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sábado, 17 de março de 2018

O movimento contra os tiroteios em escolas dos Estados Unidos

Há algum tempo, um jovem de 19 anos pegou numa arma e atirou indiscriminadamente sobre os alunos da escola secundária da Florida que frequentou e da qual foi expulso. Morreram 17 jovens, a maioria com 14 anos. Um massacre.
Com um passado difícil, completamente perturbado, deu todos os sinais: comprou a arma e as munições, publicou fotografias..., mas ninguém parece ter levado o facto suficientemente a sério. 
Este é o ponto: parece tolerável, naquela sociedade, que jovens comprem armas e as utilizem como se nada fosse. Como se o que aconteceu fosse banal, algo que não é necessário questionar.
Parece que finalmente algo está a mudar nas mentalidades,  graças aos jovens e a outras individualidades, incluindo os meios de comunicação, que vieram para a rua a exigir mudanças legislativas e  ações  concretas contra o lóbi das armas e a cegueira de tantos políticos, a começar pelo presidente . 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A decapitação do jornalista americano

Pensávamos que já tínhamos visto tudo, a maior barbárie, a maior brutalidade, a maior instrumentalização do humano..., mas a violência  humana "apura" os seus instintos de malvadez e de humilhação. O vídeo difundido pelos jihadistas mostra tudo isto e o choque que provocou é bem compreensível. Como se poderá actuar com estes fanáticos?  

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Incompreensão do mundo

Agosto avança. Muitos estão de férias, enquanto outros, em vários lugares do mundo, fogem das balas, dos bombardeamentos, das perseguições politicas, religiosas… A incompreensão pelo que se passa é cada vez maior. Parece que uma qualquer catástrofe humana se abateu sobre nós e apagou todas as referências, já não temos quadros, grelhas, categorias de análise e de resolução fundamentadas; o direito internacional é letra morta e os direitos humanos uma coisa a mais que não é necessário respeitar. Que eu sinta isso, não faz qualquer diferença, mas que políticos, analistas influentes, os grandes do mundo, se reúnam em Berlim, para discutir a crise na Ucrânia, se reúnam no Cairo, para resolver o problema israelo-palestiniano, se reúnam no conselho permanente da ONU e nada pareça verdadeiramente resultar, não é normal.
As Nações Unidas são ultrapassadas e desrespeitadas nas suas resoluções, a União Europeia, a mesma coisa, quase não nos damos conta das declarações que faz.
O que fica? Noticiários cheios de guerra, populações em fuga, campos de refugiados, campos de treino com jovens alucinados mais ou menos perdidos, movimentações políticas irrelevantes que não saem do impasse… Isto não deveria ser possível, depois de tantas declarações, tratados, convenções… Retrocedemos séculos ou talvez estejamos, como sempre, no mesmo sítio: o da miserável violência humana, só muda o machado.


quarta-feira, 30 de julho de 2014

A guerra, a barbárie

28 de julho de 2014, há cem anos começava a I Guerra Mundial. Haverá com toda a certeza documentários, perspectivas, análises…
Mas haverá também, no noticiário de hoje, a destruição de Gaza, mais de um milhar de mortos, a desintegração da Líbia, o separatismo na Ucrânia, novo ataque do grupo Boko Haram, agora, nos Camarões e tudo o resto..
O que falhou? Falhou quase tudo. Falhou a intervenção Papal, recorde-se que em junho se reuniram, nos jardins do Vaticano, os lideres israelita, do Hamas e o próprio Papa para, nas diferentes religiões, rezarem pela paz. Falharam as primaveras árabes, as revoluções de jasmim, a crença na decência dos senhores de Moscovo, etc., etc., etc.
É certo que o problema reside na natureza humana. Somos maus, violentos, vingativos, fantoches, ambiciosos, faccionários …; mas isso não nos desculpa, temos a capacidade de uma comunicação racional, temos a capacidade de encontrar consensos, se formos capaz de deixar cair o que nos distingue, não porque não valha, mas porque não é o essencial. Centremo-nos no que interessa verdadeiramente; centremo-nos no valor inquestionável da vida humana, seja quem for e onde for.
 Estou tão cansada da impossibilidade de compreender as coisas, de perceber de como é ténue a linha entre a decência e a desumanidade, entre a liberdade a violência. a humanidade está em ser capaz de não ultrapassar essa linha (como referia Lévinas).



quinta-feira, 3 de julho de 2014

O conflito entre israelitas e palestinianos

Talvez, a violência seja tão natural em nós como o bem, mas, o que fizemos a tantos séculos de civilização, a tanta educação, a tantas escolas, a tantos humanismos, a tanta cultura, a tanta ciência…? Não fizemos nada. Parece difícil fazer.
Há sempre uma súbita vingança marcada pela raiva, pelo ódio…; há sempre um bode expiatório para sacrificar. Os três jovens israelitas mortos pelos palestinianos “têm de ser “vingados”, já morreu um palestiniano, continuando a busca por quem se julga estar implicado. Esta lógica de violência é uma escalada aparentemente sem retorno, apesar dos gestos de paz como os que o Papa promoveu há pouco tempo no Vaticano.
Onde está a solução? Parece não existir; e isso é que dá medo.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Terrorismo, em Boston

Podem fazer-se muitas análises, mas a que a mim mais me impacta é a que tem a ver com o extremismo islâmico: matar por Alá. O absurdo é total.
O que aconteceu, na cabeça destes jovens, mais ou menos inseridos na sociedade americana, com perspectivas de futuro, para, dum momento para o outro, se fazerem jihadistas, combatentes por um radicalismo que considera que não é apenas o ocidente que ameaça as suas crenças (de que nem sequer eram grandes praticantes) mas até os moderados do islão?
Alguma coisa de muito perturbador nos escapa, para que não sejamos capazes de uma mínima compreensão sobre isto. Talvez, algo da ordem da identidade mais profunda de cada ser humano: somos quem?