28 de julho de 2014, há cem anos
começava a I Guerra Mundial. Haverá com toda a certeza documentários,
perspectivas, análises…
Mas haverá também, no noticiário
de hoje, a destruição de Gaza, mais de um milhar de mortos, a desintegração da
Líbia, o separatismo na Ucrânia, novo ataque do grupo Boko Haram, agora, nos
Camarões e tudo o resto..
O que falhou? Falhou quase tudo. Falhou a intervenção
Papal, recorde-se que em junho se reuniram, nos jardins do Vaticano, os lideres
israelita, do Hamas e o próprio Papa para, nas diferentes religiões, rezarem
pela paz. Falharam as primaveras árabes, as revoluções de jasmim, a crença na
decência dos senhores de Moscovo, etc., etc., etc.
É certo que o problema reside na
natureza humana. Somos maus, violentos, vingativos, fantoches, ambiciosos,
faccionários …; mas isso não nos desculpa, temos a capacidade de uma
comunicação racional, temos a capacidade de encontrar consensos, se formos capaz de deixar cair o que nos distingue, não porque não valha, mas porque não é o
essencial. Centremo-nos no que interessa verdadeiramente; centremo-nos no valor inquestionável da vida humana, seja quem for e onde for.
Estou tão cansada da impossibilidade de compreender as coisas, de perceber de
como é ténue a linha entre a decência e a desumanidade, entre a liberdade a
violência. a humanidade está em ser capaz de não ultrapassar essa linha (como
referia Lévinas).
Sem comentários:
Enviar um comentário