Os radicalismos religiosos são, porventura, aqueles em que o extremismo parece mais acentuado. Fazem letra morta dos valores da modernidade – direitos humanos, democracia, laicidade do estado…, depois de tantos séculos de conhecimento, ciência pensamento crítico... – chegando ao ponto da impossibilidade de perceber o que se passa, como o caso dos talibãs no Afeganistão.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2021
sábado, 23 de outubro de 2021
Um mal extremo, quase banal
Quando se tentou pensar, sobre o que se passou nos campos nazis, de como tinha sido possível aquele extermínio, surgiu a noção de banalidade do mal: um mal que ninguém questiona, ninguém denuncia, visto e vivido como algo normal.
Temo
que um dia qualquer, o mal se volte a banalizar, mesmo na Europa. Pois, não pode ser banal um político
britânico ser morto, há pouco mais de uma semana, por um radical islâmico, numa
igreja metodista, quando reunia com os seus eleitores. Não pode ser banal um
jovem de 19 anos ser morto, num ajuste de contas, por outros de gangues rivais, como aconteceu, há
poucos dias, no metro das Laranjeiras, em Lisboa.
Uns,
estão dispostos a tudo por radicalismo religioso; outros, por um vazio de
sentimentos e de referências igualmente perturbador. Todos, como se a vida
humana não tivesse qualquer valor.
domingo, 10 de outubro de 2021
Educação: contra os radicalismos
Para mim é cada vez mais claro, que só há uma saída para os radicalismos: a educação, o conhecimento.
Sem capacidade de pensarem de forma reflexiva e crítica, o que muitos radicalismos culturais proíbem ou nem sequer possuem, como no exemplo gritante dos talibãs, no Afeganistão, torna-se impossível dialogar com eles.
Ao imporem quase um analfabetismo generalizado, sobretudo às mulheres, mas também a eles próprios, tornam-se incapazes de apresentar e discutir argumentos (obviamente, do ponto de vista racional, que os diferentes interlocutores possam entender); tornam-se incapazes de perceber o atoleiro de irracionalidades em que estão.
domingo, 22 de agosto de 2021
Os talibãs – que mal é este?
Eu não lhes dou o benefício da dúvida. Os talibãs, que já governaram o Afeganistão de 1996-2001, são um grupo terrorista, baseado num fanatismo religioso incompreensível.
Têm
na cabeça que, se seguirem à risca os preceitos do Corão e a lei islâmica, estão
destinados ao paraíso, eles e todos os seus seguidores. Não precisam de mais
nada.
Recuam
mil e quatrocentos anos, ao tempo do profeta Maomé, como se a humanidade não
tivesse séculos de pensamento, conhecimento e civilização.
Fecham
escolas e universidades, proíbem quase tudo, sobretudo, às mulheres e meninas.
O que importa é saber recitar de cor versículos do Corão, mesmo que não se saiba ler, e todos os meninos
aprendam a manejar uma arma e a matar, sem qualquer tipo de culpa, convencidos
de que estão a fazer o bem – isto é a absoluta perversão.
Isto é um mal extremo, massivo, sem limites, como foi maldade nazi. Espero que a comunidade internacional não reconheça o poder talibã, e todas as vozes se ergam para que o pesadelo acabe.
domingo, 18 de outubro de 2020
O radicalismo religioso
Na última sexta-feira, um professor francês foi morto, decapitado numa rua de Paris, com uma faca, por um radical islâmico, alegadamente por ter mostrado numa aula imagens do profeta Maomé. O caso foi tratado como terrorismo, o assassino perseguido e morto pela polícia.
O que é isto? Como é que uma crença religiosa pode levar a isto? Temos de encontrar
passagens, plataformas de diálogo; não podem existir culturas tão fechadas aos
valores das sociedades livres e democráticas onde vivem.-