Sou contra as cotas, na política, nos altos cargos diretivos
de instituições públicas ou privadas, mas não porque considere que o problema
está resolvido. Sou contra, por uma questão de princípio: quero que esses lugares
sejam ocupados pelas pessoas mais capazes, independentemente do sexo; é a
capacidade, a competência, o valor científico, técnico e humano, que aqui estão
em causa. Claro que é muito difícil aferir algumas das competências, mas não
pode ser de outra maneira e tem de processar-se da forma mais aberta e
transparente que for possível.
Obviamente que sou sensível ao facto de tão poucas mulheres
acederem a cargos de chefia; sou liminarmente contra os machismos, os
preconceitos e a falta de oportunidades que impedem as mulheres que tem
capacidade e vontade o possam fazer.