O
número de deslocados, dentro do próprio país, e de refugiados, os que pedem
refúgio em países estrangeiros, atingiu este ano números impressionantes: 70
milhões. São pessoas que deixaram as suas casas, a sua terra, por causa da guerra, da fome, da insegurança, de catástrofes naturais ou de perseguições
política, religiosa ou outra.
Impossível,
sequer, imaginar, o que isto significa. Olhamos os rostos, as chagas, os corpos,
mas não imaginamos o tormento interior de cada uma delas: o que lhes vai na
alma, as tragédias que carregam, as vidas desfeitas, os sonhos troncados…
Mesmo
assim, uma grande parte do mundo tenta não ver; constrói muros, vigia
fronteiras, cria barreiras. Em Portugal, há estruturas do Estado e da sociedade
civil para ajudar os refugiados que o governo recebe, no âmbito do programa europeu
de recolocação, vindos sobretudo da Grécia.