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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A greve dos estivadores


Os estivadores do porto de Setúbal, onde 90% são trabalhadores precários, ameaçam paralisar a Autoeuropa, a grande fábrica alemã de automóveis.
De repente, a sua luta ganha dimensão, escala; de repente, o trabalho deles torna-se visível, nas filas intermináveis de carros novos que não foram embarcados. Agora, pode ser que alguém os receba e oiça, com atenção, o que têm para dizer. Trabalham na precariedade mais absoluta, alguns há vinte anos, contratados ao dia, através de uma mensagem no telemóvel, isto parece uma coisa impossível de acontecer, mas acontece.
Espero mesmo que a fábrica pare. Espero que o problema deles seja notícia não apenas cá, mas noutros sítios e se perceba a importância de um trabalho com direitos. (Pena que tenha de ser assim, depois de muitos dias de greve, com transtornos para os próprios e suas famílias).


sábado, 4 de maio de 2013

Mortes no Bangladesh, debaixo dos escombros

Quem é responsável pela morte de mais de trezentas pessoas, pelas vidas perdidas e pelas famílias destroçadas? Quem é responsável pela construção de oito andares num prédio que tinha apenas fundação para cinco? Quem é responsável pelas condições miseráveis em que trabalham os operários daquela cidade e de tantas cidades do mundo?
Não há responsáveis? Há, com certeza. Talvez muitas das marcas de luxo de todas as avenidas, de cidades europeias, americanas e outras, que exploram, lavando as mãos, como se nada fosse, a mão de obra de trabalhadores que não tem escolha, ou fazem aquilo ou caem na miséria mais absoluta. O direito a um trabalho é ainda uma miragem em demasiados sítios, por causa dos múltiplos interesses. Sempre os interesses de uns quantos a ditar lei.