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domingo, 12 de abril de 2015

Ligados, quando a tecnologia se impõe

Estamos cada vez mais ligados. A quê? A quem? De que modo? Andar ligado é comum, todos estão ligados a alguém, mesmo os mais desligados têm um telemóvel no bolso, para no caso de ser preciso.
Observo a senhora que fala ao telefone com a filha, ao mesmo tempo que fala com a empregada da charcutaria que a atende; fala de coisas aparentemente sérias, de assuntos familiares, enquanto pede "quero 200 g de queijo, 150 g de fiambre", mais isto e mais aquilo. 
Parece um mundo de esquizofrénicos. Por todo o lado, há conversas em tom audível, tudo parece possível, uns jogam, outros consultam a internet, outros ouvem música, outros enviam mensagens... Todos ligados: idosos, adultos, jovens, menos jovens, crianças, muitas crianças...; estar ligado, passou a ser uma necessidade, uma dependência. Mas por quê ? O mundo foge? Tudo é absolutamente urgente?  
Vou-me calar, pois,  pode acontecer que qualquer dia seja eu  de telemóvel na mão a atender alguém que me telefona enquanto peço produtos na charcutaria. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

A violência, e tudo o mais

Habitam-nos demónios. Não sabemos quem somos. Há um limite, uma insuportável margem, que nos  coloca frente ao pior de nós. Uns conseguem  parar a tempo, outros não. O que aconteceu, naquele  quarto de hotel de Nova Iorque, é incomensurável. Triste e horrendo demais!  Há duas vítimas, eu vejo assim. De algum modo, até, todos somos vítimas.

sábado, 14 de junho de 2008

Todos os fundamentalismos reduzem o humano

Também não gostei de ouvir o Presidente da República referir-se à raça, mas não faço disso uma tempestade, até porque se tratou de uma gafe. É assim que eu vejo.
Estou contra os fundamentalismos, pela irracionalidade que muitas vezes contém e sempre pela pobreza que constituem, ao reduzirem o campo de conhecimento, de análise e de acção - aquilo que deve constituir a base da escolha individual - a uma resposta já feita, seja de natureza ideológica, religiosa ou outra.
Mas também me aborrecem, quase diría, os novos fundamentalismos, o daquelas pessoas "militantes", eu conheço algumas, que tem uma visão tão restrita que caem em atitudes que tocam o ridículo. Há tempos escrevi um pequeno texto, e alguém o corrigiu: onde eu tinha "os alunos", colocou " as alunas e os alunos", onde tinha "os professores", colocou "as professoras e os professores", onde tinha "os pais", colocou "a mãe e o pai", etc.
Observei: - isto prejudica a clareza do discurso.
-Mas tem de ser assim - disseram-me .
Em presença de tal correcção, perguntei: - então, é sempre o género feminino, antes?
- Não, a gente vai trocando, umas vezes "as" outras vezes "os".
Grande explicação, não percebeu nada do que lhe estava a querer dizer. Perante isto, desisti. O que ia dizer a quem tem da relação e da igualdade de género uma visão tão redutora? Nada. Por mim, não aceito fundamentalismos destes, porque o essencial não está aí, todos sabemos e essas pessoas também deviam sabê-lo. Mas se quiserem continuar, façam favor, mas já agora vejam se percebem que o mais importante é fazer tudo para que as pessoas não falhem nas suas atitudes e comportamentos, o mesmo é dizer, nos valores da estima, da igualdade e do respeito que devemos uns aos outros..