Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta etica. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta etica. Mostrar todas as mensagens

sábado, 4 de dezembro de 2021

Estima, cuidado, compaixão...

 Quem não tem a capacidade de estima e de compaixão, não têm a capacidade de sentir as injustiças, de criar vínculos e de um envolvimento que ultrapasse os direitos e obrigações formais e inclua a dimensão da gratuidade. 

Esta perspetiva da cidadania inclui para além da razão, os sentimentos e é capaz de incorporar a estima pelos valores.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Uma sabedoria prática, para o mundo de hoje

“Não vê a minha situação, não me deixa explicar, diz-me que não pode fazer nada, que a lei não permite” (referia-se à assistente social, com quem tinha acabado de falar, depois ver esgotado o subsídio de desemprego). Ao ouvir aquela senhora que, no seu sentido comum de justiça, acabara de (d) enunciar toda a conflitualidade do campo prático: entre a universalidade da lei e a pessoa concreta, ecoaram, em mim, textos de Ricoeur.
Regresso a esses textos e à consciência da importância de uma perspetiva de saber prático capaz de dar resposta aos conflitos éticos das sociedades de hoje, tanto os determinados pelas contingências económicas, sociais e políticas, como os determinados pelo pluralismo moral que as diferentes formas de bem viver colocam na ordem do dia.
Para Ricoeur, valores e regras são estruturas morais com que os indivíduos e as sociedades se orientam e determinam, pelo que, em vez de oposição, o que faz sentido é encontrar passagens, considerando tanto argumentos como interpretações, assentes na ponderação crítica do homem sábio, aquele que decide com a convicção de estar a fazer a melhor escolha, naquele caso concreto.