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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
A decapitação do jornalista americano
Pensávamos que já tínhamos visto tudo, a maior barbárie, a maior brutalidade, a maior instrumentalização do humano..., mas a violência humana "apura" os seus instintos de malvadez e de humilhação. O vídeo difundido pelos jihadistas mostra tudo isto e o choque que provocou é bem compreensível. Como se poderá actuar com estes fanáticos?
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guerra,
integrismo,
violencia
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Incompreensão do mundo
Agosto avança. Muitos estão de
férias, enquanto outros, em vários lugares do mundo, fogem das balas, dos
bombardeamentos, das perseguições politicas, religiosas… A incompreensão pelo
que se passa é cada vez maior. Parece que uma qualquer catástrofe humana se
abateu sobre nós e apagou todas as referências, já não temos quadros, grelhas,
categorias de análise e de resolução fundamentadas; o direito internacional é
letra morta e os direitos humanos uma coisa a mais que não é necessário
respeitar. Que eu sinta isso, não faz qualquer diferença, mas que políticos,
analistas influentes, os grandes do mundo, se reúnam em Berlim, para discutir a
crise na Ucrânia, se reúnam no Cairo, para resolver o problema israelo-palestiniano,
se reúnam no conselho permanente da ONU e nada pareça verdadeiramente resultar,
não é normal.
As Nações Unidas são ultrapassadas
e desrespeitadas nas suas resoluções, a União Europeia, a mesma coisa, quase
não nos damos conta das declarações que faz.
O que fica? Noticiários cheios de guerra,
populações em fuga, campos de refugiados, campos de treino com jovens alucinados
mais ou menos perdidos, movimentações políticas irrelevantes que não saem do
impasse… Isto não deveria ser possível, depois de tantas declarações, tratados,
convenções… Retrocedemos séculos ou talvez estejamos, como sempre, no mesmo
sítio: o da miserável violência humana, só muda o machado.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Milton Nascimento, o meu preferido
Ninguém canta como Milton Nascimento.
Elis Regina terá dito: “Se Deus quisesse cantar escolhia a voz do Milton”. É verdade. Há nela algo de sublime, de estranho, de transformador…, se calhar, até de redentor.
Ouvir Milton Nascimento é um compromisso
com a dignidade humana, a vida, a igualdade, a justiça, a amizade, o amor…; um compromisso contra a indiferença. Por isso, não se pode ouvir sem escutá-lo, atentamente, mesmo
que, às vezes, nos desinquiete por dentro.
Posso estar muito tempo sem regressar às suas músicas, mas, quando volto, é certo que oiço os vários CD’s que tenho por dias e semanas seguidas.
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Direitos Humanos; Personalidades,
musica
quarta-feira, 30 de julho de 2014
A guerra, a barbárie
28 de julho de 2014, há cem anos
começava a I Guerra Mundial. Haverá com toda a certeza documentários,
perspectivas, análises…
Mas haverá também, no noticiário
de hoje, a destruição de Gaza, mais de um milhar de mortos, a desintegração da
Líbia, o separatismo na Ucrânia, novo ataque do grupo Boko Haram, agora, nos
Camarões e tudo o resto..
O que falhou? Falhou quase tudo. Falhou a intervenção
Papal, recorde-se que em junho se reuniram, nos jardins do Vaticano, os lideres
israelita, do Hamas e o próprio Papa para, nas diferentes religiões, rezarem
pela paz. Falharam as primaveras árabes, as revoluções de jasmim, a crença na
decência dos senhores de Moscovo, etc., etc., etc.
É certo que o problema reside na
natureza humana. Somos maus, violentos, vingativos, fantoches, ambiciosos,
faccionários …; mas isso não nos desculpa, temos a capacidade de uma
comunicação racional, temos a capacidade de encontrar consensos, se formos capaz de deixar cair o que nos distingue, não porque não valha, mas porque não é o
essencial. Centremo-nos no que interessa verdadeiramente; centremo-nos no valor inquestionável da vida humana, seja quem for e onde for.
Estou tão cansada da impossibilidade de compreender as coisas, de perceber de
como é ténue a linha entre a decência e a desumanidade, entre a liberdade a
violência. a humanidade está em ser capaz de não ultrapassar essa linha (como
referia Lévinas).
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guerra,
humanidade,
violencia
quinta-feira, 24 de julho de 2014
O avião da Malásia abatido
O que dizer? Nos últimos tempos
já escrevi tanto sobre isto: o terrorismo é um dos piores males da humanidade,
pela violência, pela cobardia, pela desproporção, pela perversidade… Matam-se
assim inocentes, como se nada fosse. Vamos ver o que faz a comunidade internacional,
espero que se esclareça, até ao limite de todas as possibilidades, o que
aconteceu e sejam tiradas todas as consequências.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
A contingência humana
Todos os telejornais têm do
mesmo: acidentes, mortes inesperadas… A certeza da morte deveria levar-nos a
pensar no fundamental da condição humana: a contingência do viver.
Devíamos aprender desde pequenos que estamos de passagem, e este pode ser o último
dia, hora, minuto, segundo…
Palavreado cristão, etc., etc. Talvez, mas, no caso, é apenas bom senso. Acumular riqueza, construir bancos, sistemas financeiros, com uma
volatilidade tal que nos estonteia e que ninguém percebe ou controla, e não olhar
para o essencial, não pode ser caminho para a humanidade.
Regressemos ao essencial, ao
simples, ao olhar, em primeiro lugar, para o lado; resgatemos a proximidade com
o outro; deixemos de nos estranhar uns aos outros. Terrível indiferença!
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contingência humana,
Interrogações
quinta-feira, 10 de julho de 2014
O jovem comunista
Ouvi falar o jovem deputado
comunista (João Oliveira) e pus-me a pensar: afinal, não terminaram as utopias; afinal, há quem
ponha, acima do individual, o colectivo, todos os outros. “Não estamos aqui por interesses
pessoais, não estamos aqui para ir trabalhar como CEO’S de grandes multinacinais, estamos para servir
as pessoas”.
Pareceu-me descortinar, ainda, muita retórica ideológica, mas igualmente um sentido de profundo envolvimento com os problemas da sociedade. “É a
realidade que mais perturba os políticos”, fala de transformar o quotidiano, da urgência do emprego, da
justiça, duma vida melhor para todos. Há lá maior utopia e maior necessidade! O necessário não é utópico, é o real e o possível.
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