Pequim,
praça de Tiananmen, 4 de junho de 1989: jovens que aí se manifestam, há já algum
tempo, pela abertura do regime e por liberdades individuais e políticas, que não tinham e
ainda hoje não têm, apesar do boom económico ocorrido na sociedade chinesa, são
reprimidos e mortos (muitos) com tanques de guerra.
Quantos
morreram, em Tiananmen? Ninguém sabe. Há vários números, desde várias centenas até
10 mil. Tal como não se sabe, hoje, quantas são as pessoas a quem o regime censura,
vigia, reprime, prende, mata…(voltarão os tanques, se acharem necessário). E tudo,
como se nada fosse, sempre o desgraçado argumento da não ingerência externa: «trata-se
de assuntos internos da China».
Mas,
como ficar impávidos, quando a violação de direitos humanos é tão evidente e
tão generalizada? Denunciar, é uma obrigação.