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sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Contra atitudes racistas, deixo um poema
A cor que se tem
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Quando as mortes são evitáveis...
Quando olhamos as imagens da estrada que abateu em Borba e
matou cinco pessoas, ladeada por duas grandes pedreiras, dois enormes buracos, um de 90 metros de profundidade, ao
comum dos cidadãos parece quase impossível que o desastre não tivesse
acontecido há mais tempo.
Degladiam-se agora as diferentes autoridades: de quem é a
culpa? Quem devia ter feito e não fez? Quem informou que era segura, não o sendo...? Ou
seja, vamos ver se, por entre os pingos da chuva, ninguém vai assumir
responsabilidades.
É tão triste esta situação! Espero que outras situações similares tenham das autoridades competentes o acompanhamento devido. Eu própria vivo perto de uma casa que ameaça continuar a ruir e pode cair para a estrada municipal, onde todos os dias passa gente.
Etiquetas:
incúria pública,
segurança rodoviária
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
A greve dos estivadores
Os estivadores do porto de Setúbal, onde 90% são trabalhadores precários, ameaçam paralisar a
Autoeuropa, a grande fábrica alemã de automóveis.
De repente, a sua luta ganha dimensão, escala; de repente, o trabalho
deles torna-se visível, nas filas intermináveis de carros novos que não foram
embarcados. Agora, pode ser que alguém os receba e oiça, com atenção, o que têm
para dizer. Trabalham na precariedade mais absoluta, alguns há vinte anos, contratados
ao dia, através de uma mensagem no telemóvel, isto parece uma coisa impossível
de acontecer, mas acontece.
Espero mesmo que a fábrica pare. Espero que o problema deles seja
notícia não apenas cá, mas noutros sítios e se perceba a importância de um
trabalho com direitos. (Pena que tenha de ser assim, depois de muitos dias de
greve, com transtornos para os próprios e suas famílias).
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
O Centenário do Armistício
Sábado e domingo, decorreram, em Paris, com pompa e circunstância,
as comemorações do final da Primeira Grande Guerra. Nove milhões de soldados
mortos, uma tragédia incalculável. Muita gente não tinha a noção exata ou sequer
aproximada do que aconteceu.
Houve simbolismo e cerimónias tocantes. Foi bonito ver a
chanceler alemã emocionar-se, e Macron, também (vencidos e vencedores, agora juntos). Foi bonito perceber que os
discursos tinham um compromisso claro com a paz, entre os povos e os países. Uma
paz que não acontece por acaso, tem de se querer, tem de se construir.
Há uma maldade humana sempre à espreita; é muito ténue o que
separa a civilização da barbárie.
Etiquetas:
1ª Guerra Mundial,
Armistício,
Paz
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
Os que gritam por justiça...
Podemos dizer que a justiça está para as sociedades, como a liberdade está para os indivíduos; não é possível uma organização social sem uma noção de justiça, e esta varia conforme o entendimento que temos do mundo e da vida, sobretudo dos governos que a cada momento executam políticas.
Em sociedades tão abertas como as atuais, a discussão tem de ser sobre uma noção de justiça que inclua em vez de excluir. Estamos muito longe disso; bastaria olhar,
agora mesmo, para as caravanas de migrantes que tentam chegar aos Estados
Unidos ou para as multidões de refugiados que cruzam as fronteiras em vários lugares
do mundo, para se perceber a urgência em encontrar outras respostas .
Etiquetas:
imigração ilegal,
inclusão,
justiça,
refugiados
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
O Principezinho... (5)
(Para terminar a viagem na terra...)
"Casas, estrelas ou desertos, é tudo a mesma coisa, o que lhes dá beleza nunca se vê”!
“O essencial é invisível para os olhos (...) ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti”.
“ Quando nos prendemos a alguém arriscamos-nos a chorar de vez enquando”
"Casas, estrelas ou desertos, é tudo a mesma coisa, o que lhes dá beleza nunca se vê”!
“O essencial é invisível para os olhos (...) ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti”.
“ Quando nos prendemos a alguém arriscamos-nos a chorar de vez enquando”
terça-feira, 30 de outubro de 2018
O Principezinho...(4)
No 6º planeta, seis vezes maior que os outros, o Principezinho encontra-se com um senhor de idade, escritor, geógrafo, sempre no gabinete; encontra exploradores e outras pessoas, sempre sérias e bem comportadas.
O 7º planeta é a terra. O Principezinho não via ninguém. Pensou: "Também se pode estar sozinho ao pé dos homens - e repetia: "Ando à procura de amigos"!
“Os homens agora já não têm tempo para conhecer nada. Compram coisas feitas nos vendedores. Os homens, agora, já não têm amigos. Se queres um amigo prende-me a ti!”
“Só as crianças é que sabem do que andam à procura - disse o Principezinho - são capazes de perder tempo com uma boneca de trapos que, por isso, passa a ser muito importante para eles. Se alguém lha tira, desatam a chorar...”
“Os homens - disse o Principezinho - bem se encafuam dentro dos comboios, mas já não sabem do que andam à procura. Portanto, não fazem senão andar à roda... Os homens da tua terra - disse o Principezinho - plantam 5000 rosas no mesmo jardim ...e, mesmo assim, não descobrem do que andam à procura... Deve-se é procurar com o coração”
Etiquetas:
amizade,
sentido do essencial,
valores
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