A vaga de imigrantes que tentam chegar à Europa revelou-se
nos últimos dias de grandes proporções, tanto os que atravessando o norte da
África tentam a fronteira de Melilla como os que atravessando o mediterrâneo
tentam a ilha de Lampedusa. Nada que não seja previsível. À espera têm, muitas
vezes, as autoridades que os intercetam e detêm em centros de acolhimento.
Em seguida, espera-os o regresso às terras de origem, a
volta ao nada, onde o que podem fazer é voltar a tentar de novo os perigos da
imigração. A Europa, a terra de todos os sonhos, é uma casa fechada, com portas
onde não é possível bater, os que insistem não apenas ficam nas mãos de máfias
clandestinas, muitos caindo nas valas de Ceuta e Melilla e morrendo em barcos
superlotados. Pode lá haver coisa pior que túneis sem saída! A emigração está
assim.