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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O cemitério do mar Mediterrâneo

Foi noticiado, há poucos dias, que 2023 foi o ano com o maior número de mortes no mar Mediterrâneo. Morreram 6300 migrantes, entre eles, um elevado número de crianças, alguns bebés de meses, recém-nascidos, mulheres grávidas e jovens menores sozinhos. Isto acontece, porque há a percepção, nos países de onde vêm, de que estas pessoas, pela fragilidade que apresentam, terão prioridade e maior possibilidade de acolhimento nos países europeus onde chegam. Puro engano! É um dor de alma o que se passa! Um dos muitos naufrágioss (Foto: Agora Europa)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Desejo (e espero) que 2022 seja diferente

2021 não deixa saudades, foram muitos os problemas. Destaco a pandemia, os talibãs e a imigração ilegal. - A pandemia continua sem dar tréguas, temo que deixe marcas psicológicas em muita gente. É tempo a mais, a fugirmos uns dos outros, como se todos fossem um perigo. É tempo a mais, sem olhar o rosto das pessoas, parece que não conhecemos ninguém e que ninguém nos conhece. Tornámo-nos estranhos! - O regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão e a tragédia daquele povo. Custa acre-ditar como o governo de Cabul caiu sem resistência, com o presidente a fugir do país, os americanos e outras forças internacionais em debandada e as frágeis instituições a su-cumbirem, uma a uma. - As vagas de migrantes do Norte África para a Europa e da América Latina para os Es-tados Unidos. Muitos morreram, muitos foram detidos, permanecendo, sem saída, em campos de refugiados e de detenção. Foram poucos os que conseguiram chegar e iniciar processos de legalização.

sábado, 13 de novembro de 2021

O drama da imigração ilegal, às portas da Europa

Imigrantes na fronteira da Bielorrússia (Foto: Observador)

37 imigrantes são resgatados, por um barco da marinha portuguesa, em águas internacionais, ao sul do Algarve. Uma rota já várias vezes utilizada, sucedendo-se os desembarques. Vão ser presentes a um juiz e enviados para os países de origem, no cumprimento de protocolos europeus que não resolvem nenhum dos problemas.

Na fronteira da Bielorrússia com a Polónia, centenas de migrantes, do Iraque e outros países são tratados com coisas, vigiados por tropas, os que tentam passar a fronteira, são forçados a entrar em viaturas, não para serem enviados para os países de origem, mas para a floresta, deixados à sua sorte, com temperaturas gélidas, sem protocolos europeus que polacos e húngaros, há muito não cumprem.

 

domingo, 30 de maio de 2021

Os adolescentes africanos , vagueando pelas ruas de Ceuta

 Centenas de adolescentes, fugidos de Marrocos e de outros países daquela zona desértica de África, com o sonho de chegar à Europa, vagueiam por estes dias nas ruas de Ceuta. 

A pobreza, é o problema mais sério do mundo. E também a maior vergonha, para os que têm o poder de resolver os problemas e não o fazem. Como se pode dizer alguém, que não tem o que comer, na sua terra, no seu país, e nem sequer qualquer perspetiva de futuro: «Tem de voltar para casa. Sabe que há leis para cumprir, não pode ficar aqui sem qualquer documento…».

Mas, muitos resistem. Pensam que, por serem tão novos e tão desacompanhados, vão ter o apoio e a compaixão dos guardas civis, das Ong’s…. E é um facto; mas, mesmo que sejam recolhidos e alimentados, em centros existentes ou improvisados, tudo funcionará, no cumprimento de uma legalidade ilegítima: é preciso que as leis da imigração mudem, em todo o lado, na Europa e no mundo

domingo, 27 de outubro de 2019

O camião do terror, trinta e nove mortos

Malditas máfias, maldita pobreza, malditas circunstâncias…! 39 pessoas, 31 homens e 8 mulheres, morrem dentro de um camião frigorífico, quando tentavam entrar clandestinamente no Reino Unido. Trinta e nove pessoas, com vidas, sonhos, famílias…, tudo desfeito.
É tal o grau de clandestinidade e de rede que não se sabe ainda quem são; primeiro, pensou-se que eram todos chineses, agora, já se pensa que há vietnamitas…; espero que se saiba verdadeiramente quem são, o que aconteceu e os responsáveis sejam devidamente punidos.
Pagaram quantias impensáveis a bandidos, para acabar assim. Mortes que se juntam a tantas outras, no Mediterrâneo e em campos de detenção saturados e insalubres.
Na verdade, a imigração ilegal é um problema que se agrava a cada dia, ao mesmo ritmo com que crescem as desigualdades, a guerra e a fome.


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Os que gritam por justiça...


Podemos dizer que a justiça está para as sociedades, como a liberdade está para os indivíduos; não é possível uma organização social sem uma noção de justiça, e esta varia conforme o entendimento que temos do mundo e da vida, sobretudo dos governos que a cada momento executam políticas. 
Em sociedades tão abertas como as atuais, a discussão tem de ser sobre uma noção de justiça  que inclua em vez de excluir. Estamos muito longe disso; bastaria olhar, agora mesmo, para as caravanas de migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos ou para as multidões de refugiados que cruzam as fronteiras em vários lugares do mundo, para se perceber a urgência em encontrar outras respostas .

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Mais uma das miseráveis faces de Trump


Dentro da política de tolerância zero contra a imigração ilegal, assistimos, na última semana, ao impensável: 2047 crianças, algumas muito pequenas, de quatro e cinco anos, foram separadas dos pais que atravessaram ilegalmente a fronteira do México para os Estados Unidos. A imagem daquela espécie de jaulas, onde as crianças foram acantonadas, abanou as consciências de muita gente: procuradores gerais democratas, de 17 estados americanos, vão processar Trump; movimentou-se a sociedade daquele país e do mundo;  o presidente voltou atrás e fez aprovar uma lei que reunirá pais e filhos. Mas, parece ser um pequeno passo, e provisório, temo que, mas cedo que tarde, este senhor dê o dito por não dito e tudo volte ao mesmo.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Vou ouvir o que tens para me dizer, imigrante ilegal

Olho as imagens dos naufrágios no Mediterrâneo e fico muda. Não parece possível o estado actual do mundo, depois de tanto progresso científico e técnico e de tantos saberes e explicações. É por isso que se eu pudesse acabava com todos os"...ismos" que têm servido para falar dos homens e das suas vidas – humanismo, etnocentrismo, multiculturalismo... – mas que esbarram sempre em novos problemas, como se uma contingência insuperável rondasse o humano.
Acabava com as grandes construções teóricas e passava a falar de ti, de mim, de nós, aqui e agora, num contexto marcado por condicionalismos que nenhuma teoria pode explicar, mas que a humanidade pode resgatar.
 Passava muito mais tempo a ouvir o Sasha, o Mamadou, a Shaila, o Xiang …- a ver se percebíamos, em conjunto, o que fazer para aprendermos a viver juntos - esta é a inevitabilidade que está aí em frente dos nossos olhos. Não se podem fechar as portas da Europa, não se podem construir muralhas e castelos. A resposta é outra, muitos já perceberam.


terça-feira, 9 de julho de 2013

Imigrantes ilegais, Lampedusa

Esta ilha italiana, a pouco mais de cem quilómetros da costa africana, recebe grandes levas de imigrantes clandestinos que, aqui, chegam impelidos pelas circunstâncias em que vivem nos seus países de origem. São quase todos jovens, trazem sonhos, vidas por viver, força e vontade de chegar à Europa rica, para eles, o maná do deserto, o que necessitam para melhorar a sua vida e a das suas famílias. Mas, acontece que em vez de maná encontram, muitas vezes, desconsideração e dias amargos.
O Papa foi, ontem, a Lampedusa, rezar missa e falar da imigração clandestina. Falou da urgência da não indiferença, do acolhimento, da atenção ao outro, a quem devemos tratar, antes de tudo, como irmão, fraternalmente. Podem não ter a cidadania europeia, podem não ter documentos válidos, mas são pessoas a quem devemos acolher em vez de explorar.
Vítimas da pobreza e do subdesenvolvimento, das mafias que os trouxeram até aqui e dos que agora se aprontam a empregá-los clandestinamente, sem direitos e por baixos salários – é bem uma face da escravatura do século XXI – são pessoas em estado de grande fragilidade.
Contam com o trabalho dedicado de ONG’S e de organizações da igreja, que fazem o que podem, mas, decerto, menos do que desejariam. A resposta à imigração ilegal é fundamentalmente política e global, todos sabem isso; se a política internacional não fosse um jogo de interesses, muitos dos problemas que enfrentam estes imigrantes já teriam sido resolvidos.