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quinta-feira, 16 de abril de 2015

O último Samurai, o filme

1876. O filme é muito violento. Nathan Algren, o jovem capitão americano, é encarregado de organizar e de treinar as tropas do imperador Meiji para acabar com o domínio dos samurais. Perde a batalha e é feito prisioneiro pelo Katsumoto (o último samurai). E tudo começa a mudar para ele.
Seria um dos filmes que eu não veria. Vi-o, porventura, porque, para além dos aspectos históricos – a unificação do Japão..., e o jogo de interesses das potências estrangeiras, sempre presente em todas as guerras, esta não é excepção, são os americanos que vendem armas de última tecnologia, treinam e armam as tropas, mas estão também os ingleses, os franceses..., à espera de poder vendê-las – a partir de certa altura, desenha-se uma história de amor entre o jovem capitão e a irmã do samurai que o acolhe em casa, mesmo depois de saber que foi ele quem matou o marido. 
É uma história de amor improvável, subtil, presente, tranquila, pouco explícita, nem no final, como se houvesse sempre leis não escritas e códigos de honra a determinar os comportamentos, e, para perceber isso, fosse preciso pertencer ali, àquele vale, àquela aldeia, àquelas tradições. O americano sabia disso. Foi-se seduzindo pela cultura, pela língua, pelas pessoas, pela jovem e pelos seus filhos . Tornou-se de lá. O seu voltar a casa, seria o voltar aqui: ao seu amor.


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