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segunda-feira, 4 de maio de 2015
O amor das mães, incondicional
Ontem foi dia da mãe. Quero aqui recordar aquelas mães que no sismo do Nepal ou em outras catástrofes ou revezes da vida perderam filhos, por estes dias. Recordo a imagem indescritível daquela mãe nepalesa que, mesmo sabendo que o filho não poderá mais ser resgatado dos escombros da casa onde viviam, continua lá, à sua espera, à espera de um milagre.
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catástrofe natural,
resistência humana
segunda-feira, 27 de abril de 2015
O arco-íris humano
Se calhar acabava também com
alguns adjectivos – espertos, inteligentes, maravilhosos, delinquentes,
racistas... – e tentava que expressões tão bonitas como: "todos diferentes, todos iguais" , se não tornassem banais e reganhassem sentido em histórias de vida, contadas de forma simples por gente simples: o Sasha, o Mamadou, a Shaila, o Xiang …- a ver se compreendemos o que temos de fazer para construir um arco-íris humano, onde brilhem com a mesma intensidade todas as cores.
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cidadania;diversidade cultural
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Vou ouvir o que tens para me dizer, imigrante ilegal
Olho as imagens dos naufrágios no Mediterrâneo e fico muda. Não parece possível o estado actual do mundo, depois de tanto progresso científico e técnico e de tantos saberes e explicações. É por isso que se eu pudesse acabava com todos
os"...ismos" que têm servido para falar dos homens e das suas vidas –
humanismo, etnocentrismo, multiculturalismo... – mas que esbarram sempre em novos problemas, como se uma contingência insuperável rondasse o humano.
Acabava com as grandes construções teóricas e passava a falar de ti, de mim, de nós, aqui e agora, num contexto marcado por condicionalismos que nenhuma teoria pode explicar, mas que a humanidade pode resgatar.
Passava muito mais tempo a ouvir
o Sasha, o Mamadou, a Shaila, o Xiang …- a ver se percebíamos, em conjunto, o que fazer para aprendermos a viver juntos - esta é a inevitabilidade que está aí em frente dos nossos olhos. Não se podem fechar as portas da Europa, não se podem construir muralhas e castelos. A resposta é outra, muitos já perceberam.
Acabava com as grandes construções teóricas e passava a falar de ti, de mim, de nós, aqui e agora, num contexto marcado por condicionalismos que nenhuma teoria pode explicar, mas que a humanidade pode resgatar.
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guerra,
imigração ilegal,
pobreza,
politica internacinal
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Mortes no Mediterrâneo, a imigração ilegal
Mais mortes no Mediterrâneo, setecentos, ou
talvez mais; fala-se agora também de duzentas mulheres e de cinquenta crianças. O
drama continua e continuará. Já era hora de se perceber que a resposta tem de
ser outra. Todos falam: o Papa, os presidentes, os ministros dos negócios estrangeiros, outros responsáveis políticos..., mas uma resposta integrada, que considere os interesses
de segurança da Europa e também a o desenvolvimento e a pacificação das zonas
de onde vêm, parece tardar. Vigiar, salvar, acolher por uns dias e fazer retornar, não é solução. Voltarão
a tentar sair das suas vidas de miséria e de guerra, uma e outra vez.
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quinta-feira, 16 de abril de 2015
O último Samurai, o filme
1876. O filme é muito violento. Nathan Algren, o jovem capitão americano, é encarregado de organizar e de treinar as tropas do imperador Meiji para acabar com o domínio dos samurais. Perde a batalha e é feito prisioneiro pelo Katsumoto (o último samurai). E tudo começa a mudar para ele.
Seria um dos filmes que eu não veria. Vi-o, porventura, porque, para além dos aspectos históricos – a unificação do Japão..., e o jogo de interesses das potências estrangeiras, sempre presente em todas as guerras, esta não é excepção, são os americanos que vendem armas de última tecnologia, treinam e armam as tropas, mas estão também os ingleses, os franceses..., à espera de poder vendê-las – a partir de certa altura, desenha-se uma história de amor entre o jovem capitão e a irmã do samurai que o acolhe em casa, mesmo depois de saber que foi ele quem matou o marido.
Seria um dos filmes que eu não veria. Vi-o, porventura, porque, para além dos aspectos históricos – a unificação do Japão..., e o jogo de interesses das potências estrangeiras, sempre presente em todas as guerras, esta não é excepção, são os americanos que vendem armas de última tecnologia, treinam e armam as tropas, mas estão também os ingleses, os franceses..., à espera de poder vendê-las – a partir de certa altura, desenha-se uma história de amor entre o jovem capitão e a irmã do samurai que o acolhe em casa, mesmo depois de saber que foi ele quem matou o marido.
É uma história de amor improvável, subtil,
presente, tranquila, pouco explícita, nem no final, como se
houvesse sempre leis não escritas e códigos de honra a determinar os comportamentos,
e, para perceber isso, fosse preciso pertencer ali, àquele vale, àquela aldeia, àquelas
tradições. O americano sabia disso. Foi-se seduzindo pela cultura, pela língua, pelas pessoas, pela jovem e pelos seus filhos . Tornou-se de lá. O seu voltar a casa, seria o voltar aqui: ao seu amor.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Um grito pelas meninas nigerianas raptadas, um grito pela educação
Faz um ano que as 276 meninas nigerianas foram raptadas pelo Boko Haram, esse grupo extremista, que, como todos os outros da mesma natureza, entende que o Islão proíbe a educação das mulheres. Destas, menos de cem foram libertadas, as outras continuam prisioneiras e escravas. Querem as mulheres em casa, analfabetas, submissas, menores..., como se nada se tivesse passado depois de tantos séculos de pensamento humano.
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direitos das mulheres,
Educação,
extremismo islâmico
domingo, 12 de abril de 2015
Ligados, quando a tecnologia se impõe
Estamos cada vez mais ligados. A
quê? A quem? De que modo? Andar ligado é comum, todos estão ligados a alguém,
mesmo os mais desligados têm um telemóvel no bolso, para no caso de ser preciso.
Observo a senhora que fala ao telefone
com a filha, ao mesmo tempo que fala com a empregada da charcutaria que a
atende; fala de coisas aparentemente sérias, de assuntos familiares, enquanto pede "quero 200 g de queijo, 150 g de fiambre", mais isto e mais aquilo.
Parece um mundo de
esquizofrénicos. Por todo o lado, há conversas em tom audível, tudo parece
possível, uns jogam, outros consultam a internet, outros ouvem música, outros
enviam mensagens... Todos ligados: idosos, adultos, jovens, menos jovens, crianças, muitas crianças...; estar ligado, passou a ser uma necessidade, uma
dependência. Mas por quê ? O mundo foge? Tudo é absolutamente urgente?
Vou-me calar, pois, pode acontecer que qualquer dia seja eu de telemóvel na mão a atender alguém que me telefona enquanto peço produtos na charcutaria.
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Atitudes ; interrogações,
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