Agosto avança. Muitos estão de
férias, enquanto outros, em vários lugares do mundo, fogem das balas, dos
bombardeamentos, das perseguições politicas, religiosas… A incompreensão pelo
que se passa é cada vez maior. Parece que uma qualquer catástrofe humana se
abateu sobre nós e apagou todas as referências, já não temos quadros, grelhas,
categorias de análise e de resolução fundamentadas; o direito internacional é
letra morta e os direitos humanos uma coisa a mais que não é necessário
respeitar. Que eu sinta isso, não faz qualquer diferença, mas que políticos,
analistas influentes, os grandes do mundo, se reúnam em Berlim, para discutir a
crise na Ucrânia, se reúnam no Cairo, para resolver o problema israelo-palestiniano,
se reúnam no conselho permanente da ONU e nada pareça verdadeiramente resultar,
não é normal.
As Nações Unidas são ultrapassadas
e desrespeitadas nas suas resoluções, a União Europeia, a mesma coisa, quase
não nos damos conta das declarações que faz.
O que fica? Noticiários cheios de guerra,
populações em fuga, campos de refugiados, campos de treino com jovens alucinados
mais ou menos perdidos, movimentações políticas irrelevantes que não saem do
impasse… Isto não deveria ser possível, depois de tantas declarações, tratados,
convenções… Retrocedemos séculos ou talvez estejamos, como sempre, no mesmo
sítio: o da miserável violência humana, só muda o machado.
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