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quarta-feira, 25 de abril de 2018
Recordando José Afonso, cantor, poeta e tudo o mais
«Querida Joana
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segunda-feira, 23 de abril de 2018
A lei da paridade: a questão das cotas, de 33% para 40%
Sou contra as cotas, na política, nos altos cargos diretivos
de instituições públicas ou privadas, mas não porque considere que o problema
está resolvido. Sou contra, por uma questão de princípio: quero que esses lugares
sejam ocupados pelas pessoas mais capazes, independentemente do sexo; é a
capacidade, a competência, o valor científico, técnico e humano, que aqui estão
em causa. Claro que é muito difícil aferir algumas das competências, mas não
pode ser de outra maneira e tem de processar-se da forma mais aberta e
transparente que for possível.
Obviamente que sou sensível ao facto de tão poucas mulheres
acederem a cargos de chefia; sou liminarmente contra os machismos, os
preconceitos e a falta de oportunidades que impedem as mulheres que tem
capacidade e vontade o possam fazer.
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direitos mulheres,
igualdade de género,
paridade
sexta-feira, 20 de abril de 2018
O dizer do Papa
Interessam-me particularmente os sinais do
Papa, sendo que o meu plano de análise é sempre o do indivíduo e o da sociedade.
O que ele tem vindo a dizer é que assistimos a limiares de exclusão, de violência, que ou nos empenhamos todos, começando por olhar e por tratar com humanidade
aquele que nos bate à porta, seja muçulmano, judeu, cristão, ateu…, ou a
desumanidade está a uma curta distância. Todas as instituições, a começar pela
ONU, têm de se empenhar a fundo, para que a demência de alguns não ponha em
causa a vida de tanta e tanta gente.
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terça-feira, 17 de abril de 2018
Não há um determinismo para o humano
“Quando a criação humana desperta para um grande sonho e
sobre ele lança a sua alma, todo o universo conspira a seu favor”.
Goethe
Acredito nisto. Sei que serão os poetas, os escritores, os filósofos, os músicos, os pintores... os primeiros a sonhar; sei que se juntarão num coro para mudar a realidade. Sei que há um potencial, uma redenção para o humano, que passa por aqui, pelo que formos capazes de criar. Criar do nada ou do todo, não sei bem.
domingo, 15 de abril de 2018
Poema do Brecht contra a indiferença
Indiferença
Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
de alguns padres, mas como não sou religioso, também não
liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.
(Bertolt Brecht)
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quarta-feira, 11 de abril de 2018
18 soldados da freguesia de Águas Belas-Sabugal combateram na Primeira Grande Guerra
Na sequência das comemorações dos
cem anos da batalha de La Lys, França, no dia 9 de abril, fiquei com
curiosidade em saber quantos soldados houve daqui e fiz uma pequena pesquisa,
no Arquivo Histórico Militar – Boletins Individuais de Militares do CEP, 1914-
1918, em relação ao distrito da Guarda. Pude ver que em todo o distrito foram
mobilizados 2.829 soldados, no concelho do Sabugal 415 e na freguesia de Águas
Belas 18.
Destes 18 soldados, 13 eram de
Águas Belas, 3 do Espinhal, 1 da Quinta do Clérigo e 1 de Vale Mourisco (mas
pode acontecer que alguns boletins digam só Águas Belas e os soldados sejam das
anexas).Onze pertenciam ao Regimento de Infantaria nº12 (RI 12) da Guarda,
dois ao Regimento de Infantaria nº14 (RI 14) de Viseu, um ao Regimento de
Cavalaria 7 e quatro sem referência de regimento.
A lista é a seguinte:
1.
Alberto Augusto, soldado.
2.
António Esteves, soldado, RI 12.
3.
António Nunes, soldado, RI 12.
4.
António Pereira, soldado, Regimento Cavalaria 7.
5.
Augusto Ferreira, soldado, RI 12.
6.
Bernardino Nunes, soldado, RI 12, Espinhal.
7.
Cândido João, soldado, RI 12.
8.
Francisco Fernandes Cabral, soldado, RI 12.
9.
Francisco Rocha, soldado, RI 14.
10.
João Santana, soldado.
11.
Joaquim Nabais, soldado, RI 12.
12.
José da Costa, 1º cabo, Vale Mourisco.
13.
José Nunes, soldado, RI 12, Espinhal.
14.
José Nunes, soldado, RI 12.
15.
José Pires, soldado, RI 14, Espinhal.
16.
Luís Cardoso, soldado, RI 12.
17.
Manuel Esteves, soldado, Quinta dos Clérigos.
18.
Manuel Soares, soldado, RI 12.
Fiquei surpreendida, não esperava
que fossem tantos soldados. Claro que, agora, já não somos capazes de
reconstruir as suas vidas: saber os que regressaram bem, os que vieram com
mazelas, os que morreram, os que decidiram ficar ou os que tomaram outro rumo.
Ainda assim, pode acontecer que alguém reconheça, nesta lista, o nome de algum
avô, bisavô, tio, tio-avô… ou outro familiar e tenha alguma memória de ter ouvido
falar sobre esta guerra.
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1ª Guerra Mundial,
Corpo Expedicionário Português
sábado, 7 de abril de 2018
A prisão de Lula da Silva: pobre natureza humana
Tudo indica que Lula vai hoje ser preso. É tempo para, sem
histerismos, todos pensarmos no que se passou e passa com quem exerce o poder,
quase parece uma inevitabilidade deixarem-se corromper. Mas não é,
evidentemente.
Eu tenho pena que pessoas como Lula se tenham deixado cair nas
malhas dessa generalizada corrupção. Milhões de pessoas acreditavam nele (acreditam
nele ainda muitas), mas é inaceitável, negar, até ao absurdo, as evidências. Muitos
acusam a justiça de politização, e isso é mau. A justiça tem de ser independente,
é preciso que não haja vários pesos e várias medidas.
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corrupção,
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