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terça-feira, 8 de julho de 2014
As jovens raptadas na Nigéria
Continuam prisioneiras e escravas do grupo que as raptou. Não parece aceitável que o seu cativeiro continue, depois de tanto tempo, quando há largas semanas disseram que já as tinham localizado. Meandros politicos impedem que as jovens possam regressar a casa e abraçar os seus familiares.
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direitos das mulheres,
grupos terroristas,
raptos
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Uma sabedoria prática, para o mundo de hoje
“Não
vê a minha situação, não me deixa explicar, diz-me que não pode fazer nada, que
a lei não permite” (referia-se à assistente social, com quem tinha acabado de
falar, depois ver esgotado o subsídio de desemprego). Ao ouvir aquela senhora
que, no seu sentido comum de justiça, acabara de (d) enunciar toda a conflitualidade
do campo prático: entre a universalidade da lei e a pessoa concreta, ecoaram, em
mim, textos de Ricoeur.
Regresso
a esses textos e à consciência da importância de uma perspetiva de saber
prático capaz de dar resposta aos
conflitos éticos das sociedades de hoje, tanto os determinados pelas
contingências económicas, sociais e políticas, como os determinados pelo pluralismo
moral que as diferentes formas de
bem viver colocam na ordem do dia.
Para Ricoeur, valores e regras são estruturas morais
com que os indivíduos e as sociedades se orientam e determinam, pelo que, em
vez de oposição, o que faz sentido é encontrar passagens, considerando tanto argumentos
como interpretações, assentes na ponderação crítica do homem sábio, aquele que
decide com a convicção de estar a fazer a melhor escolha, naquele caso
concreto.
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etica,
resolução de conflitos,
saber prático
quinta-feira, 3 de julho de 2014
O conflito entre israelitas e palestinianos
Talvez, a violência seja tão
natural em nós como o bem, mas, o que fizemos a tantos séculos de civilização,
a tanta educação, a tantas escolas, a tantos humanismos, a tanta cultura, a
tanta ciência…? Não fizemos nada. Parece difícil fazer.
Há sempre uma súbita vingança marcada
pela raiva, pelo ódio…; há sempre um bode expiatório para sacrificar. Os três jovens
israelitas mortos pelos palestinianos “têm de ser “vingados”, já morreu um
palestiniano, continuando a busca por quem se julga estar implicado. Esta lógica
de violência é uma escalada aparentemente sem retorno, apesar dos gestos de paz
como os que o Papa promoveu há pouco tempo no Vaticano.
Onde está a solução? Parece não
existir; e isso é que dá medo.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Daniel, o menino da Madeira,
O que podemos dizer daquela mãe? Há uma quase impossibilidade de dizer seja o que for, porque não podemos ou não queremos imaginar que uma mãe tente vender o seu próprio filho a um casal estrangeiro. Sai fora de tudo, Precisamos de saber quem a ajudou, a sua avaliação psicológica, etc.etc. Tudo parece mal contado, mas talvez seja necessário atar pontas ainda soltas.
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desumanidade,
direiotos das crianças,
trafico humano
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Mariam Yahya Ibrahim, a intolerância religiosa
A mulher sudanesa, com uma
criança de menos de dois anos e grávida de oito meses é condenada à morte, por
um tribunal de Cartum, supostamente por renegar o islão. Casada com um
norte-americano, cristão, converteu-se ao cristianismo, porventura, muito longe
de pensar até onde chegaria a intolerância religiosa do seu país, onde a lei da
sharia se impõe a tudo.
Embaixadas dos Estados Unidos,
Canadá… procuram uma saída para o caso, mas, até agora, apenas, a morte por
enforcamento foi adiada por dois anos, por causa dos filhos. Ontem deu à luz a
sua filha; certamente, nenhuma lei lhe tira a alegria de ser mãe, mesmo que isso
lhe custe o inimaginável. Podemos nós pensar sequer nas condições em que está
mulher presa com os dois filhos? Não podemos.
Mas, podemos denunciar a
intolerância religiosa, pedir a quem pode fazer pressão, como a Amnistia
Internacional e outras organizações de defesa dos direitos humanos, que não
desistam, por Mariam e pelos filhos; não desistam pela liberdade de cada um ter
a religião que entender, direito humano inalienável.
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direitos das crianças,
liberdade religiosa
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Onde estão as jovens raptadas, na Nigéria?
Parece que o mundo, que se escandalizou com o vídeo do sujeito que prometia vendê-las como escravas sexuais, por cerca de 10 euros cada uma, se voltou a esquecer das jovens. Por que continuam sem ser libertadas e entregues às suas famílias? O argumento de que sabem onde estão, mas não podem dizê-lo por estratégia, para não por em perigo a vida das meninas, mas que estão a trabalhar no caso, começa a não colher. Algo se passa no subterrâneo dos meandros da política e do terrorismo naquele país (a troca das jovens por terroristas, etc, etc.), que nos escapa.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
O trágico da guerra, do terrorismo, do conflito
O trágico na ação aí está. Está no
terrorismo talibã que ontem vimos no ataque a um aeroporto de uma cidade paquistanesa,com mais de duas dezenas de mortos;
está no conflito israelo-árabe que o Papa, também ontem, procurou de uma forma não
política (ainda assim, política) colocar na ordem do dia e numa perspetiva de urgência;
está nos conflitos quotidianos que vivemos sempre que as regras chocam de frente
com as convicções. Conhecemos isto desde os gregos. No conflito que opõe
Antígona ao tio, na tragédia de Sófocles, a oposição é entre o puro respeito à lei e a convicção íntima de que enterrar os mortos é parte da dignidade
humana, e isso é anterior a qualquer legalidade. Como resolver o conflito? Continuar
a extremar posições, não leva a nenhuma solução. Isto serve para os conflitos de
hoje. Para todos os conflitos.
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