quando é preciso e há razões para isso temos de mudar de ideias. Também sou a favor da limitação de mandatos, não quero gente insubstituível nos cargos, mas, convenhamos, o país merecia que a Procuradora continuasse o seu trabalho.
Por tudo isto, Joana Marques Vidal devia ter sido convidada para um segundo mandato na Procuradoria.
Não foi, e muito estranho o comportamento do Presidente da República: então o interesse do país não justificava que pusesse em causa aquele argumento do mandato único e longo que diz ter há mais de vinte anos? Quando é preciso e há razões para isso temos de mudar de ideias. Também sou a favor da limitação de mandatos, não quero gente insubstituível nos cargos, mas, convenhamos, o país merecia que a Procuradora continuasse o seu trabalho.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018
As desigualdades de género no trabalho
Foi ontem anunciado que no Circuito Mundial do Surf em 2019 os
prémios de homens e mulheres terão o mesmo valor monetário. Ainda bem que tal
vai suceder.
As desigualdades entre mulheres e homens no mundo do trabalho
são vastas. Sabe-se que há mais mulheres nas universidades e, no geral, com melhores
desempenhos escolares, mas, depois, não acedem, em grande número, a cargos de
topo.
Têm
uma taxa de emprego mais baixa, ganham muitas vezes menos que os homens, mesmo
que desempenhem os mesmos trabalhos, e ficam desempregados durante mais tempo; alguns
grupos de mulheres, como as imigrantes ou as portadoras de deficiência, têm,
ainda, dificuldades acrescidas.
As
mulheres trabalham mais em part-time que os homens, porque assumem
responsabilidades familiares, como cuidar das crianças e dos idosos. São, ainda, maioritariamente, empregadas nas profissões que sempre desempenharam, ligadas ao
secretariado e às áreas da educação e da saúde.
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direitos das mulheres,
igualdade de género
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Valorizar a escola: meio caminho para o sucesso escolar
Há múltiplas razões, de
natureza pessoal, familiar, cultural e social, que determinam o valor que os próprios alunos e suas famílias atribuem à educação e à
escola; aspeto que influencia, desde logo, as expectativas que têm e os esforços que
estão dispostos a fazer.
Altas expetativas são meio caminho
para o sucesso, mas claro, num sistema tão complexo, com tantas variantes muitos são
os problemas que se colocam. A agora debatida questão dos professores (a
contagem integral do tempo de serviço para progressão na carreira, uma justiça, a meu ver)
é apenas mais uma.
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
O que se está a passar em Pedrógão Grande?
Como é que pôde acontecer o que tem vindo a ser apresentado,
primeiro pela revista Visão, em 19 de julho, e agora pela TVI: mentiras, irregularidades, contorno da lei...?
Parece que o raciocínio foi simples: no meio da confusão e da desgraça, quem é que vai dar conta ou importar-se se aquela casa foi destruída pelo incêndio ou estava há muito desabitada e em ruínas! Quem é que se vai chatear em saber se aquela casa é de primeira, segunda ou terceira habitação! Ninguém vai querer saber!
Parece que o raciocínio foi simples: no meio da confusão e da desgraça, quem é que vai dar conta ou importar-se se aquela casa foi destruída pelo incêndio ou estava há muito desabitada e em ruínas! Quem é que se vai chatear em saber se aquela casa é de primeira, segunda ou terceira habitação! Ninguém vai querer saber!
Mas com tantos organismos no terreno, com tanta gente a olhar para o que se passa, parece uma completa ingenuidade. Ora, aqueles
senhores não são ingénuos!
E é esta ingenuidade que me surpreende. Não podia imaginar
uma orquestração desta ordem.
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Somos todos responsáveis
Bastaria olhar para o problema dos refugiados, os que
atravessam o Mediterrâneo para fugir da Síria e de outros países, onde a violência
e a miséria são constantes, ou os que saem da Venezuela para os países vizinhos,
para fugir da ditadura em que vivem, para se perceber que há uma
responsabilidade primeira, anterior a qualquer resposta das organizações locais,
nacionais ou internacionais; ou seja, há uma primeira responsabilidade que é
daquele a quem batem à porta. De cada um, portanto.
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acolhimento,
refugiados,
responsabilidade
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
A jovem cigana de Avis que deixou a escola
Acabou
de ser noticiado que uma jovem de quinze anos, no 7º ano de escolaridade, deixou
a escola com o argumento da tradição cigana. Foi-lhe instaurado um processo,
uma vez que a escola é obrigatória até aos dezoito anos. Mas, uma juíza do
Juízo de Competência Genérica de Fronteira, da Comarca de Portalegre, acha que
a tradição cigana justifica o abandono escolar.
Eu acho que não. Há muito a fazer pela integração dos ciganos e, nesse longo processo, a educação é decisiva, porque pode mudar mentalidades e dar ferramentas que de outro modo as comunidades ciganas não terão,
Eu acho que não. Há muito a fazer pela integração dos ciganos e, nesse longo processo, a educação é decisiva, porque pode mudar mentalidades e dar ferramentas que de outro modo as comunidades ciganas não terão,
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igualdade,
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