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quarta-feira, 4 de abril de 2018
O Grande Ditador, o filme (3)
Então, em nome da democracia,
utilizemos esse poder... Unamo-nos todos, lutemos por um mundo novo, um mundo
limpo que ofereça a todos a possibilidade de trabalhar, que dê à juventude um
futuro e proteja os velhos da miséria.
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democracia; direitos humanos,
justiça,
liberdade,
Paz
terça-feira, 3 de abril de 2018
O grande ditador, o filme (2)
«A aviação e a rádio
aproximaram-nos uns dos outros, mas a própria natureza destes inventos requeria
a bondade do homem e reclamava a fraternidade universal para a união de todos.
Neste momento, a minha voz chega a milhares de seres oprimidos, espalhados pelo
mundo. Aos que podem compreender-me digo-lhes:
- Não desespereis, a desgraça que
caiu sobre nós, não é mais que o resultado do apetite feroz da amargura de uns
homens que temem o caminho do progresso humano. O ódio dos homens passará, os
ditadores morrerão e o poder que usurparam ao povo voltará ao povo.
Soldados não vos entregueis e
esses brutos homens que vos desprezam e vos tratam como escravos, homens que
governam as vossas vidas, decidem os vossos actos e os vossos pensamentos:
domesticam-vos, tratam-vos como animais e utilizam-vos como carne para canhão.
Não vos coloqueis nas mãos desses homens anti naturais, desses homens máquinas,
com coração de máquinas.
Vós não sois máquinas! Não sois
animais! Sois homens!; Levais o amor e a humanidade nos vossos corações. Não
odieis. Só os que não são amados odeiam. Os que não são amados e os anormais...
soldados não combatais pela escravatura, combatei pela liberdade».
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democracia; direitos humanos,
dignidade,
liberdade
segunda-feira, 2 de abril de 2018
O Grande Ditador, o filme (1)
Para quem não
viu o filme (1940), uma nota sobre a situação: uma imensidão de soldados, todos bem
alinhados e atentos, espera o discurso do grande ditador (Hitler,
evidentemente). Em vez dele, Charlot (que devido à semelhança física fora
confundido) faz este brilhante discurso sobre direitos humanos, falando de respeito pelos outros, de liberdade, de progresso, de justiça e de democracia.
Discurso final de Charles Chaplin no filme “O
grande Ditador”
« Realmente sinto muito mas não
aspiro a ser imperador. Isso não significa nada para mim. Não pretendo governar
nem conquistar nada de nada. Ao contrário, gostaria de ajudar, se possível,
cristãos e judeus, negros e brancos, todos temos o desejo de nos ajudarmos
mutuamente. A gente civilizada é assim. Queremos viver da nossa sorte comum e
não da nossa desgraça comum. Não queremos desprezarmos-nos nem odiarmos-nos
mutuamente. Neste mundo há sítio para todos. A boa terra é rica e pode garantir
a subsistência de todos.
O caminho da vida pode ser livre
e magnífico, mas perdemos esse caminho. A voracidade envenenou a alma dos
homens, rodeou o mundo num círculo de ódio e fez-nos entrar na miséria e no
sangue.
Melhorámos a velocidade, mas somos
escravos dela, a mecanização, que traz consigo a abundância, afastou-nos do
desejo. A ciência tornou-nos cínicos e a inteligência duros e brutais, pensamos
em excesso e não sentimos bastante.
Temos mais necessidade de
espírito humanitário do que de mecanização. Necessitamos mais de amabilidade e
simpatia do que de inteligência. Sem estas qualidades a vida só pode ser violenta
e tudo está perdido».
(continua)
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terça-feira, 27 de março de 2018
Idosos
Somos o país da Europa onde mais decresceu a natalidade; onde a população idosa é cada vez em maior número.
S egundo o relatório da GNR, em
2017, vinte e oito mil idosos viviam sozinhos; destes, três mil e quinhentos estavam isolados. É inevitável, nestas circunstâncias, um processo de desintegração social e relacional que tenderá a aumentar.
Em casa, frente à televisão, ou sentados à porta, esperam as carrinhas de apoio domiciliário
que felizmente estão por todo o lado, até nos sítios mais recônditos do país, levando
refeições, cuidados de higiene e de saúde.
O
pior é quando começam a perder a mobilidade ou uma qualquer demência se torna mais pronunciada, para muitos, e mais se não têm apoio familiar, resta o lar.
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sábado, 24 de março de 2018
Marielle Franco, assassinada
Marielle Franco, tinha 39 anos, era socióloga e vereadora no Rio de Janeiro. Foi morta, no dia 14 de março, com quatro tiros
na cabeça, juntamente com o seu motorista.
Por que mataram Marielle Franco? O que incomodava os seus assassinos?
Incomodava-os que ela fosse uma ativista dos direitos humanos, contra o
racismo, a pobreza, a vida sub-humana das favelas, a violência policial…, voz
dos que não têm voz?
Não sei; sei que a sua morte tomou tal proporção que ela se
tornará num símbolo para todos os que defendem a dignidade de qualquer ser humano,
seja quem for.
Em Portugal, várias organizações organizaram vigílias, em Lisboa,
Viseu, Braga e Porto. Prestou-se homenagem, fizeram-se perguntas e exigências:
encontrem os assassinos; expliquem o que aconteceu.
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quinta-feira, 22 de março de 2018
Autonomia dos povos – a propósito do caso catalão
O verdadeiramente decisivo e fundamental, na vida
das pessoas, pertencentes a um determinado povo, não é uma identificação exterior, ter os traços físicos de
terminada raça ou etnia; o que resiste e, em definitivo, se subleva e manifesta, é uma identidade interior, de valores e crenças que configuram uma consciência
comum.
Foi assim em relação aos kosovares, aos chechenos..., é assim em relação aos curdos, aos catalães...Os Estados podem definir, delimitar ou usurpar o
território, mas em relação ao invisível, àquilo que constitui a raiz
profunda do sentir e do pensar humanos, não é fácil fazê-lo, mesmo que proíbam a língua, a religião, as tradições...
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terça-feira, 20 de março de 2018
O que terá acontecido às jovens de Teerão?
Há um mês atrás, 29 jovens foram presas, mas não cometeram
nenhum crime. Apenas tiraram o lenço, que são obrigadas a usar em público,
colocaram-no numa haste e, como se fosse uma bandeira, a sua bandeira,
agitaram-no de um lado para o outro, desafiando as autoridades e as policias
para os bons costumes daquele país.
Não se percebem estas crenças que atentam contra a liberdade
individual, que obrigam a pessoa a diluir-se no grupo e na religião, como se
não tivesse vontade própria.
Cada mulher é que pode dizer se quer ou não usar o lenço, não
pode ser uma determinação religiosa, social ou o que seja. Quem quer usar, usa; quem não quer, não usa.
O presidente diz que é infantilidade que há 80 milhões de
mulheres a usá-lo. Eu digo que é demência de um regime e de uma deriva fundamentalista sem racionalidade.
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fundamentalismo islâmico,
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