Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Regra de ouro


É interessante constatar como a universalidade moral está presente em expressões de senso comum, como esta: "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti" – Regra de Ouro do viver humano.
O cumprimento desta regra  preserva todo o campo da ação ética: a liberdade individual; o respeito pelo outro; e a justiça para todos. 
É como se todos tivéssemos um sentimento do que é ser ético e o bom senso nos encaminhasse para ver no outro um igual.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O trabalho com direitos


Nos últimos anos, perderam-se muitos direitos. Desde logo, no caso dos desempregados, o direito a ter um trabalho; no caso dos precários, o direito a ter um trabalho estável, com horizontes de progressão e de realização pessoal (tanta gente a trabalhar fora da sua área e a viver em casa dos pais sem poder decidir da sua vida); no caso dos que ganham o ordenado mínimo, o sufoco contínuo de não ganharem para pagar as suas contas, mesmo trabalhando oito horas por dia.
Ambas as centrais sindicais salientaram a luta pelo aumento do salário mínimo, o que é verdadeiramente justo.

terça-feira, 1 de maio de 2018

O polvo continua, a corrupção


O caso Sócrates é tão triste! É a corrupção ao mais alto nível: passiva, ativa, pequena, maior, grande, muito grande, milhões, muitos milhões, contas offshore, lavagem de dinheiro, fuga ao fisco… e o povo atónito, ou nem tanto, assiste, muitos ainda incrédulos do que está a acontecer.
Mas o polvo vai continuar a estender os braços e outras personagens vão continuar a tremer. Há quem ache que a divulgação dos interrogatórios foi demais, porque atentam contra a dignidade dos visados; é verdade eu também acho, mas, não há outra maneira de sabermos do que estes senhores foram capazes de fazer. São uns a tramarem-se aos outros (Battaglia trama Salgado que trama Sócrates que trama Pinho que trama…), pelo meio andam outros (Santos Silva, Vara, Bava, Granadeiro…). Quem é que julgava isto possível! Não me continuem a dizer: «ainda não foram condenados, não podemos dizer nem isto nem aquilo». E então nós somos todos ignorantes!



quarta-feira, 25 de abril de 2018

Recordando José Afonso, cantor, poeta e tudo o mais



Hoje, no dia 25 de abril, deixo aqui um um texto que o Zeca Afonso escreveu à filha Joana quando estava preso.


«Querida Joana
 Como sabes eu estou preso mas também não sou um homem mau. Viste como foi. Não sejas rabugenta e ajuda o Pedro. Se ele estiver birrento lembra-te que ainda é bebé e tu mais crescida que ele. O que não gosto é que sejas egoísta porque é muito feio. Se alguma das tuas amigas querem tudo para elas deixa lá. Elas fazem mal mas tu não. Explica-lhes que não devem ser egoístas. Tem cuidado com os sugos e outras porcarias iguais porque podes ficar sem dentes. Depois mesmo que os queiras ter já ninguém te os pode pôr.
Ficas como os velhinhos. Alguns deles tinham a mania de comer guloseimas, gelados e caramelos. E também chocolates. Eu lembro-me muito de ti e do Pedro. O Zé ainda não cortou as barbas? Diz à Lena que eu não gosto que ela seja desarrumada. Todos têm que ajudar a mãe e a Dina.
 Muitos beijos do
Zeca Pai»
 


segunda-feira, 23 de abril de 2018

A lei da paridade: a questão das cotas, de 33% para 40%


Sou contra as cotas, na política, nos altos cargos diretivos de instituições públicas ou privadas, mas não porque considere que o problema está resolvido. Sou contra, por uma questão de princípio: quero que esses lugares sejam ocupados pelas pessoas mais capazes, independentemente do sexo; é a capacidade, a competência, o valor científico, técnico e humano, que aqui estão em causa. Claro que é muito difícil aferir algumas das competências, mas não pode ser de outra maneira e tem de processar-se da forma mais aberta e transparente que for possível.
Obviamente que sou sensível ao facto de tão poucas mulheres acederem a cargos de chefia; sou liminarmente contra os machismos, os preconceitos e a falta de oportunidades que impedem as mulheres que tem capacidade e vontade o possam fazer.



sexta-feira, 20 de abril de 2018

O dizer do Papa

Interessam-me particularmente os sinais do Papa, sendo que o meu plano de análise é sempre o do indivíduo e o da sociedade. O que ele tem vindo a dizer é que assistimos a limiares de exclusão, de violência, que ou  nos empenhamos todos, começando por olhar e por tratar com humanidade aquele que nos bate à porta, seja muçulmano, judeu, cristão, ateu…, ou a desumanidade está a uma curta distância. Todas as instituições, a começar pela ONU, têm de se empenhar a fundo, para que a demência de alguns não ponha em causa a vida de tanta e tanta gente.



terça-feira, 17 de abril de 2018

Não há um determinismo para o humano



“Quando a criação humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança a sua alma, todo o universo conspira a seu favor”.

                                                                                                                                             Goethe

Acredito nisto. Sei que serão os poetas, os escritores, os filósofos, os músicos,  os pintores... os primeiros a sonhar; sei que se juntarão num coro para mudar a realidade. Sei  que há um potencial, uma redenção para o  humano, que passa por aqui, pelo que formos capazes de criar. Criar do nada ou do todo, não sei bem.