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terça-feira, 9 de julho de 2013

Imigrantes ilegais, Lampedusa

Esta ilha italiana, a pouco mais de cem quilómetros da costa africana, recebe grandes levas de imigrantes clandestinos que, aqui, chegam impelidos pelas circunstâncias em que vivem nos seus países de origem. São quase todos jovens, trazem sonhos, vidas por viver, força e vontade de chegar à Europa rica, para eles, o maná do deserto, o que necessitam para melhorar a sua vida e a das suas famílias. Mas, acontece que em vez de maná encontram, muitas vezes, desconsideração e dias amargos.
O Papa foi, ontem, a Lampedusa, rezar missa e falar da imigração clandestina. Falou da urgência da não indiferença, do acolhimento, da atenção ao outro, a quem devemos tratar, antes de tudo, como irmão, fraternalmente. Podem não ter a cidadania europeia, podem não ter documentos válidos, mas são pessoas a quem devemos acolher em vez de explorar.
Vítimas da pobreza e do subdesenvolvimento, das mafias que os trouxeram até aqui e dos que agora se aprontam a empregá-los clandestinamente, sem direitos e por baixos salários – é bem uma face da escravatura do século XXI – são pessoas em estado de grande fragilidade.
Contam com o trabalho dedicado de ONG’S e de organizações da igreja, que fazem o que podem, mas, decerto, menos do que desejariam. A resposta à imigração ilegal é fundamentalmente política e global, todos sabem isso; se a política internacional não fosse um jogo de interesses, muitos dos problemas que enfrentam estes imigrantes já teriam sido resolvidos.


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