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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Viva o 25 de abril, a revolução portuguesa

A jovem saiu de casa como todos os dias, sem saber que tinha havida uma revolução naquela madrugada. Ela não sabia que podia haver revoluções, que a vida podia ser diferente, que os quartéis,  as tropas, as  mobilizações e as mortes em Angola, Moçambique, Guiné..., não eram uma normalidade. Ela não sabia que o homem simpático que regava as flores e dava lustro à placa dourada da sede da PIDE/ DGS, era do regime Ela não sabia o que era o regime!

Agora sabe. Aprendeu que a liberdade, a igualdade e a democracia não são um destino,  antes, uma luta diária de pessoas e instituições nacionais e supranacionais.



domingo, 26 de abril de 2020

Grândola vila morena...

Ontem e  hoje já me emocionei com esta canção do Zeca Afonso,  cantada por tanta gente. É um hino, uma celebração, uma consciência, um caminho...

A primeira vez que ouvi falar de Zeca Afonso, foi, em 1972 ou 1973, já não lembro bem, quando um jovem  da Guarda, estudante  universitário, em Coimbra,  num gira-discos, pequeno, a pilhas, mostrou,  às escondidas,  a um grupo pequeno de pessoas, um disco dele. Foi algo muito marcante para mim, completamente ignorante sobre a situação política que se vivia, então.
 Deixo a música.

https://www.youtube.com/watch?v=gaLWqy4e7ls

sábado, 25 de abril de 2020

Viva o 25 de Abril!

Sou a favor das comemorações do 25 de abril, mas este ano, com convidados nas galerias (não é por acaso que muitos declinaram o convite), não faz para mim qualquer sentido.

Quando o mal-estar é geral, quando o estado de emergência nos obriga a tantas restrições, quando tantas famílias enterram os seus mortos, na mais completa solidão, como se pode achar que tudo está igual, no que toca a esta comemoração?

Mais ainda, quando se tem feito quase tudo à distância, por que razão não se fez também esta sessão solene do 25 de abril?

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Recordando José Afonso, cantor, poeta e tudo o mais



Hoje, no dia 25 de abril, deixo aqui um um texto que o Zeca Afonso escreveu à filha Joana quando estava preso.


«Querida Joana
 Como sabes eu estou preso mas também não sou um homem mau. Viste como foi. Não sejas rabugenta e ajuda o Pedro. Se ele estiver birrento lembra-te que ainda é bebé e tu mais crescida que ele. O que não gosto é que sejas egoísta porque é muito feio. Se alguma das tuas amigas querem tudo para elas deixa lá. Elas fazem mal mas tu não. Explica-lhes que não devem ser egoístas. Tem cuidado com os sugos e outras porcarias iguais porque podes ficar sem dentes. Depois mesmo que os queiras ter já ninguém te os pode pôr.
Ficas como os velhinhos. Alguns deles tinham a mania de comer guloseimas, gelados e caramelos. E também chocolates. Eu lembro-me muito de ti e do Pedro. O Zé ainda não cortou as barbas? Diz à Lena que eu não gosto que ela seja desarrumada. Todos têm que ajudar a mãe e a Dina.
 Muitos beijos do
Zeca Pai»