Já aqui elogiei, por mais de uma vez, o trabalho da Procuradora Geral da República que vai cessar funções. Julgo que o trabalho dela é inquestionável, mesmo para leigos; os poderosos que ela e o ministério público investigaram não tem qualquer paralelo com o que se passava antes. Esta Procuradora Geral foi capaz de fazer o que nenhum Procurador Geral tinha feito antes, porque mostrou competência, isenção e sentido do dever (prefiro à palavra coragem).
Por tudo isto, Joana Marques Vidal devia ter sido convidada para um segundo mandato na Procuradoria.
Não foi, e muito estranho o comportamento do Presidente da República: então o interesse do país não justificava que pusesse em causa aquele argumento do mandato único e longo que diz ter há mais de vinte anos? Quando é preciso e há razões para isso temos de mudar de ideias. Também sou a favor da limitação de mandatos, não quero gente insubstituível nos cargos, mas, convenhamos, o país merecia que a Procuradora continuasse o seu trabalho.
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